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COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

Rui André

*Candidato a presidente da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos

  Presidente da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos (2005-09)

 

Viver é pensar naquilo que fazemos e para quem fazemos …

Desde o ano de 2001, um grupo de pessoas e amigos lutam pelos interesses de um povo, de uma comunidade … à nossa comunidade … à Freguesia de Rio de Moinhos com os lugares de Aldeínha, Amoreira, Arco, Pucariça, Braçal, Caldelas, Caldeiras, Feia e Rio de Moinhos.

Quero deixar aqui bem claro uma merecida homenagem a todos os Executivos que passaram pela Junta de Freguesia de Rio de Moinhos ao longo da nossa história …

Mais recentemente os executivos de Manuel Pires, Rui André (eu mesmo) e João Paulo Rosado (Mota) que conseguiram planear com os seus colaboradores e amigos (muitos deles aqui presentes) aquilo que é hoje a nossa freguesia.


O povo costuma valorizar aquilo que os outros têm e poucos se lembram aquilo que temos e conseguimos ao longo destes 12 anos de muito e muito trabalho:


  • Uma Junta de Freguesia a funcionar de uma forma profissional, eficaz e transparente
  • A Legalização do brasão e bandeira da freguesia
  • A Instalação de uma Caixa Multibanco
  • A Construção de uma Nova Extensão de Saúde (parceria com a JF de Aldeia do Mato para o transporte de utentes / UMA FARMÁCIA que temos de preservar e ajudar a manter sensibilizando as pessoas para a sua utilização)
  • A Construção de um Novo Centro Escolar
  • A Recuperação de todos os abrigos de passageiros da freguesia
  • A Construção de parques infantis e espaços verdes
  • A Manutenção dos Correios (com mais valências para os utentes)
  • A nível Cultural … participamos em todos os anos o Encontro Nacional dos Rio de Moinhos de Portugal
  • O grande projecto da recuperação do Prédio de Lisboa (que se encontra em fase de negociação após vários concursos públicos) … que será a grande mais valia da nossa freguesia nos próximos anos e para as próximas gerações.
  • A Recuperação deste Cais de Acostagem (que precisa de mais dinamismo … foi aqui e em harmonia com o Rio Tejo que os nossos antepassados trabalharam e deixaram um marco na nossa história …  A VIDA MARÍTIMA, OS CHAMADOS HOMENS DO MAR … OS CALAFATOS … OS PESCADORES …) … este lugar é especial … por isso estarmos aqui hoje, porque somos especiais, porque voçês são especiais, porque esta equipa é especial … cada um deles (com personalidades diferentes …  mas todos juntos fazemos UMA EQUIPA ESPECIAL)


Ainda temos a funcionar em pleno as nossas Associações locais que têm dinamizado a nossa freguesia:


  • A Associação de Moradores de Amoreira
  • A Comissão de Melhoramentos da Pucariça
  • O Centro de Apoio a Idosos da freguesia de Rio de Moinhos
  • A Casa do Povo de Rio de Moinhos
  • A Filarmónica Riomoinhense
  • A APEOCA (formada por 3 freguesias: Aldeia do Mato, Martinhel e RM)
  • A Conferência São Vicente de Paulo
  • A Associação dos Caçadores
  • A Associação dos Agricultores
  • Os columbófilos (embora pertencendo à Associação Columbófila de Abrantes temos grandes campeões aqui na nossa terra)
  • A Associação Juvenil Remoinhos d´Água (Boletim Informativo O Riomoinhense)
  • A Associação Juvenil Pucajovem
  • E A Comissão Social da Freguesia de Rio de Moinhos … que funciona com o objectivo de ajudar os mais vulneráveis da nossa freguesia.


E é nessa Comissão Social que esta equipa especial, experiente e sensível, vai trabalhar mais afincamente com a criação de um Gabinete de Apoio Social 

A nossa freguesia também vive e sobrevive com os nossos EMPRESÁRIOS que têm feito um trabalho invejável (apesar da crise) para a economia da nossa terra … sem eles a nossa freguesia seria mais pobre …


  • MF Salsicharia Artesanal
  • Delícias Deolinda
  • Cafés/Restaurantes de toda a Freguesia
  • Minimercados (Em Amoreira e em Rio de Moinhos)
  • Serração
  • Cabeleiros(as) / Seguradoras


Vivemos numa freguesia cheia de história que devemos preservar e valorizar…

Não podemos concorrer à JF por por concorrer… temos de saber para onde vamos.

Por isso, devemos pensar na Freguesia de Rio de Moinhos no ano de 2020 é relembrar quem somos, o que queremos e para onde queremos caminhar … temos de saber isso tudo senão estamos perdidos e à deriva.

Devemos planificar e trabalhar todos em conjunto… sempre no intuito de preservar e valorizar a nossa identidade, de melhorar o bem estar das pessoas e de construir somente aquilo que é necessário.

