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COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

 

A candidatura do PSD à Câmara Municipal de Abrantes não pode deixar de mostrar a sua indignação pela passividade e conformismo com que a Câmara Municipal tem assistido, desde o início do ano lectivo, à incapacidade da empresa «Ludico Ideias» para assegurar o preenchimento de horários das Actividades Extra Curriculares no 1º ciclo.
 
Com efeito, desde Janeiro que os professores da mesma se queixam da falta de pagamentos, tendo-se já manifestado através de greves e outras formas de expressão.
 
Acontece que Câmara Municipal de Abrantes, apesar de ter confirmado a veracidade das falhas apontadas, continuou a efectuar os pagamentos a esta empresa, como se o contrato estivesse a ser religiosamente cumprido, ou seja, apesar de saber que a mesma não efectuava os pagamentos aos seus funcionários há vários meses. 
 
Esta situação absolutamente escandalosa é bem reveladora do grau de insensibilidade e de autismo a que o executivo socialista chegou. É, pois, altura de as pessoas de Abrantes, nas próximas autárquicas, os fazerem descer à terra. Vai-lhes fazer muito bem!  
 
Por outro lado, a candidatura do PSD à Câmara Municipal de Abrantes é absolutamente contra a solução defendida pelo executivo socialista de intercalar as actividades extracurriculares no horário das aulas do ensino regular.
 
Com efeito, não sendo as actividades extracurriculares de cariz obrigatório devem as mesmas continuar a funcionar após as aulas do ensino regular, como até aqui, ou seja, das 15H30 às 17H30, por forma a evitar que as crianças tenham furos no meio do horário ou que sejam obrigadas a frequentá-las, prolongando indevidamente o seu horário, contra a vontade de alguns encarregados de educação.
 
Só a manutenção do horário das actividades extracurriculares após o final das aulas do ensino regular permite que aquelas actividades mantenham o seu carácter facultativo e que os encarregados de educação mantenham a sua liberdade de nelas inscreverem ou não os seus filhos.
 
Acresce que a interrupção das aulas regulares para actividades extracurriculares viria a ser mais um elemento de desconcentração dos alunos do 1º ciclo que, tendo em conta a sua pouca idade, necessitam de mais tempo para se concentrarem para a realização de qualquer tarefa, razão por que o 1º ciclo funciona em regime de monodocência e em 5 horas de aulas.
 
Nesta faixa etária, intercalar aulas de Actividade Física com aulas de Matemática, por exemplo, seria introduzir um factor de desconcentração dos alunos absolutamente idiota, porque evitável e desnecessário.
 
Para a candidatura do PSD à Câmara Municipal de Abrantes, as aulas extracurriculares deverão ser geridas pelos Agrupamentos e Associações de Pais que assim o desejem (sabemos de antemão que há vontades manifestadas nesse sentido) e, sempre que tal não seja possível, deverão ser estabelecidos contratos com empresas ou parceiros que garantam um ensino de qualidade.

por Gonçalo Oliveira

 

«Conferir um contributo para a fixação da população e para a preservação da identidade do território, desenvolvendo de modo integrador as relações entre economia, património e qualidade de vida as populações.» (inO Mirante”)
 
No que diz respeito a fixar a população, é hoje unânime que este é o maior problema que aflige o concelho, no que diz respeito ao seu futuro, e ao papel que desempenhará no contexto regional (concelho de periferia/dormitório ou, ao invés, centralidade regional/pólo aglutinador).
 
Há anos que o PSD defende várias medidas que concretizam este objectivo, que passam pela criação de clusters regionais, com especial incidência na nossa história, assente na grande vantagem de ter uma localização privilegiada. Abrantes é considerado um concelho “porta de entrada” no que diz respeito aos fluxos comerciais e turísticos vindos de Espanha, via A23, e do Sul, via Alentejo, conforme o expresso no PROT-OVT (Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo).
 
Partindo deste ponto, arrancamos para todo um conjunto de incitativas que visam dar a conhecer a marca “Abrantes”, um pouco por todo o país, e chagaremos a uma situação com várias vertentes, todas elas a culminar na fixação de jovens, com qualificações de todos os níveis, e na atracção de pessoas vindas de outros concelhos.
 
