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COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

 

«(...) Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora contínua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido. Para garantir que vai continuar burro o grande cavallia (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.

Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de recreio dos mafiosos. A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.

Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. (...)»
 

Clara Pinto Correia, in Expresso

 

Manuel Catarino foi escolhido, por unanimidade, como candidato social-democrata à Junta de Freguesia de Mouriscas.
Manuel Catarino tem 58 anos e foi, até se reformar em 2002, inspector da Polícia Judiciária, onde desenvolveu a sua actividade como investigador em áreas diversas, tendo passado, os últimos anos, na investigação do tráfico de estupefacientes. Esteve também presente, desde o início, na criação da Associação Sindical da Polícia Judiciária.
 Em 1996, comprou em Mouriscas uma casa antiga que tem vindo a recuperar e onde fixou a sua residência. Dedicado e apaixonado pela freguesia, onde tem raízes familiares, fez parte da Direcção da ACATIM, conseguindo ganhar uma candidatura para o financiamento de um lar de 30 camas, com a oposição dos votos da vereadora e do núcleo executivo da CLAS.
Sendo Mouriscas uma freguesia que, nos últimos anos, tem perdido muitas oportunidades e visto partir muitos dos seus filhos, Manuel Catarino representa, precisamente, aquilo que todos esperamos que venha a ser Mouriscas: uma freguesia atractiva e com voz própria capaz de fixar os seus filhos e de atrair e integrar gente de outras paragens.
 
Ver posts relacionados:
Apresentação dos candidatos a Mouriscas:

 

A não recandidatura de Nelson Carvalho é o reconhecimento pelo próprio de que o seu ciclo terminou, o que abona em seu favor. Com efeito, não é bom para a saúde da democracia, nem das autarquias, a perpetuação das mesmas pessoas e do mesmo partido no poder. Só a renovação e a alternância permitem que os concelhos se desenvolvam e se faça a verdadeira avaliação do que foi feito.
 
Para nós, no entanto, a não recandidatura de Nelson Carvalho não nos motiva, nem nos entusiasma, porque a nosso projecto não é contra ninguém, em especial, mas a favor de todos e envolvendo todos.
 
Queremos um concelho plural, harmonioso e equilibrado onde as pessoas são importantes. E, nesta medida, os antigos presidentes da Câmara de Abrantes serão sempre pessoas cuja opinião teremos em consideração e com quem contamos, independentemente da sua cor política e das nossas divergências.
20 Jan, 2009

FADO

por António Belém Coelho

 

Há cerca de seis anos que andamos com o cinto apertado na perspectiva de melhorar a situação, tentando a todo o custo diminuir o défice do Estado. Quando digo andamos, refiro-me sobretudo à classe média nacional ou ao que dela resta, depois de tanto tempo a alimentar e sustentar vícios e calões. Aos outros, aos ricos e à classe política, a crise parece não incomodar. Aos mais desfavorecidos, que sempre viveram em crise, é o mesmo, com a variante de, nestas alturas, para mostrar sensibilidade social, o Governo lá arranja mais uns subsídios que, longe de resolver o problema, apenas o vão adiando e criando mais subsídio-dependência. Quando ele acabar, o cidadão ficará tão mal ou pior do que dantes.
 
Chegou a crise internacional. A tal que o Primeiro-Ministro, primeiro, declarou estarmos mais ou menos imunes, depois, bem preparados para o seu impacto. Gradativamente, lá foi mudando de discurso e, no último, lá disse que estamos em recessão e fortemente atingidos por essa crise.
 
O Governo decidiu uma série de medidas de combate à crise, com relevo para um grande pacote de obras públicas. O objectivo parece ser injectar dinheiro na economia e alguma confiança, de modo a animar o consumo, quer público, quer privado. Mas economistas estrangeiros, que seguem atentamente o desenvolvimento da nossa economia, duvidam que esse pacote de obras públicas chegue no tempo indicado. Isto apesar da dispensa de concursos públicos até 5 milhões de euros, que poderá agilizar alguma coisa, mas, em paralelo, trará menos transparência, mais tráfico de influências, menos concorrência e certamente mais recurso aos tribunais, onde se perderá qualquer ganho temporal anteriormente conseguido.
 