Temos tanto infraestruturas que podemos recuperar e sobretudo valorizar…

Quero realçar que o materialismo não leva a felicidade de um povo, pode ajudar mas não chega… a relação entre as pessoas, a partilha, a tolerância, a diferença devem estar sempre presentes… e é aqui que queremos fazer a diferença: NAS PESSOAS, PARA AS PESSOAS E SOBRETUDO COM AS PESSOAS …

Hoje começa um novo caminho… um caminho composto por uma equipa experiente, dinâmica e sensível aos problemas das pessoas: dos idosos, dos jovens, das crianças, dos desempregados e dos mais vulneráveis que não podemos esquecer… precisamos de toda a gente para construir uma FREGUESIA MELHOR… por isso QUEREMOS UMA FREGUESIA DE RIO DE MOINHOS MELHOR.


Antes de finalizar este meu discurso e apresentar cada elemento da minha equipa recordo uma frase de Mark Twain: "Daqui a alguns anos você estará mais arrependido pelas coisas que não fez do que pelas que fez. Então solte as amarras. Afaste-se do porto seguro. Agarre o vento em suas velas. Explore. Sonhe. Descubra."

 

NOME

PROFISSÃO

IDADE

RUI ANDRÉ

Professor

42

JOÃO DOMINGOS

Técnico Máq. Injecção

42

RAQUEL MARQUES

Educadora Social

27

NUNO LOPES

Operador Fabril

36

MANUEL ROSA DIAS

Oficial Público (MJ)

51

M.ª ALEXANDRA LISBOA*

Socióloga

49

JOÃO BEXIGA

Desempregado

29

DIANA DO CARMO

Educadora Social

23

CLÁUDIA FERREIRA

Professora 1º ciclo

28

MANUEL PIRES

Tec. Aux. Pecuária

57

SUSANA ANTUNES

Assistente Técnica

38

VITOR PEREIRA

Reformado

74

VERA FERREIRA

Operadora de caixa

33

JOÃO ROSADO

Tec. Oficial de Contas

42

ANA CATARINA ASSUNÇÃO

Designer de moda

30

JOSÉ LOPES PEDRO

Montador 1ª qualificado

51

ISABEL LOPES

Operadora Fabril

46

GUILHERMINO PEDRO

Carpinteiro

49

RICARDO BREITES

Técnico de Operação

28

30 Ago, 2013

O Zé Pavão

Bocage final.JPG

Filho do Zé Povinho é Zé Pavão

Que hoje se pavoneia na avenida

Ao volante do carro ca querida

De que ‘inda não pagou a prestação.      

                                         

O pai foçava e só o filho é calão,

Pois vendo o velho pai na sua lida

Mais ficou a gostar da boa vida,

Razão por que virou um mandrião.

 

Eis a foto do povo português:

Gente séria, honesta e de trabalho

Trocada pelos vícios do burguês.

 

São dívidas no banco e até no talho...

E quando ninguém paga ao fim do mês,

Apetece mandá-los prò caralho!

 

Ponte de Sor, 26 de Outubro de 2005

João Miguel Tavares - Público de 29-8-2013

 

Que a Internet, as caixas dos comentários e as redes sociais são terreno fértil para que a estupidez humana cresça firme e viçosa, já todos nós sabemos há muito tempo. E por isso, o que há de novo nas reacções à morte de António Borges não são, de todo, os textos anónimos e mal-educados que celebram a morte de um ser humano. A isso já estamos habituados. O que há de novo são os textos assinados e bem-educados de pessoas como Pedro Tadeu e Baptista-Bastos (ambos no DN), que sentiram necessidade de assinalar a morte de António Borges com uma denúncia das suas posições ideológicas, em vez da costumeira suspensão das hostilidades por altura da morte de uma figura pública.


Algum estudante de Sociologia ou de Ciência Política deveria comparar as reacções à morte de Miguel Portas com as reacções à morte de António Borges. Suponho que teria ali material para uma tese de doutoramento. É que essa diferença de reacções e de olhares diz muito sobre a cultura política portuguesa e o seu eterno défice democrático, apesar de o 25 de Abril já ter ocorrido há quase 40 anos. Enquanto um homem de direita olha para um homem de esquerda como um adversário político, demasiados homens de esquerda olham para demasiados homens de direita como inimigos a abater. A direita relaciona-se com a esquerda num plano político. A esquerda relaciona-se com a direita num plano moral.


E por isso, suponho que não passaria pela cabeça de muita gente de direita considerar Miguel Portas, por altura da sua morte, um homem com uma "visão do mundo detestável" (palavras de Pedro Tadeu sobre António Borges) ou que "compaixão" e "bondade" estavam ausentes do seu vocabulário (palavras de Baptista-Bastos). Qualquer pessoa de direita, como eu, estaria tão distante das opiniões políticas de Miguel Portas quanto Pedro Tadeu ou Baptista-Bastos se sentiam distantes de António Borges - mas em momento algum eu me lembraria de classificar Miguel Portas, e muito menos na hora da sua morte, como um homem insensível e indiferente ao sofrimento dos portugueses.