A frase acima transcrita não é nem o prefácio do Programa de candidatura do PSD, em 2001, 2005 ou 2009, nem um excerto do discurso do candidato à Câmara Municipal do PSD. Pelo contrário, tudo isto foi assumido pelo coordenador da Tagus, Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior.
 
Este foi um dos grandes falhanços dos últimos executivos do Partido Socialista e, ao proferir tal frase, o coordenador desta associação, demarcou-se dos últimos anos de governação em Abrantes e, de forma peremptória, passou um atestado de incompetência aos membros do actual executivo.
 
Estas declarações também serviram para me dissipar uma dúvida, isto é, o coordenador da Tagus pretende levar a cabo estes tão nobres objectivos, essenciais ao desenvolvimento de Abrantes, na Tagus, e não na Câmara Municipal.
 
P.S. (1): Um município operante e competente não precisa de associações para desenvolver a sua missão. Precisa, sim, de ouvir as pessoas e, de vez em quando, descer à realidade.
 
P.S. (2): Lembro-me de ouvir que o “Ofélia” seria um projecto que empregaria dezenas de pessoas, mas não me lembro de ouvir algum vereador a fazer um ponto de situação sobre o atraso deste projecto. Onde é que eu já vi isto: anunciar antes de terem a certeza sobre a viabilidade do projecto?… Deve ser coincidência.

 

No ano em que a freguesia de Alferrarede celebra as suas Bodas de Ouro, é com muita tristeza e revolta que constatamos, em pleno século XXI, a falta de saneamento básico em Alferrarede Velha, Barca do Pego e Casal das Mansas (onde os esgotos correm a céu aberto para ribeiras), a falta de iluminação em locais como a estrada de acesso ao CRIA e à Zona Industrial, valas com maus cheiros mesmo ao lado das residências no Tapadão… Isto para já não falar em Casais de Revelhos onde o avistamento da placa indicativa da terra convive com o cheiro da ETAR instalada à entrada da povoação.
 
Por outro lado, o abandono do centro de Alferrarede, o encerramento da estação dos Correios e as paragens praticamente inexistentes dos comboios na estação de Alferrarede são o testemunho da falta de empenho e de dinamismo do actual executivo da Junta de Freguesia na representação e defesa dos legítimos interesses da segunda maior freguesia do concelho de Abrantes.
 
A Alferrarede, como todos reconhecem, falta hoje, sobretudo, liderança. Isto é, quem não se conforme com a actual situação e seja capaz de liderar um projecto que torne o presente mais feliz para os idosos e o futuro mais risonho para os jovens, criando as condições necessárias para que aqui se possam estabelecer e investir, quer no plano pessoal, quer profissional.
 
Desde muito jovem que tenho sentido um grande apelo a assumir responsabilidades e dinâmicas dentro da freguesia de Alferrarede. Esta minha candidatura vem, de certa forma, dar continuidade e reforçar a minha intervenção e podem ter a certeza que, como em projectos que já assumi, me empenharei a tempo inteiro de alma e coração.
 
Esta é, aliás, a única razão pela qual me decidi candidatar a presidente da Junta de Freguesia de Alferrarede pelo Partido Social Democrata.
 
Gostaria agora de apresentar as pessoas que comigo se tem empenhado neste projecto comum, passo a chama-las:
 
João Luís Dias, José Seixas, Conceição Amaro, João Luís da Conceição (actual presidente do Centro Cívico de Alferrarede Velha e que não pôde estar hoje aqui presente), Lídia Dias, Hélder Marques, António Clemente, José Ângelo Costa, Susana Amaro, Jorge Jacinto, Marta Dias, Cremildo Lopes, João Miguel Salvador, David Pombo, Maria João ramos (não pode estar presente por motivo de doença) e Carlos Nascimento.
 
