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COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

A frase é de Novalis (“É indispensável manter tudo o que não for indispensável substituir") e as fotos são de Guimarães e da autoria de Ana Carmo (cabeçalho) e Joaquim Leite, Steve Smith e Francisco Clemente (coluna lateral).

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Vasco Pulido Valente - Público de 25-10-2014

Por razões longas de explicar, resolvi reler os monólogos com que Hitler entretinha os seus convidados no quartel-general de Rastenburgo, na primeira fase da campanha da Rússia. Foi uma experiência repelente, mas de quando em quando muito instrutiva, porque a omnipotência de Hitler o convenceu de que era também omnisciente.

Falava sobre tudo com uma autoridade de que ninguém se atrevia a duvidar: sobre a natureza do cosmos e o destino da Terra, a natureza do homem (e da mulher), o cristianismo, o protestantismo e o catolicismo (que imparcialmente detestava), a sopa de Esparta e a dieta dos vikings, os romances que se deviam ler e não ler (ele nunca lera nenhum), a literatura recomendável ao perfeito nazi (Karl May – um autor para adolescentes), Júlio Verne e um desconhecido chamado Dohl. (...) 

Mas, no meio desta abissal ignorância, em certas matérias Hitler defendia algumas teses que hoje estão na moda e têm a sua dose de fanáticos. Convém dizer, para quem não saiba, que Hitler era vegetariano e não bebia, nem fumava, para preservar a sua saúde e acabar pessoalmente de pôr em pé o império nazi. Enormes tiradas contra a “carne” ou a favor do pão integral, da batata ou de legumes crus (das crudités) ocupam dezenas de páginas (ou de horas).

Hitler também defendia com ardor o uso (futuro) de energias “renováveis”. No caso dele: o vento e a água. (...) Alguns restos da herança de Hitler continuam connosco.

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A AJAF - Associação Juventude Acção no Futuro, em parceria com a Junta de Freguesia de Fontes, promoveu neste fim-de-semana de 25 e 26 de Outubro uma Caminhada Noturna e Zumba em Fontes. Estas duas iniciativas apoiadas pelo programa FINABRANTES, mobilizaram cerca de 60 participantes.

A caminhada nocturna teve lugar no dia 25 de Outubro pelas 21h00, junto ao miradouro de Fontes com um percurso de cerca de 1h30 pela freguesia. Já no dia 26, teve lugar também no miradouro, uma aula de zumba na qual todos/as os/as participantes puderam dançar e ao mesmo tempo fazer exercício num momento de descontração e divertimento.

Estas iniciativas foram muito bem recebidas pelos/as participantes, que se mostraram bastante motivados/as, e interessados/as em outras atividades do género. Agradecemos a vossa presença, assim como o apoio da Junta de Freguesia de Fontes na dinamização destas duas iniciativas. Sem dúvida que em cooperação conseguimos mais e melhor pelas nossas populações.

Santana-Maia Leonardo - Nova Aliança

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Fui um dos poucos neste país que me manifestei contra o fim do serviço militar obrigatório e por quatro razões:

(1) O fim do serviço militar obrigatório iria tornar o serviço militar extremamente dispendioso para o Orçamento de Estado (como agora é uma evidência);

(2) O serviço militar obrigatório é essencial para a formação cívica dos jovens portugueses, sobretudo num país onde os naturais se caracterizam pela indisciplina e pela ausência total de espírito de grupo, espírito de missão e sentido do dever;

(3) O serviço militar obrigatório é praticamente o único cimento da nação portuguesa;

(4) O serviço militar obrigatório é uma peça essencial para o equilíbrio da economia, na medida em que é um meio barato, eficaz e útil de combater o desemprego jovem.

O fim do serviço militar obrigatório marca o início do ciclo da tomada do poder pelas juventudes partidárias e o fim das ideologias. A fruição do presente torna-se mais importante do que preservar o futuro. Cada um passa a viver como se não houvesse amanhã: como se fosse o consumidor final da civilização.