A par disso, reviu os principais indicadores económicos da economia para 2009, ainda sem os considerar finais (só estamos ainda no princípio do ano e teme-se que as coisas possam piorar). Assim, o PIB conhecerá por agora, um valor negativo de 0,8%, a taxa de desemprego crescerá para 8,5% e o famigerado e diabólico deficit subirá para 3,9% do PIB. Entretanto, a dívida externa já é equivalente a dois anos de produção de riqueza deste rectângulo.
 
 Ficaria (ficaríamos) todos muito felizes se a coisa ficasse por aqui. Dentro do mau, do mal, o menos. Mas as perspectivas são mais sombrias. Quer a Comissão Europeia, quer a EIU (Economist Intelligence Unit), prevêem números de contracção do PIB no dobro dos referidos e desemprego no limiar dos dois dígitos.
 
Mas economias bem mais preparadas e resistentes que a nossa apresentam previsões catastróficas. Aqui ao lado, o Governo prevê 15,9% de desemprego, 1,6% de queda do PIB e uma subida do deficit para 5,8%. E essas economias são os principais clientes daquilo que consideramos o nosso motor económico: as exportações. Por isso, esperemos.
 
Entretanto, já sabemos que quando começarmos a sair da crise, espera-se que daqui a cerca de 2 anos, com o défice novamente situado a níveis incomportáveis, lá teremos que apertar o cinto novamente. E quando digo teremos que apertar o cinto, refiro-me mais uma vez à classe média nacional ou ao que dela ainda restar. Aos outros, aos ricos e à classe política, o cinto nunca aperta. Os mais desfavorecidos, já nem sentem um furo a mais ou a menos. Como diz o poeta, tudo isto é triste, tudo isto é fado!

 

 

«Aumentar de 150 mil para 5,15 milhões de euros o limite de obras para ajuste directo, em ano de eleições locais, é um convite ao despesismo inútil. E é mais uma porta que se escancara ao tráfico de influências e à corrupção. (…)
 
Em Portugal, sabemos que o compadrio e o caciquismo andam de mãos dadas há séculos. A impunidade é a regra, muitas vezes descarada e quase sempre perante uma justiça inoperante, como se tem visto nos últimos anos.»
 
Fernando Madrinha, in Expresso de 17/1/09

Santana Maia- in Semanário de 8/1/2008

 
Temos, pela primeira vez, um Orçamento de Estado rectificativo antes de publicado o rectificado, sendo evidente para toda a gente não só que o défice vai ultrapassar os 3% como também que as receitas fiscais não atingirão o valor orçamentado.
 
Quem ouve falar o nosso primeiro-ministro não pode deixar de se lembrar da máxima de Humphrey, na célebre série cómica inglesa “Sim, Senhor Primeiro-Ministro”: «Nunca se deve acreditar em nada enquanto não for desmentido oficialmente».
 
E verdade se diga, nunca houve um primeiro-ministro que se assemelhasse tanto ao seu congénere desta série inglesa como o nosso José Sócrates. Com uma ligeira diferença: enquanto o primeiro-ministro da série pretendia ser a caricatura de um primeiro-ministro a sério, José Sócrates é a apenas a caricatura perfeita do primeiro-ministro da série. A tal ponto que eu, que me divertia imenso sempre que revia aquela série, passei agora a achar o primeiro-ministro da série um político extremamente sério, sensato e competente, tendo em conta o actual termo de comparação.
 
Como se vê pelos cartazes das manifestações, a maioria dos portugueses está convencida de que o primeiro-ministro é mentiroso. Eu não partilho desta opinião. O nosso primeiro-ministro tem é uma maneira muito própria de contar a verdade aos portugueses. Gosta de nos contar a verdade do avesso. Por exemplo, em vez de dizer que vai subir os impostos, diz o contrário, sendo certo que toda a gente sabe que o que ele quer dizer é precisamente o contrário do que disse. Ora, isto não é mentir, porque mentir pressupõe a intenção de enganar. E, neste caso, uma pessoa só seria enganada se o primeiro-ministro fizesse precisamente aquilo que diz. Como isso nunca sucede, ninguém pode afirmar, em boa verdade, que José Sócrates lhe mentiu.