Se vencermos as próximas eleições, como esperamos, e Alferrarede necessita, iremos propor as seguintes medidas:
 
Quanto à Saúde/Acção Social:
 
Melhorar as acessibilidades do Centro de Saúde, acompanhar as IPSS da freguesia e profissionalizar a Rede Social da Freguesia (isto é, colocar lá uma técnica a tempo inteiro).
Fomentar o alargamento do apoio domiciliário à terceira idade com a introdução de brigadas móveis de apoio (saúde, social, …)
 
Quanto à Segurança:
 
Denunciar todas a situações de insegurança conhecidas, às forças de segurança, Câmara Municipal, Governo Civil e tutela. O aumento de população, o que vai acontecer inevitavelmente com a vinda da ESTA para a freguesia deve ser acompanhado pelo aumento do policiamento, especialmente, o de proximidade. Há que rever a problemática do trânsito (sinalização e estacionamento)
 
Quanto à Educação:
 
Iremos levar a cabo a articulação entre o Novo Centro Escolar de Alferrarede e a sociedade civil. Criaremos uma comissão para acompanhar a instalação da ESTA na freguesia, que forneça um mapa com todos os serviços à disposição na freguesia, desde o alojamento à restauração local. Evitar a dispersão é um dos nossos objectivos, para potenciar o novo fluxo de jovens. Apoiaremos as escolas do 1º ciclo, nomeadamente com actividades lúdicas, educacionais, desportivas e bens de primeira necessidade, tal como sentimos como essencial a existência de um transporte escolar para as crianças transportadas.
 
Quanto ao Desenvolvimento Económico/ Turismo/ Desemprego:
 
O potencial de turismo local, de vertente museológica/arqueológica é enorme:
-     A história da indústria do Azeite em Alferrarede já merece um pequeno Museu do Lagar;
-      Os fornos na Barca do Pego;
-      Os achados arqueológicos nas margens do Tejo; etc.
 
Pela via do nosso potencial turístico, não só se poderá desenvolver a freguesia num campo que, até agora, está completamente esquecido e ignorado, também se poderão criar novos postos de trabalho, onde se deve de dar uma especial prevalência aos jovens da terra, porque, quem melhor do que eles, conhece Alferrarede.
Criar um site da Junta de Freguesia de Alferrarede, assim como um panfleto alusivo ao turismo e história da freguesia, serão instrumentos valiosos na divulgação da Alferrarede.
 
Sabemos que não é fácil concretizar algumas destas medidas, mas por acreditarmos nos elevados benefícios que dai advêm para a freguesia, tudo faremos para torna-las uma realidade. Para isso contamos com a nossa tenacidade e com o nosso espírito de perseverança.
 
Urbanismo:
 
Criar espaços verdes nos maiores núcleos da freguesia.
Criar zonas de lazer na ribeira de Alferrarede Velha e no futuro Museu do Lagar.
Valorizar o centro histórico de Alferrarede, onde pensamos, inclusive, na construção de sanitários e balneários públicos.
 
Quanto ao Desporto/ OTL/ Associativismo:
 
Estabelecer protocolos com a CM para a cedência das escolas que vão deixar de ser utilizadas.
Dinamizar as Associações da freguesia, dando apoio na elaboração das candidaturas a apresentar no âmbito dos vários programas concelhios e distritais de apoio a eventos e ao funcionamento.
Promover o bom relacionamento entre todas as entidades (desportivas, religiosas e de cariz social) – reactivar festas, desporto e outras iniciativas culturais – angariar fundos para benefícios sociais, com a programação de reuniões com os responsáveis das associações para, entre os intervenientes, se criarem sinergias que visem relançamento de actividades comuns (reunir duas vezes no ano para conciliar ou programar actividades).
 
Estas serão apenas algumas das linhas programáticas que farão parte deste projecto de candidatura à junta de Alferrarede.
 
Sendo Alferrarede, hoje em dia, uma freguesia perfeitamente integrada na malha urbana da cidade de Abrantes, deve procurar acompanhar o desenvolvimento da cidade, sem esquecer as raízes daquela que foi, em tempos, a freguesia mais pujante do concelho, e umas das mais importantes do distrito, facto, infelizmente, pouco acentuado, nas actuais comemorações do cinquentenário.
 
A componente Industrial, discordando ou não da forma como está implantada na nossa freguesia, a verdade é que Alferrarede foi uma das principais vítimas do impacto de um crescimento que de forma alguma foi sustentado.
 
