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COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

 

O BEIJO DE JUDAS

 

Nova Aliança – O PSD de Abrantes retirou a confiança política aos seus vereadores (Elsa Cardoso e Santana Maia). Já estava à espera desta decisão ?  

 

Santana-Maia -A partir do momento em que o PSD de Abrantes ficou nas mãos daqueles que não só sempre foram contra a minha candidatura à Câmara de Abrantes como tudo têm feito, a partir desse momento e sem olhar a meios, para fragilizar, apoucar, diminuir e denegrir os candidatos e os eleitos da candidatura "Amar Abrantes", a retirada da confiança política acaba por ser o corolário lógico de toda uma filosofia que tem dominado o PSD de Abrantes, durante os últimos vinte anos, e contra a qual a minha candidatura se ergueu.

 

Aliás, na noite do passado dia 1 de Janeiro, às 22H10, ou seja, cerca de quatro meses antes do anúncio da retirada da confiança política, recebi no meu telemóvel uma mensagem anónima que resume o teor do comunicado que agora foi lido pela comissão política, o que significa que a pessoa que me enviou este sms estava bem por dentro da teia que estava a ser urdida no PSD de Abrantes. A mensagem dizia o seguinte: «O psd e principalmente os abrantinos muito agradecem um gesto nobre da sua parte: DEMITA-SE DE VEREADOR. Estamos fartos da sua prepotência, autoritarismo e falta de vergonha. O seu egocentrismo asfixia-o. De uma coisa pode ficar certo só descansarei quando excomungar as laranjas podres da nossa secção. Os energúmenos como vossa excelência têm os dias contados.»

 

Como vê, não só estava à espera como aguardava tranquilamente pelo beijo de Judas, se bem que, neste caso, Judas seja do sexo feminino. 

GALA DA ANTENA LIVRE - ATRIBUIÇÃO DE SUBSÍDIO

 

Proposta de deliberação da Presidente da Câmara: aprovar a atribuição do valor de 2.500,00€ (dois mil e quinhentos euros) à Rádio Antena Livre, para fazer face a despesas com a realização da VI Gala Antena Livre, no passado dia 29 de Abril de 2011.

 

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DELIBERAÇÃO: Aprovada por maioria com os votos a favor dos vereadores eleitos pelo PS e pelo ICA e os votos contra dos vereadores eleitos pelo PSD. 

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Declaração de voto (CONTRA) dos vereadores eleitos pelo PSD

 

O Jornal de Abrantes e a Rádio Antena Livre pertencem a um dos maiores grupos empresariais portugueses: o Grupo Lena. Ou seja, não se trata propriamente de um grupo sem fins lucrativos.

 

Por sua vez, segundo consta do site "Despesa Pública", a Câmara já contratou publicidade, por ajuste directo, a estes dois órgãos de informação no montante de €20.480,00, para além de ter autorizado a dispensa total do pagamento das taxas para a cedência do Teatro S. Pedro para a realização da referida Gala.

 

Consequentemente, parece que o contributo da Câmara para estes dois órgãos de comunicação social já é mais do que suficiente.

 

Além disso, era bom não esquecer que «não basta à mulher de César ser séria, é preciso também parecer».

 

E, neste caso, devia haver cautelas acrescidas e por duas razões óbvias: em primeiro lugar, porque o director da Rádio Antena Livre e do Jornal de Abrantes é ex-vereador do PS e marido da ex-vereadora e presidente local do PS; em segundo lugar, porque todos ainda estamos recordados da estranheza do inspector do ambiente, em 2003, pelo facto de só as empresas do Grupo Lena ganharem concursos na Câmara de Abrantes.

 

Ora, o Jornal de Abrantes, desde que o ex-vereador socialista se tornou no seu director, consegue, hoje, superar em parcialidade e propaganda socialista o próprio boletim municipal "Passos do Concelho".