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No passado dia 24 de Outubro de 2014, a AJAF deslocou-se mais uma vez ao Centro de Solidariedade Social da Freguesia do Souto, para desenvolver uma atividade ANIMOCENTRO, a qual designamos “Broinhas do Centro”, levando aos/às utentes o sabor do outono, através da confeção de broas. Esta é uma das atividades do projeto “Juventude Ação na Solidariedade” 2014, promovido pela AJAF, com o apoio do programa FINABRANTES 2014.

Durante o período da manhã, os/as utentes observaram a confeção da massa para as broas, e logo depois colocaram mão à obra, tendo sido estas moldadas pelos/as próprios. A motivação era enorme, e maior ainda era a vontade de provar as belas das broinhas. No fim, elaboramos um saquinho de broas para cada utente levar para casa.

Sem dúvida promovemos um momento bastante diferente, cheio de emoções para todos/as. Mais uma vez, esta atividade permitiu a ocupação saudável do tempo livre dos/as utentes, estimulando as suas capacidades físico-motoras e ao mesmo tempo promovendo a sua autoestima e bem-estar.

Artur Lalanda

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Continuam vivos e a proporcionar intervenção das autoridades judiciais.

O ex-empresário, sr. Jorge Dias, que há tempos conduziu os seus burros até à porta da Câmara Municipal de Abrantes, foi, oportunamente, alvo de uma participação criminal, junto do Ministério Público, acusado de, na opinião dos participantes,”ofensas à integridade física”,” injúria agravada”, “ofensas a organismo, serviço ou pessoa colectiva”, “difamação agravada”, “ameaça agravada” e “desobediência”.

Concluido o inquérito, soube-se agora, o sr. Jorge Dias viu  ARQUIVADOS OS AUTOS relativos aos crimes de que fora acusado, mas foi considerado arguído e vai ser julgado por, como ele próprio confirmou nos autos, ter chamado de “mentirosa” a sr.a Presidente da Câmara.

Muito bem. Se eu tivesse afirmado, há anos, na qualidade de responsável político, que ia ser instalada, imediatamente, uma etar compacta nos Carochos e pudesse ser constatado, hoje, que nada aconteceu, eu seria mentiroso;  se, na mesma qualidade de responsável político, eu tivesse afirmado que o sr. Alexandre Alves (da RPP Solar) entregara uma garantia de 500 000 euros e, afinal, não houvesse nenhuma garantia, eu seria mentiroso; se, ainda na qualidade de responsável político, eu tivesse jurado a pés juntos que defenderia os interesses dos cidadãos e acabasse, com dinheiro do erário público, comprando oliveiras a dois mil euros cada uma, eu seria mentiroso; se, na qualidade de 1º ministro de um qualquer país, eu afirmasse que não aumentaria os impostos e depois fizesse exactamente o contrário, eu seria mentiroso. Se... se... se...

Se eu fosse presidente de uma câmara municipal e, nessa qualidade, responsável por todas as mentiras acima relacionadas, será que eu não poderia ser acusado de mentiroso?

Alberto Pinto Nogueira - Público de 25-10-2014

(...) O novo mapa judiciário, produto acabado ao fim de longos anos, constituiu uma esperança na modernização do sistema judiciário.

A sua implementação é uma vergonha. Manifestação indisfarçável de incompetência e ligeireza num sector fundamental do Estado de Direito.

Não só vergonha. Uma humilhação ao povo português. Responsáveis ministeriais consideram o colapso que geraram com incompetência, displicência e desrespeito um “transtorno”! O crash do sistema judiciário, a paralisação dos tribunais e congelamento de centenas de milhares de processos durante meses ( falta saber o que aí vem) é um “transtorno”, um “mal-entendido”. Meia dúzia de rugas que se dissimulam com botox.  Não há contas a prestar, nem responsabilidades políticas e outras a assumir.. Sª Ex.ª, o secretário de Estado da Justiça, numa manipulação de faz de conta, entende que  “Houve percalços, mal-entendidos”.