Para a candidatura do Dr. Santana Maia, Alferrarede não pode continuar a ser uma freguesia de escombros e de subúrbio, mas tem de fazer parte, obrigatoriamente, de um anel de qualidade em torno da cidade: um local em que a simbiose com o verde da nossa paisagem seja uma realidade e qualidade de vida seja uma certeza.
 
A herança de Alferrarede, que nos foi deixada pelos nossos antepassados, alguns deles ainda entre nós e de quem muito nos orgulhamos, sendo o fruto da visão de alguns e do suor e trabalho de muitos, é algo a que seremos sempre fiéis na construção do futuro.
 
Alferrarede pode contar connosco e, contando connosco, Alferrarede também sabe com o que pode contar. Ou seja, com seriedade, lealdade, rigor, dedicação, devoção, empenho e, essencialmente, muito trabalho.
 

 

Na passado dia 13 de Junho, teve lugar, no Restaurante “O Gaveto", o jantar de apresentação da lista do PSD à Junta de Freguesia de Alferrarede. Este evento contou com a presença de 200 pessoas que, em clima de confraternização e grande animação, assistiram à apresentação dos diferentes elementos da lista.
 
De salientar as intervenções da cabeça de lista, Dora Caldeira, e do candidato à Câmara Municipal de Abrantes, Santana Maia, onde, para além das linhas de força das respectivas candidaturas, foi efectuado um diagnóstico e apontadas linhas de actuação relativos aos problemas existentes na Freguesia.
 
Destaque neste campo para a falta de saneamento básico em Alferrarede Velha, Barca do Pego e Casal das Mansas (onde os esgotos correm a céu aberto para ribeiras), a falta de iluminação em locais como a estrada de acesso ao CRIA e à Zona Industrial, as valas com maus cheiros mesmo ao lado das residências no Tapadão… Isto para já não falar em Casais de Revelhos onde o avistamento da placa indicativa da terra convive com o cheiro da ETAR instalada à entrada da povoação.
 
Também o abandono do centro de Alferrarede, o encerramento da estação dos Correios e as paragens praticamente inexistentes dos comboios na estação de Alferrarede são o testemunho da falta de empenho e de dinamismo do actual executivo da Junta de Freguesia na representação e defesa dos legítimos interesses da segunda maior freguesia do concelho de Abrantes.
 
A lista concorrente à Junta é composta pelos seguintes elementos: 
 
Lista Junta de Freguesia de Alferrarede- 2009
Dora Caldeira
Professora
João Luís Dias
Aposentado
José Seixas
Inspector Bancário
Conceição Amaro
Comerciante
João Luís da Conceição
Técnico Const. Civil
Lídia Dias
Doméstica
Hélder Marques
Inspector do IMTT
António Clemente
Jurista
José Ângelo Costa
Comerciante
Susana Amaro
Professora
Jorge Jacinto
Motorista
Marta Dias
Auxiliar consultório
Cremildo Lopes
Comerciante
Marta Silva
Animadora Cultural
João Miguel Salvador
Professor
David Pombo
Comerciante
Maria João Ramos
Doméstica
Carlos Nascimento
Desempregado

 

No dia 27 de Maio, Santana Maia, candidato do PSD à Câmara de Abrantes, visitou o Colégio de Nossa Senhora de Fátima. A visita foi conduzida pela Irmã Santos Costa, directora do Colégio.
 
O Colégio de Nossa Senhora de Fátima abriu as sus portas no dia 13 de Outubro de 1940 e foi a concretização do sonho de ter em Abrantes uma escola com um Projecto Educativo marcado pelos valores humano-cristãos.
 
Por este Colégio passaram sucessivas gerações que, em todos os sectores da sociedade portuguesa, têm dado um contributo notável. A mãe do candidato do PSD, Maria Laura Santana Maia (a primeira juíza conselheira do Supremo Tribunal de Justiça), também frequentou este Colégio até ao antigo 5º ano (hoje 9ºano), tendo sido uma excelente aluna, como o candidato pôde constatar pela consulta da sua ficha.
 