 

Realizaram-se, este domingo (dia 19), as festas em honra de São Sebastião, padroeiro da freguesia de Mouriscas, com a tradicional procissão, sendo os andores engalanados de oferendas, onde pontuaram os produtos derivados da agricultura que foram, posteriormente, vendidos no também tradicional leilão de fogaças.
 
Este evento religioso foi presidido pelo Padre Francisco José Esteves Valente, pároco das fre­guesias de Mouriscas, Alcaravela e Santiago de Montalegre, e contou, ainda, apesar do tempo chuvoso, com a presença de uma imensidão de fiéis provenientes, quer da comuni­dade mourisquense, quer de outras comunida­des, que encheram a Igreja Matriz de Mouriscas.
 
Desfilaram, na procissão, as imagens sagradas nomeada­mente São Sebastião e outros santos, fogaças representativas de vários casais, tendo o cortejo religioso formado duas filas, com o pálio, a Irmandade do Santíssimo, a Banda Filarmónica Mourisquense e os fiéis.

 

«Sobre corrupção e autarcas aprendi uma coisa que é essencial, que é fundamental: só pode haver em Portugal punição da corrupção quando houver uma censura ética do povo português contra a corrupção. Enquanto estiver enraizado no povo que o senhor presidente da Câmara A que enriqueceu, mas todos enriquecem… Era a célebre frase brasileira “roubo mas faço”. Como é que se justifica que a lei do enriquecimento ilícito não passa em Portugal?»
 
Pinto Monteiro, in Correio da Manhã de 12/1/2009
17 Jan, 2009

FALTA DE VERGONHA

por António Belém Coelho

 
Há algum tempo atrás dei-vos conta de um episódio bastante didáctico para perceber a natureza das relações entre a comunicação social e o poder socialista. Quando da apresentação pública de um programa de combate relativo à SIDA, nas Escolas do País, as ministras dos respectivos sectores, com a habitual pompa e circunstância a que este Governo nos habituou em qualquer acto da mesma natureza ou mesmo de menor importância, lá se sujeitaram à habitual sessão de perguntas e respostas.
 
De imediato o repórter de serviço da TV estatal, aquela que nós pagamos mesmo não vendo, direccionou à ministra da Educação questões relacionadas com o momento que se vivia e ainda se vive derivado da avaliação (ou desavaliação) dos Professores. Mais rápida que o relâmpago, a titular do Ministério da Saúde, dirigiu-se ao repórter nestes termos: «O quê? O senhor não sabe o que está combinado? Que hoje só pode fazer perguntas sobre esta cerimónia e sobre o plano de combate à sida nas Escolas? Ainda por cima é a RTP, a televisão pública, a fazer uma coisa destas.»
 
Palavras para quê? É uma artista portuguesa. Ou seja, gato escondido com rabo, lombo, cabeça e orelhas de fora! Nada pode ser mais claro em termos de tentativa de controlar o trabalho dos meios de comunicação social. E a última parte do discurso permite concluir que qualquer detentor do poder actual tem como dado adquirido que esse controlo é perfeitamente natural, pelo menos, face aos órgãos de comunicação estatais. Brilhante!
 
Mais brilhante ainda a reacção da maioria socialista no Parlamento ao pedido de audição parlamentar da ministra em causa, sobre tão edificante episódio. É evidente que a maioria socialista recusou essa audição (o que já se tornou habitual nos mais diversos domínios) apesar de toda a oposição sem excepção a considerar importante. Aqui está o que devemos esperar da actual maioria; na comunicação social e noutros domínios.

 

Luís Nuno Ablú Dias foi escolhido, por unanimidade, como candidato social-democrata à Junta de Freguesia de S. Vicente.
 
Luís Nuno Ablú Dias tem 37 anos e é natural de S. Vicente, onde reside. Formado em Engenharia e Gestão Industrial, é actualmente Responsável de Serviço Produção de Energia numa empresa da região.
 
Humanista e pessoa dedicada à vida social e associativa da sua terra e do seu concelho, é actualmente membro da Assembleia de Freguesia de S. Vicente, tendo sido eleito, como independente, nas listas do PSD.
 
Pertenceu, durante vários anos, aos órgãos sociais do Sporting Clube de Abrantes, tendo sido presidente da direcção, clube onde também foi praticante federado de xadrez. Foi ainda campeão distrital de futebol, em iniciados, pelo Sport Abrantes e Benfica.