 

Por sua vez, a Rádio Antena Livre só já é livre de nome porque se encontra totalmente refém da família socialista abrantina (família no verdadeiro sentido da palavra) e dos seus compagnons de route, entendendo-se por "compagnons de route" todos aqueles que, não sendo socialistas, servem objectivamente a causa socialista no nosso concelho.

 

Sendo certo que, mesmo uma rádio familiar ou partidária, está obrigada, designadamente, a «garantir uma ética de antena que assegure o respeito pela dignidade da pessoa humana e pelos direitos fundamentais e demais valores constitucionais», a «garantir uma informação independente face ao poder político» e a «assegurar o respeito pelo pluralismo, rigor e isenção da informação» (ver lei da rádio).

 

Por outro lado, também não colhe, neste caso, alegar-se que, tratando-se de dois órgãos de comunicação social privados, caberá a eles escolher a linha redactorial que mais lhe interessar.

 

Isto só teria validade se a Câmara não os financiasse directa ou indirectamente, através de contratos de publicidade essenciais para a sua sobrevivência.

 

Ao fazê-lo, não pode a Câmara evitar que qualquer pessoa relacione os apoios como contrapartida à propaganda socialista que este dois órgãos de comunicação levam a cabo no concelho.

 

E lá voltamos à mulher de César...

ABRANTES - AV. DEFENSORES DE CHAVE

Pedido de esclarecimento dos vereadores eleitos pelo PSD 

 

Fomos hoje contactados pelo cidadão que, em reunião de Câmara, apresentou a questão relativa ao trânsito na Av. Defensores de Chaves, em nome dos moradores naquela artéria, que permite a alguns moradores acesso directo ao seu domicílio, mas que, a outros, obriga a efectuar uma volta que implica despesa e desgaste em termos de meios de transporte.

 

O referido cidadão pretendia saber qual o motivo por que, passados quase três meses e apesar de ter deixado o seu contacto por solicitação dos serviços, ainda não obteve qualquer tipo de resposta.

 

Mais informou que, nos últimos dias, à semelhança do que já aconteceu outras vezes, o sinal de proibição excepto a moradores, na embocadura da rua que sobe para o edifício Pirâmide foi vandalizado e derrubado, se bem que já hoje, da parte da manhã, este problema tivesse sido resolvido.

 

Pelo exposto, os vereadores do PSD gostariam de saber qual o ponto de situação referente à exposição efectuada por aquele cidadão e qual o motivo da falta de resposta até ao momento.

SEGURANÇA

Proposta dos vereadores eleitos pelo PSD 

Em Janeiro do corrente ano, só por milagre dois cidadãos espanhóis não foram mortos num bar da nossa cidade nas mesmas circunstâncias em que foi morto, a sangue frio e de forma absolutamente gratuita, o motorista Nelson Silva, de 37 anos, na área de serviço de Abrantes da A23.

E os autores materiais do crime foram igualmente três jovens oriundos da mesma comunidade abrantina.

Voltamos a repetir o que dissemos na reunião de 5 de Julho de 2010 a propósito do assassínio de Nelson Silva: o que era de esperar de três jovens criados numa comunidade que tem por referências morais indivíduos que se dedicam à criminalidade, que não têm o mínimo respeito pelas autoridades, que desprezam a vida humana, que aterrorizam a cidade, que vivem na mais absoluta impunidade, que apresentam sinais exteriores de riqueza sem trabalhar e que ainda são premiados pelo Estado com casa e rendimento social de inserção?

Seis meses depois a situação repetiu-se, sem que nada tivesse sido, entretanto, feito para o evitar.

E o que é se poderia ter feito?

Se se tiver vontade política, pode-se fazer muita coisa.

A este propósito transcrevemos o seguinte texto explicativo da célebre "Teoria das Janelas Partidas", aplicada pelo presidente da câmara de Nova Iorque Rudolph Giuliani e que foi responsável pela redução drástica de todos os índices de criminalidade na cidade:

«Em 1969, na Universidade de Stanford (EUA), o Prof. Phillip Zimbardo realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas abandonadas na via pública, duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor. Uma deixou em Bronx, na altura uma zona pobre e conflituosa de Nova York, e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia. Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipa de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada sítio.

Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as jantes, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.

É comum atribuir à pobreza as causas de delito. Atribuição em que coincidem as posições ideológicas mais conservadoras (da direita e esquerda). Contudo, a experiência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os investigadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto. O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre.  

Por que razão o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro é capaz de disparar todo um processo delituoso? Não se trata de pobreza. Evidentemente é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais. Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação que vai quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras, como que vale tudo. Cada novo ataque que a viatura sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de actos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.

Em experiências posteriores (James Q. Wilson e George Kelling), desenvolveram a 'Teoria das Janelas Partidas', a mesma que, de um ponto de vista criminalístico, conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujidade, a desordem e o maltrato são maiores.

Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.

Se se cometem 'pequenas faltas' (estacionar-se em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar-se um semáforo vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e logo delitos cada vez mais graves.

Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.

Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas (que deixa de sair das suas casas por temor aos gangs), estes mesmos espaços abandonados pelas pessoas são progressivamente ocupados pelos delinquentes.

A 'Teoria das Janelas Partidas' foi aplicada pela primeira vez, em meados da década de 80, no metro de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade.

Começou-se por combater as pequenas transgressões: graffitis deteriorando o lugar, sujidade das estacões, ebriedade entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metro um lugar seguro.

Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, mayor de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metro, impulsionou uma política de 'Tolerância Zero'. A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.

A expressão 'Tolerância Zero' soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, nem da prepotência da polícia. De facto, a respeito dos abusos de autoridade deve também aplicar-se a tolerância zero.

Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito. Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.»

O problema da segurança e da autoridade não se resolve de um dia para o outro, como é óbvio.

Nem se resolve com mais polícia, nem à bordoada.

Nós estamos apenas a colher aquilo que pais, professores, presidentes de câmara, governantes e cidadãos, em geral, andaram a semear durante os últimos 40 anos.

Não nos podemos, pois, queixar.

Agora se queremos viver numa sociedade diferente, mais justa, mais solidária, mais segura, onde as pessoas se respeitem e se ajudem, então temos de começar a construi-la.

E se queremos viver numa cidade mais segura, só há uma política com resultados garantidos: a politica de "Tolerância Zero", baseada na teoria das "Janelas Partidas".

A estratégia é muito simples: consiste em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana.

Isto é um trabalho que tem de envolver a câmara, as escolas, as instituições, as autoridades e os cidadãos, em geral, e impõe, obrigatoriamente, que o exemplo venha de cima.

O exemplo é a única forma de ensinar.

Com efeito, não adianta a Câmara e a PSP andarem a pedir aos cidadãos para não terem medo e apresentarem queixa, quando são assaltados, violentados e agredidos, se depois a Câmara demora uma eternidade (mais de um ano) para demolir um simples muro em alvenaria, construído no limite da faixa de rodagem nas Arreciadas, que constitui um perigo evidente para a segurança, quer de veículos, quer de peões.

O mesmo se diga relativamente à remoção de veículos abandonados e a lotes de terreno, edifícios degradados e espaços públicos deixados completamente ao abandono e que são ocupados territorialmente por marginais.

Não pode haver na cidade zonas onde as pessoas tenham medo de circular, de dia ou de noite.

Não pode haver tolerância para quem viola descaradamente princípios fundamentais da nossa constituição e da união europeia, como é o caso da igualdade género, designadamente proibindo as mulheres de frequentar escolas mistas e impondo uniões matrimoniais com menores.

Por sua vez, a polícia tem de fazer um esforço para ser rápida a chegar ao local, ao primeiro sinal de que o mal está para acontecer.

Não é preciso ser bruxo para perceber que, quando certos indivíduos aparecem em certos locais, a probabilidade de as coisas darem para o torto é enorme.

Por outro lado, a escola também não se pode demitir da sua acção formadora.