Hoje, este Colégio, com paralelismo pedagógico e contrato simples com o Ministério da Educação, funciona com o 1º Ciclo do Ensino Básico, continuando a ser uma Escola Católica de referência. No entanto, apesar de continuar a ser uma escola de referência pela qualidade do seu ensino, as suas principais dificuldades resultam, exclusivamente, da discriminação e desvalorização que o ensino privado continua a sofrer por parte do Estado.

por António Castelbranco

 
O projecto para o Museu Ibérico de Arte e Arqueologia pode ser interpretado da seguinte forma: É uma ideia que à partida até pode parecer apelativa e à moda dos grandes centros urbanos, das cidades cosmopolitas, mas que, em Abrantes, não encontra o contexto necessário para uma existência pacífica como o centro histórico onde se quer localizar e impor.
 
 Trata se de uma proposta muito simples: é um paralelepípedo - provavelmente - em betão branco e sem quaisquer aberturas nas fachadas (ao estilo do Pavilhão do Conhecimento na Expo 98, que é do mesmo arquitecto) com uma altura de aproximadamente 30 metros!!! (ou seja o correspondente a um prédio de 10 andares). Mas que tem a possibilidade de ser recoberto com uma tela plástica do género daqueles reclames nas empenas dos edifícios em Lisboa. Penso que é esta a ideia, ou seja um MEGA placard de cultura publicitária e efémera … Enfim, é uma ideia muito FASHION aqui “prós pacóvios” abrantinos!!! Que não percebem nada daquilo que é estar na crista da onda cultural…
 
Perguntavam-me no outro dia por que é que eu não estou de acordo com esta proposta. Devo dizer que tenho muitas razões para discordar da ideia subjacente a este projecto, mas hoje vou só falar de informação, vou falar de democracia participativa e de participação cívica, aquilo a que se chama de cidadania! E por isso pergunto-me: será que os abrantinos estão informados do que se prepara para ser construído no centro histórico da nossa cidade? E, se estão, será que é esta a solução que querem? Em todo o caso, ao que parece, o projecto já foi aprovado pelo IGESPAR (antigo IPPAR)
 
 Apesar disto, houve uma sessão de esclarecimento na Igreja do Castelo, no dia 25 de Junho, que parece um tanto fora de tempo, uma vez que o projecto já foi aprovado. Faz lembrar aquelas situações em que primeiro se dá o tiro e depois pergunta-se ao morto se ele era culpado. Todavia, penso que ainda é altura de incentivar uma discussão pública e verdadeira, e o debate, mostrando ao país que Abrantes não prescinde de tomar uma atitude informada e de cidadania!
 
Em todo o caso, aproveito ainda para vos apresentar uma opinião de um amigo que me mandou no mês passado. É uma opinião que, por ser eloquente, quero partilhar convosco (Carlos Fernandes é meu colega e está ligado às questões do património e da Cidade).
 
 «Olá, António,
 A expressão arquitectónica (Museu Ibérico de Arte e Arqueologia) sugerida pelas fotografia confirmam a neurose obsessiva pela afirmação de autoria sem consideração pela maior das virtudes associadas ao génio da séria e intemporal autoria, a saber, a humildade.
 Abrantes, se optar pela distracção ou se se deixar iludir pela efemeridade das paixões, pode estar a adquirir um produto que não resistirá à falência de autorias apressadas.
Um abraço, Carlos Fernandes»
 
Espero que com estas opiniões tenha contribuído para incentivar o diálogo e a melhorar a nossa cidade!

 