E a questão, senhores, é que enquanto isto não for resolvido na cabeça de certa esquerda, o nosso debate político nunca sairá da sofisticação de um jardim-de-infância, permanecendo a identificação medieval do errado (no plano político) com o mau (no plano moral). Se tu és bom e eu sou mau, nós somos inimigos, e não adversários. Enquanto a esquerda Tadeu e Baptista-Bastos não compreender que quando uma pessoa como António Borges - ou como eu, já agora - defende ideias liberais é porque genuinamente acredita que isso é o melhor para o país e para o povo português, nós nunca conseguiremos ter um debate adulto sobre como chegámos aqui e como sair deste buraco.


Enquanto não for possível discordar sem demonizar, enquanto não for possível à esquerda admitir que ela não detém o monopólio da bondade, enquanto não for possível à esquerda dizer a um adversário político "eu discordo profundamente de ti" sem acrescentar logo de seguida "és um pau-mandado ao serviço do grande capital e queres é proteger os ricos à custa dos pobres"; enquanto nada disto for possível, nós seremos sempre um país politicamente diminuído e sem uma verdadeira cultura democrática. Que a morte de António Borges sirva, ao menos, para nos ajudar a todos a compreender que só é possível discutir política num plano de igualdade moral. A grande dúvida é: será que a esquerda deixa?

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(...) Os que puseram as despesas «fora do balanço», a uma escala gigantesca, foram os políticos incompetentes ou corruptos, banqueiros ávidos de lucros mais fáceis e maiores que os que seriam gerados pela economia sustentável, construtores e especuladores imobilários, consultores e escritórios de advogados que ajudaram a construir este gigantesco esquema.

E no final deste balanço, fica uma pergunta: porque é que um Presidente economista, quadro do Banco de Portugal, deixou que tudo isso acontecesse sem se indignar, sem dar um murro na mesa?

A História registará que, durante o mandato do Presidente economista Aníbal Cavaco SIlva, o país chegou à beira da bancarrota pela terceira vez em Democracia.

José Gomes Ferreira - in "O Meu Programa de Governo" (pág.104)

Santana-Maia Leonardo - Diário As Beiras de 27-8-2013

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Segundo o PÚBLICO, Luís Filipe Menezes "reuniu-se esta semana na Câmara de Gaia com moradores com dificuldades económicas que residem em bairros da cidade do Porto onde se candidata e tem pago algumas facturas".

Isto só por si espelha bem o que nos espera, em próximos actos eleitorais, se o Tribunal Constitucional validar a interpretação territorial da limitação dos mandatos autárquicos. Porque não se trata apenas de transformar os presidentes de câmara em autênticos pistoleiros profissionais que passarão a  deambular pelo país à cata de quem os contrate para defender a sua cidade dos bandidos, o que só por si já seria mau, uma vez que distorce absolutamente o princípio fundador do poder local.

O que se avizinha é muito pior do que isto. Com efeito, se o Tribunal Constitucional permitir que os presidente de câmara se candidatem a outro município, findos os três mandatos, tal vai conduzir inevitavelmente (só quem não conhecer os nossos políticos, pode acreditar o contrário) que o último mandato vai ser usado como trampolim para uma candidatura a um município vizinho, à custa de recursos da autarquia para o qual foi eleito. Ou seja, o presidente eleito para um terceiro mandato passa a ter a cabeça num município e os pés no outro. Ora, isto não é bom para a qualidade da nossa democracia.

Além disso, nas democracias, como todos sabemos, os melhores mandatos são sempre aqueles em que um presidente sabe que já não pode ser reeleito, na medida em que o seu mandato já não é condicionado pelos votos. Acontece que, com a possibilidade de reeleição num município vizinho, até esse efeito se perde.

Pela mesma razão, os autarcas inibidos de se recandidatarem não deveriam poder sequer integrar as listas para não se assistir a esta autêntica palhaçada à boa maneira portuguesa de as listas serem elaboradas pelos presidentes de câmara cessantes que escolhem um testa de ferro para encabeçar a lista mas, na prática, serão eles que irão continuar a exercer o poder de facto.

Em Portugal, como toda a gente sabe, basta abrir um pequena fresta na lei que passa por lá tudo. E das duas uma: ou querem limitar os mandatos ou não querem. Se não querem, acabem com a lei mas não gozem mais connosco. Nunca se esqueçam de um sábio pensamento de Confúcio: "Nunca irritem um homem paciente." E o povo português, apesar de ser muito paciente, começa a dar sinais de alguma irritação...

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