Artur Lalanda
Continuam vivos e a proporcionar intervenção das autoridades judiciais.
O ex-empresário, sr. Jorge Dias, que há tempos conduziu os seus burros até à porta da Câmara Municipal de Abrantes, foi, oportunamente, alvo de uma participação criminal, junto do Ministério Público, acusado de, na opinião dos participantes,”ofensas à integridade física”,” injúria agravada”, “ofensas a organismo, serviço ou pessoa colectiva”, “difamação agravada”, “ameaça agravada” e “desobediência”.
Concluido o inquérito, soube-se agora, o sr. Jorge Dias viu ARQUIVADOS OS AUTOS relativos aos crimes de que fora acusado, mas foi considerado arguído e vai ser julgado por, como ele próprio confirmou nos autos, ter chamado de “mentirosa” a sr.a Presidente da Câmara.
Muito bem. Se eu tivesse afirmado, há anos, na qualidade de responsável político, que ia ser instalada, imediatamente, uma etar compacta nos Carochos e pudesse ser constatado, hoje, que nada aconteceu, eu seria mentiroso; se, na mesma qualidade de responsável político, eu tivesse afirmado que o sr. Alexandre Alves (da RPP Solar) entregara uma garantia de 500 000 euros e, afinal, não houvesse nenhuma garantia, eu seria mentiroso; se, ainda na qualidade de responsável político, eu tivesse jurado a pés juntos que defenderia os interesses dos cidadãos e acabasse, com dinheiro do erário público, comprando oliveiras a dois mil euros cada uma, eu seria mentiroso; se, na qualidade de 1º ministro de um qualquer país, eu afirmasse que não aumentaria os impostos e depois fizesse exactamente o contrário, eu seria mentiroso. Se... se... se...
Se eu fosse presidente de uma câmara municipal e, nessa qualidade, responsável por todas as mentiras acima relacionadas, será que eu não poderia ser acusado de mentiroso?