Phil Hawes, arquitecto americano, discípulo do famoso arquitecto Frank Lloyd Wright, e arquitecto do conhecido projecto Biosfera 2, esteve em Abrantes, aproveitei para o entrevistar:
Mário Semedo: agora que teve contacto com o projecto para o Museu de Ibérico, qual a sua opinião sobre o projecto?
Phil Hawes: Estou completamente estupefacto com a arquitectura proposta para o Museu Ibérico. Caridosamente falando é uma abominação ego-maníaca. Está para além do meu entendimento como é possível que os residentes de uma cidade tão bela como Abrantes possam seriamente considerar uma úlcera como esta na paisagem de sua cidade. O impacto que este edifício vai ter irá negativamente mudar para sempre o aspecto actual da cidade de Abrantes, uma vez que irá abrir o caminho para a sua futura degradação visual.  
Para lhe dizer a verdade, nem sequer Speer (o arquitecto de Hitler) consideraria tamanha declaração ditatorial, contudo ... talvez Estaline estivesse mais inclinado para semelhantes declarações arquitectónicas! 
Mário Semedo: Considera por isso que o projecto tal como está não deveria ser construído?
Phil Hawes: Espero não ter deixado qualquer dúvida na sua mente; considero este projecto como um completo desastre arquitectónico. Não posso imaginar nenhum estudante do primeiro ano de arquitectura conceber algo tão ofensivo e destrutivo para o tecido da comunidade. Com efeito, tenho sido professor de arquitectura em 4 universidades diferentes na E.U.A. e na Europa, e posso dizer-lhe que eu nunca tive um aluno que me fizesse algo tão fora de escala, tão fora de contexto, e tão longe de qualquer realidade actual.

por Dora Caldeira

 

De fazer um mau negócio, ninguém está livre; já mantê-lo, mesmo depois de se ter verificado que garantidamente é um mau negócio, desculpem-me, caros amigos, mas isso é estupidez.
 
Desde o inicio do ano lectivo que se constatou que a Câmara Municipal de Abrantes tinha errado na escolha da empresa «Ludico Ideias» para assegurar o preenchimento de horários das actividades extracurriculares no 1º ciclo. Também desde Janeiro que os professores da mesma se queixam da falta de pagamentos e daí já se terem manifestado através de greves e outras formas de expressão.
 
A Câmara Municipal de Abrantes, mesmo tendo averiguado e confirmado a veracidade das falhas apontadas, pelos vistos não lhe levantou quaisquer problemas, pois continuou a pagar até ao mês de Maio a uma empresa que já todos sabiam que não era cumpridora dos seus deveres, uma vez que recebia e não efectuava os pagamentos aos seus funcionários há vários meses. 
 
Por isso, não se pode aceitar que a vereadora Isilda Jana, em representação do pelouro da Educação da Câmara Municipal de Abrantes, venha agora aplicar o discurso de Pilatos, lavando daí as suas mãos, como se o executivo não tivesse tido qualquer culpa. A vereadora chega a afirmar na imprensa que não rescindiram contrato com a empresa porque (e cito as suas palavras) «era uma situação muito complicada, além de ter de se arranjar uma alternativa.»
 
Então é melhor continuar a «despejar» alguns milhares de euros numa empresa que tem metido o dinheiro ao bolso, porque, segundo a representante da Autarquia, se trata de uma situação complicada e dá muito trabalho arranjar uma alternativa?
 
Os resultados foram os que sabemos: milhares de alunos ficaram sem aulas extra-curriculares, dezenas de professores sem o dinheiro a que tinham direito pelo seu trabalho e tudo isto porque alguém achou que se tratava de uma situação complicada e que daria muito trabalho encontrar uma alternativa (???!!!..).
 
Com desculpas assim, até o Pilatos tem desculpa!

(Discurso de Santana Maia na apresentação dos candidatos do PSD à Câmara Municipal de Abrantes - 10ª parte)

 
Para terminar, gostaria de dizer o seguinte: o nome Santana Maia, mais do que um nome de família, é uma árvore com raízes bem fundas no concelho de Abrantes.
 
A corrupção, como disse recentemente a Procuradora Maria José Morgado, é o imposto mais caro que pagamos e o urbanismo é uma área de enriquecimento ilícito incontrolável. Este é um problema que é necessário ter coragem para enfrentar. E nós temo-la.
 
Como sabem, não me candidato à Câmara de Abrantes nem para dar emprego à minha família ou aos meus amigos, nem para resolver o problema da minha rua ou do meu bairro, nem para ser o candidato da minha freguesia.
 
Candidato-me em nome das dezanove freguesias do concelho de Abrantes e para continuar a cumprir o destino que o meu tio João Santana Maia me disse um dia ser o nosso: servir com a máxima dedicação e humildade as pessoas deste concelho.

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