12 Mai, 2009
SEM DIVULGAÇÃO, NÃO HÁ ADESÃO!
por Dora Caldeira
A informação, cultura e lazer, incluindo as actividades desportivas e recreativas, assumem uma grande importância na vida das populações como actividades de qualificação individual e social. Os meios de comunicação social, os clubes, as associações culturais e recreativas, as bibliotecas, os museus, os teatros, os cinemas e as orquestras fazem a oferta desportiva, cultural, de lazer e de informação dos munícipes e constituem estruturas com impacto distintivo na qualidade de vida das comunidades.
A cultura e o dinamismo de uma comunidade podem medir-se pela número de associações culturais e recreativas que desenvolvem uma actividade regular, estruturada e planificada, sendo uma forma de expressão popular muito importante sobretudo nos meios rurais. As associações são a expressão da alma de um povo, dos seus usos e costumes e da sua forma de estar na vida e são um incontornável veículo de transmissão de saberes de geração em geração.
É dever das autarquias promover e auxiliar estas mesmas associações com programas de apoio e divulgação. Como cidadã que gosto de assistir a eventos culturais, tenho assistido a muito bons exibidos pelas associações do concelho de Abrantes. No entanto, entristece-me verificar que a participação do público não é a melhor. Será que os abrantinos não apreciam um bom evento cultural? Ou então qual é a falha que se pode apontar para esta pouca adesão?
A cultura e o dinamismo de uma comunidade podem medir-se pela número de associações culturais e recreativas que desenvolvem uma actividade regular, estruturada e planificada, sendo uma forma de expressão popular muito importante sobretudo nos meios rurais. As associações são a expressão da alma de um povo, dos seus usos e costumes e da sua forma de estar na vida e são um incontornável veículo de transmissão de saberes de geração em geração.
É dever das autarquias promover e auxiliar estas mesmas associações com programas de apoio e divulgação. Como cidadã que gosto de assistir a eventos culturais, tenho assistido a muito bons exibidos pelas associações do concelho de Abrantes. No entanto, entristece-me verificar que a participação do público não é a melhor. Será que os abrantinos não apreciam um bom evento cultural? Ou então qual é a falha que se pode apontar para esta pouca adesão?
No sábado passado, assisti a um concerto no Teatro de S. Pedro destinado a crianças realizado pela Banda Filarmónica de Mouriscas. Posso afirmar que foi um espectáculo de muita qualidade, não só musical, como também muito bom na vertente pedagógica, em que o Maestro José Miguel e músicos tiveram um trabalho acrescido e extremoso para apresentar músicas que normalmente não fazem parte do seu reportório enquanto Banda Filarmónica. No entanto, para tão bom concerto contavam-se apenas cerca de meia dúzia de crianças, em que mais de metade eram familiares dos músicos. Qual a razão de tão pouco público?
Este evento faz parte do programa «Finevent» promovido pela Câmara Municipal de Abrantes, em que esta atribui uma ajuda monetária às associações para que estas possam apresentar actividades. Todas as entidades financiadas obrigam-se a ostentar, em quaisquer documentos promocionais do evento, a imagem de marca do Município de Abrantes e esta propõe-se a auxiliar na divulgação do mesmo.
Ora, onde foi divulgado o evento que referi intitulado «Banda de música visita imaginário infantil»? No Teatro, local onde foi exibido o concerto, não se vislumbrava qualquer cartaz. Foi me dito por um funcionário da Câmara Municipal que se distribuiu uns folhetos em uma das escolas da cidade de Abrantes pois pretendia-se um público muito restrito. Então, as outras crianças do concelho não «cabem» nesse público restrito que se pretendia? Se queriam restrito conseguiram, pois só lá estavam mesmo cerca de 6 crianças!
Também restrito se tornou o entusiasmo dos músicos e maestro! O Maestro José Miguel agradeceu a participação dos que estavam, mas também reforçou a ideia que a divulgação por parte das entidades promotoras é extremamente importante. Infelizmente isto não sucedeu apenas neste concerto mas em muitas outras actividades apresentadas por outras Associações. A Autarquia deve perceber que tem um papel muito importante na divulgação das Associações do seu concelho, senão arriscamo-nos a ter uma agenda cultural «fantasma», em que alguns até acreditam que ela possa existir, mas a verdade é que ninguém a viu!