A autoridade (não confundir com autoritarismo) não se dá por decreto, é construída ao longo de uma vida, através do exemplo, e assenta, essencialmente, no respeito mútuo.

Também aqui deve haver "tolerância zero": eu respeito, logo, tenho o direito de ser respeitado.

As regras de boa educação, os seus rituais e formalismos, que a escola e os intelectuais pós-modernistas ridicularizaram e destruíram ao longo dos últimos 40 anos, servem precisamente para cultivar o respeito pelo outro e pelas funções que cada um exerce.

Quando o advogado, o arguido e o público se levantam quando o juiz entra na sala de audiências ou os crentes quando o padre entra para celebrar a missa, não o fazem por respeito à pessoa mas à função que eles representam naquele momento.

Ora, quando vejo alguns professores queixarem-se da falta de autoridade e de respeito e depois assisto à entrada do Presidente da República numa sala de aula e todos os alunos permanecerem sentados, vejo salas de aulas onde os alunos têm o boné na cabeça, as cuecas à mostra e estão equipados como estivessem numa discoteca ou fossem jogar futebol, das duas ou uma: ou esses professores são muito pouco perspicazes, pelo que deviam mudar de profissão, ou estão a gozar connosco e com os sues colegas.

Além disso, quem quer ser respeitado tem de se dar ao respeito.

Isso impõe, necessariamente, regras de condutas que têm de começar a ser cumpridas pelos próprios, qualquer que seja a classe social ou profissional.

Um professor, assim como qualquer dirigente do sector público ou privado, não pode exigir pontualidade, rigor e assiduidade, se ele não é assíduo, nem rigoroso, nem pontual.

Um professor não pode exigir que um aluno respeite os colegas e o respeite a si, enquanto professor, se ele não respeita os seus colegas, nem as funções que cada um dos seus colegas desempenha em cada momento: director de turma, director de departamento e director da escola.

Isto é extensível a todas as carreiras profissionais.

Também a forma como nos vestimos e apresentamos reflecte o respeito e a consideração que temos pelo serviço que prestamos e pelas pessoas que servimos.

Ninguém recebe em sua casa, em chinelos e calções, uma visita que considera; ninguém vai à missa em cuecas e tronco nu; ninguém vai a um casamento com um fato de macaco cheio de óleo; ninguém presta serviço de mecânico ou de pedreiro de fato e gravata;  ninguém vai a um baile de gala de pijama e pantufas; ninguém disputa um jogo de basquete de vestido comprido e sapatos altos...

Toda a gente sabe como se deve vestir, consoante as circunstâncias, sem ser preciso fazer qualquer regulamento.

Consequentemente, se a escola é um local de trabalho, quem o frequenta (seja professor, pai, funcionário ou aluno) deve vir vestido de forma adequada, ou seja, de forma discreta e limpa, respeitando os preceitos de higiene e boa educação que devem existir em qualquer serviço público.

Por outro lado, se todas as salas de aulas têm um professor e funcionários auxiliares, não se compreende por que razão ninguém é responsabilizado por haver carteiras riscadas e salas sujas.

O professor que entra na sala devia assegurar-se que a sala estava em condições e, caso não estivesse, devia participar imediatamente.

A partir dali, a sala ficava à sua responsabilidade e qualquer ocorrência anormal que acontecesse nesse período cabia ao professor identificar o responsável ou assumir a responsabilidade.

É precisamente para isso que é professor.

Por outro lado, ninguém se pode queixar de falta de autoridade e, depois, não a exercer quando deve, fingindo que não vê o que tinha a obrigação de ver para evitar agir quando tinha a obrigação de agir.

A cidade é uma entidade pela qual todos, sem excepção, somos responsáveis.

Também relativamente a estes aspectos, cabe à Câmara, enquanto entidade membro dos Conselhos Gerais, diligenciar para que as escolas assumam e implementem as medidas que a maioria dos professores, pais, funcionários e alunos sabem ser essenciais para a formação integral do aluno, enquanto cidadão, livre e responsável, das chamadas sociedades abertas.