É paradoxal! O Governo que provocou o coma induzido do sistema judiciário (coisa nunca antes vista!) apela à transparência e à responsabilização!

A ética e honra políticas reduzem-se a um corpo de palavras.

O secretário de Estado recusa meter na cabeça que, com tantos “transtornos”, “ mal-entendidos” e indigência intelectual, a sua credibilidade política e a de outros se pulveriza como matéria biodegradável até à poeira final. Só têm uma saída.  

Nas cabeças dos génios de S.Bento, Portugal é um amontoado de contribuintes. De sujeitos passivos. Sugados de impostos e taxas até mais não. Uma terra em que se têm os cidadãos por imbecis. “Piegas” e medricas intimidam-se com a voz grossa do poder. Driblam-se com juras e anúncios de inquéritos.

A ministra da Justiça faz que vive num mundo fictício. Rejeita olhar a realidade. Marrona e sabichona, a abarrotar de verdades, repete “ad nauseam” que tem por “timbre apurar responsabilidades…”. Em inquéritos!!! A responsabilidade dos outros. Responsáveis são os funcionários administrativos do Ministério da Justiça. Talvez o porteiro e motoristas.

 A ministra não tem responsabilidades. Os governantes não têm responsabilidade alguma. Só causaram “transtornos”, “percalços”, “mal-entendidos”. Já pediram desculpas.

 Um pequeno/grande pormenor : os resultados são o teste genuíno da política.  

Este ministério não acerta uma !

26 Out, 2014

Portugal e o futuro

Alberto Gonçalves - DN de 26-10-2014

Um destes dias, ao pequeno-almoço, uma diplomata estrangeira pediu-me a opinião sobre o futuro de Portugal. Até tive vergonha, por um lado porque sou modesto, por outro porque a situação assim o exige.

Excluindo os próprios envolvidos, os compadres, os amigos de ocasião e os fanáticos, ninguém confia no governo. De trapalhada em trapalhada, a pedir desculpas ou paciência, o bando liderado pelo Dr. Passos Coelho arrasta-se como o Benfica na "Europa", rumo ao desastre final. (...)

Excluindo os próprios envolvidos, os compadres, os amigos de ocasião e os fanáticos, ninguém confia na oposição. Especialista em intercalar o silêncio com as mais descaradas asneiras produzidas para cá de Caracas, o Dr. Costa, rodeado por puros malucos e oportunistas de carreira, já fareja o poder e ameaça usá-lo com a voracidade dos famintos. (...)

E o povo, pá?, perguntava uma cantilena. O povo, quando não conta os cêntimos, saltita entre a crendice e o desnorte, a resignação e o berreiro, a esperança e a realidade. Mas, quando conta os cêntimos, o povo pressente que o pior ainda não chegou.

26 Out, 2014

Morte natural

Vasco Pulido Valente - Público de 26-10-2014

Manuel Valls, o primeiro-ministro da França, nomeado por Hollande, sugeriu que se tirasse a palavra “socialista” do nome do partido. Num país em que o “intelectual de esquerda” dominou o jornalismo e a política durante um século não provocou a indignação de que se estava à espera.

Houve protestos, claro, e houve indignações, mas de qualquer maneira a proposta não provocou um grande escândalo, nem uma grande surpresa, pela prosaica razão de que o PSF já deixara de ser socialista, pelo menos desde Mitterrand e, com certeza, desde o colapso da URSS. (...) 

Mesmo o Estado Social em que se refugiou tinha sido começado por outros (na Inglaterra, na Alemanha e até em França) e ninguém no seu juízo queria acabar com ele. Manuel Valls tirou a conclusão evidente. Nada mais.