ORDENAMENTO E TERRITÓRIO
por Manuela Ruivo
- Não aproveitamento equilibrado e racional dos recursos naturais (agricultura, florestas), que levou ao abandono pelo elemento humano das aldeias rurais e dos seus respectivos espaços.
- Urbanização dos espaços de forma não harmoniosa, com incidência grave na qualidade de vida das populações, nomeadamente com reflexos no centro histórico de Abrantes.
- Custos excessivos de bens essenciais para as populações, como, por ex., distribuição de água, energia, saneamento básico, cuja quantificação a prazo vai levantar com certeza problemas de financiamento.
- O tipo de urbanização assumida no concelho leva a que não haja propriamente um centro urbano que permita à população fruir de bens considerados essenciais numa cidade média europeia. A excessiva dispersão da ocupação do solo urbano, inviabiliza um núcleo urbano consistente.
Todo este conjunto de questões sumariamente apresentadas poderão reflectir-se, negativamente e de forma acentuada, numa ocupação ainda mais gravosa, inviabilizando, por ex., o aproveitamento de um recurso/actividade hoje considerado em toda a EU de importância estratégica – O Turismo.
É um facto iniludível que só haverá turismo sustentável de qualidade, com reflexos em termos económicos, se tivermos uma paisagem, um espaço rural e urbano bem ocupado, em suma um território harmonioso, belo, que atraia, permitindo a fruição e bem estar dos autóctones e de quem nos visita.
Não há qualidade de vida, não há turismo de qualidade sem a preservação dos recursos naturais.O poder autárquico deverá reflectir seriamente sobre estas questões, sob pena de comprometermos o futuro do nosso Município.