Como ensinava Edmund Burke, «ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez só porque podia fazer muito pouco».

Se queremos uma cidade mais segura, só há um caminho: cada um de nós fazer o muito pouco que lhe compete, enquanto cidadão, na administração da cidade.

Pelo exposto, os vereadores do PSD vêm apresentar a seguinte proposta, requerendo, desde já, o seu agendamento:

Criação, em estreita ligação com as forças da ordem, de comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana, devendo, para tal, efectuar-se uma campanha de sensibilização com vista à mobilização da população, das instituições e das escolas para o cumprimento desta estratégia de combate à criminalidade.

Santana-Maia Leonardo

  

Nunca conheci terra como Abrantes onde a má língua e os boatos são a única indústria florescente e cujos produtos são comercializados em toda a cidade. E por mais absurdo e inverosímil que seja o boato, não há ninguém que não o compre para revenda.

 

Ora, numa cidade onde as pessoas se alimentam de boatos e maledicência, o único antídoto é, pura e simplesmente, deixar resvalar pela nossa indiferença todas as histórias fantasiosas que por aí vão inventando a nosso respeito, caso contrário não fazemos mais nada se não fazer desmentidos. Até porque não adianta gastar latim com pessoas viciadas na má língua.

 

No entanto, porque quero acreditar que o senhor João Batista Pico está convencido de que é verdade o que escreveu a meu respeito no seu post «3.929 - ESTÁ DIAGNOSTICADA A RAZÃO DA INSEGURANÇA EM ABRANTES», colocado no passado dia 28 de Maio no seu blogue «Pico do Zêzere», venho esclarecer o seguinte:

 

I

 

Antes de mais, quero deixar aqui bem vincado que o esclarecimento que aqui vou fazer é absolutamente excepcional, até para evitar que as pessoas comecem a colher frutos de "atirar o barro à parede".

 

Ou seja, feito este esclarecimento, as pessoas podem, a partir daqui, pensar e dizer o que quiserem, mas eu não voltarei a este assunto ou a outro do género que tenha a ver com a minha profissão, independentemente de ser verdade, meia-verdade ou mentira o que se disser, tendo em conta que a confidencialidade é um valor sagrado na minha profissão.

 

II

 

Ao contrário do que é dado a entender no referido post, nunca foi iniciado ou instruído, por mim ou pelo meu escritório, nem antes, nem depois das eleições autárquicas, qualquer processo que tenha a ver com actos alegadamente praticados por Nelson de Carvalho, designadamente um tal auto instrutório de acusação, apresentado pela PJ em 8 de Janeiro de 2009 - documento que João Batista Pico diz, no seu post, que alguém lhe terá mostrado quase dez meses depois, em Outubro de 2009.

 

III

 

João Batista Pico volta neste seu post a insistir numa versão do meu encontro, no dia 18 de Junho de 2009, pelas 18H, no meu escritório, com o Dr. Joaquim Ribeiro e o senhor Eduardo Margarido que não corresponde à verdade.

 

Não sei como a história lhe foi contada e quem lha contou mas a história está mal contada, pelo menos, do meu lado.

 

O que se passou naquele dia foi apenas isto.

 

Recebi um telefonema do Dr. Joaquim Ribeiro solicitando-me para o receber.

 

Pode parecer estranho, mas, na altura, não conhecia o Dr. Joaquim Ribeiro pelo que me limitei a marcar uma hora para o receber como faço com qualquer pessoa que tal me solicita.

 

O Dr. Joaquim Ribeiro apareceu acompanhado do senhor Eduardo Margarido.

 

Informaram-me que eram do CDS, que consideravam vantajoso CDS e PSD fazerem uma coligação eleitoral, mas, como já estava tudo muito adiantado, queriam saber se eu estaria disponível para considerar essa possibilidade, antes de a proporem no seu partido e ao seu candidato João Pico.

 

A atitude de ambos pareceu-me correcta, uma vez que pretendiam apenas saber a minha disponibilidade, antes de proporem essa solução no seu partido e ao seu candidato.

 

Não houve no seu gesto qualquer deslealdade em relação ao candidato do CDS João Pico pelo que a reacção deste, sobretudo relativamente ao senhor Eduardo Margarido, expulsando-o de cabeça de lista à Assembleia Municipal, foi absolutamente despropositada e injusta.

 

Quanto a mim, limitei-me a comunicar-lhes que, apesar de ser favorável à coligação PSD e CDS, em virtude de me reconhecer neste espaço ideológico, naquele momento, relativamente à lista da Câmara, tal já era impossível, uma vez que a lista tinha sido publicamente apresentada no dia 12 de Junho e quem me conhece sabe que, tendo assumido a liderança daquela lista, já não havia espaço de manobra para mudança de candidatos.

 

Não tem, pois, João Batista Pico qualquer razão quando afirma que eu «nunca deveria ter aceitado falar com os dois "emissários" do CDS, que foram naquela noite ao meu escritório. E, no limite, se os recebesse, deveria ser com o firme propósito de combinar um encontro pessoal, entre nós dois.».

 

Em primeiro lugar, não sabia que se tratavam de dois emissários do CDS, nem nunca se apresentaram como tal.

 

Em segundo lugar, não havia qualquer razão dar sequência àquela reunião, designadamente, marcar para qualquer encontro com quem quer que fosse, uma vez que a lista da Câmara do PSD estava fechada.

In Mirante - edição de 26/5/2011

 

Os vereadores do PSD na câmara de Abrantes vão propor na próxima reunião do executivo a suspensão do lançamento do concurso público internacional para construção do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes (MIAA), que prevê um investimento de 13 milhões de euros a suportar pela autarquia e por fundos da União Europeia.

 

A posição de Santana-Maia Leonardo e de António Belém Coelho surge após declarações recentes da coordenadora do projecto do MIAA, a ex-vereadora da Cultura Isilda Jana, ao Diário de Notícias, onde admitia a existência de peças falsas na colecção de arte disponibilizada pela Fundação Estrada e que deverá constituir o coração do museu.

 

É evidente que existem peças falsas. São cerca de 5000, adquiridas de diversos modos, e existem de certeza falsas. Todos o sabemos. Mas as verdadeiras são muito mais”, disse Isilda Jana citada pelo Diário de Notícias, onde anunciava ainda que está previsto lançar o concurso público para construção do museu na segunda quinzena de Junho.

 

Essas declarações abriram nova frente de polémica em torno do assunto, com os vereadores da oposição a reiterarem agora as dúvidas que já tinham manifestado há cerca de um ano sobre o valor da colecção Estrada, que está na base do projecto do MIAA, e a defenderem a suspensão da colaboração de Isilda Jana.

 

Perante as reacções a essa entrevista, a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque (PS), e Isilda Jana subscreveram um esclarecimento, colocado na página da Câmara de Abrantes na Internet, onde desmentem que o MIAA vá acolher uma colecção de peças falsas. Informam que a autarquia tem “uma equipa altamente conceituada” a trabalhar no projecto e vários especialistas a estudar o acervo, precisamente para “distinguir o trigo do joio”.

 

O programa do museu terá por base o trabalho sério realizado”, afirmam Céu Albuquerque e Isilda Jana, reconhecendo a “excepcionalidade da colecção” e admitindo “que possam existir algumas peças falsas”, porque “há-as em todas as colecções, mesmo nos grandes museus do mundo”. Acrescentam que o museu, para além da colecção Estrada, vai ainda acolher a colecção de arqueologia e arte da câmara municipal e os legados do escultor Charters de Almeida e da pintora Maria Lucília Moita.

 

Recorde-se que no mês passado, em entrevista a O MIRANTE, o vereador Santana-Maia já defendia que o projecto devia ser repensado atendendo à sua dimensão e à actual conjuntura económica. “Antes de discutir se o museu deve ser ali ou noutro lado, se deve ser ou não daquele tamanho, temos dois pontos. Primeiro: se é para uma colecção, temos de aferir se aquela colecção justifica ou não o investimento. O que foi decidido continuar agora a fazer. E depois há a sustentabilidade do museu. Podemos ter uma extraordinária colecção de seis mil peças mas o município não ter capacidade financeira e económica para sustentar um museu dessa grandeza. Não podemos querer fazer aqui o museu de Londres ou o museu do Prado”.

 

Maria do Céu Albuquerque afirmou entretanto à agência Lusa que a construção do MIAA é “irreversível”, considerando-o “determinante para a reanimação” do centro histórico da cidade enquanto “gerador de mais valias” ao nível dos fluxos turísticos, científicos e pedagógicos.

 

Ver secção (I) Museu Ibérico no DOSSIÊ: Centro Histórico e Cidade

 

Alguém me pode explicar por que razão a corrupção não é um problema a levar à campanha e que parece não interessar nenhum dos grandes partidos? Na verdade, vindos de anos e anos de "casos" de corrupção que envolvem políticos, a começar pelo BCP e a acabar nas sucatas do senhor Godinho, numa altura em que existe a convicção popular generalizada de que existe muita corrupção no sistema político e análises técnicas, académicas e policiais apontam no mesmo sentido, a indiferença que PS e PSD mostram perante o tema é inadmissível. Para não ir mais longe. (...)

Alguém me pode explicar por que razão a justiça e a segurança estão ainda mais ausentes nesta campanha do que nas anteriores? (...)

 

Alguém me pode explicar como é que se "emagrece" o Estado (estamos na época das metáforas orgânicas) sem despedimentos na função pública? Alguém me explica como é que se extinguem centenas de organismos, institutos, empresas públicas nacionais e municipais sem se saber para onde é que vão as dezenas de milhares de pessoas que nelas trabalham? Ou será que se pensa que só há cargos de direcção e administração nesses organismos e não há contínuos, secretárias, pessoal auxiliar, técnicos, motoristas, pessoal de manutenção, etc.? Vai-se alimentar o desemprego ou o subemprego?
 

Pacheco Pereira in Público de 28/5/2011

 

O caldo da portaria não acabou. Não é já como outrora uma multidão pitoresca de mendigos, beatos, ciganos, ladrões, caceteiros, carrascos, que o vai buscar alegremente, ao meio-dia, cantando o Bendito; é uma classe média inteira, que vive dele, de chapéu alto e paletó.

 

Este caldo é o Estado. A classe média vive do Estado.

 

A velhice conta com ele como condição da sua vida. Logo desde os primeiros exames no liceu a mocidade vê nele o seu repouso e a garantia da sua tranquilidade (…)

 

A vida militar não é uma carreira, como se compreendia outrora, é uma ociosidade organizada por conta do Estado (…) A própria indústria faz-se proteccionar pelo Estado (…)

 

A imprensa até certo ponto vive também do Estado. A ciência depende do Estado.

 

O Estado é a esperança das famílias pobres e das casas arruinadas; é a ocupação natural das mediocridades; é o usufruto da burguesia.

 

Ora como o Estado, pobre, paga tão pobremente que ninguém se pode libertar da sua tutela para ir para a indústria ou para o comércio, esta situação perpetua-se de pais para filhos como uma fatalidade.

 

Isto foi escrito em 1871 (repito: 1871) por Eça de Queirós, em As Farpas.

E como vêem continua tudo na mesma. Nem com a troika vamos mudar.

O Estado está-nos no sangue. Só se nos matarem...

Mas tem de ser o Estado a pagar o funeral.

Santana-Maia Leonardo - in Nova Aliança 

 

O panfleto que o PS intitula pomposamente de programa eleitoral só tem comparação com certas moções de estratégia que por aí são aprovadas, feitas de lugares comuns, banalidades e outras vulgaridades, que só a boa educação ou a ignorância dos ouvintes os impede de desatar a rir às gargalhadas, para mais quando são lidas em voz alta com ar formal.

 

Só mesmo no país das Novas Oportunidades, é possível José Sócrates aparecer nas sondagens com mais intenções de votos do que o CDS, o Bloco de Esquerda ou o Partido Comunista. Será possível o povo português ser tão irresponsável ao ponto de ainda ponderar em manter na direcção da sua empresa o director que a levou à falência? Isto, no fundo, só vem demonstrar que os culpados da situação em que o país se encontra, afinal, são os portugueses que, nas democracias liberais, são os verdadeiros accionistas da empresa nacional.

 

A democracia tem, pelo menos, esse mérito: ninguém é governando melhor do que o que merece. E nós só temos o que merecemos. Mas de uma coisa podem estar certos: acabaram-se as novas oportunidades.

Anabela Crispim (Profissional de RVCC) 

 

Ouvimos todos os dias críticas às Novas Oportunidades. A maior parte das vezes proferidas por quem não conhece minimamente aquilo de que está a falar.

 

Por que temos medo, por que criticamos aquilo que não conhecemos?

 

Trabalho diariamente com homens e mulheres que tiveram muito cedo que “se fazer à vida” e começar a trabalhar. Homens e mulheres que chegam ao nosso Centro, com uma diversidade de competências de vida que são reconhecidas a um nível de escolaridade básico ou secundário.

 

Homens e mulheres que dão um novo significado àquilo que já sabem: na Matemática para a Vida, na Linguagem e Comunicação, nas Tecnologias de Informação e Comunicação, na Cidadania e Empregabilidade. Conheço todos os dias homens e mulheres, de todas as idades, que nunca mexeram num computador. Homens e mulheres que mostram orgulhosos o seu trabalho: “ Professora, fiz tudo sozinho! Agora até já falo com os meus netos no computador!”

 

Conheço todos os dias, homens e mulheres que trabalham duro nas mais variadas profissões e vêm com coragem pedir a certificação das suas competências por que sabem que têm valor. As suas competências de vida pessoais, profissionais e sociais são importantes.

 

“Contar a História de Vida e ter o 12º Ano! Que patranha!” – Todos os nossos candidatos sabem que não é apenas isso. A história de vida de um candidato é um pretexto para mostrar competências em áreas como Cidadania e Profissionalidade, em Sociedade, Tecnologia e Ciência, em Cultura, Língua e Comunicação.

 

O processo de RVCC é discutível? Deve ser melhorado? Claro que sim! Melhoramo-lo nós, todos os dias. Trabalhamos todos os dias em prol da sua credibilidade. Tentamos adaptá-lo à singularidade de cada um dos nossos candidatos, aproveitando ao máximo as competências de cada um. O processo de RVCC envolve uma equipa de profissionais das mais variadas áreas, pois só assim se pode desenvolver o potencial de cada candidato. Todos os dias, fazer este trabalho é um desafio para todos os profissionais envolvidos.

 

Obrigada Filipa, por ser a porta-voz de todas as mulheres que não se acomodam e dão exemplo de vida e conhecimento! Obrigado Mário, pela garra com que se empenha na luta diária por uma vida melhor na sua freguesia! Obrigado Adelino, pela competência de construir todos os dias obras que engrandecem o nosso país! Obrigado José Luís, por continuar a ser mediador de culturas, pela responsabilidade para com todos aqueles que consigo trabalham! Obrigado Rui, por estar na oficina sempre que preciso de lá levar o meu carro! Obrigada Maria, por ter lutado pela constituição da creche onde deixamos os nossos filhos! Obrigado Francisco, por fazer funcionar o nosso telefone e Internet! Obrigado Paulo, por contribuir para o bom funcionamento do lar onde visito o meu avô! Obrigado Alberto, por proteger e preservar locais tão bonitos da terra que amo!

 

Obrigado a todos, por contribuírem para a valorização deste país.

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