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COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

 

No dia 4 de Março, Santana Maia, candidato do PSD à Câmara de Abrantes, visitou o Centro de Dia de Alferrarede para se inteirar do trabalho desenvolvido, auscultar as preocupações e dificuldades por que passa neste momento e anotar as sugestões da sua direcção sobre a forma como a autarquia as poderá ajudar.
 
A visita foi conduzida pelos Ex.mos Senhores Fernando Simão (presidente da instituição), Rafael Fernandes, Armando Pires (membros da direcção) e pela Irmã Margarida Tavares. Acompanharam o nosso candidato Dora Caldeira, candidata a presidente da Junta de Freguesia de Alferrarede, Gonçalo Oliveira, presidente da comissão política concelhia do PSD, Emídio Direito, vice-presidente, e Amadeu Lopes.
 
O Centro Social de Alferrarede, recorde-se, começou a sua grande missão em Março de 1955, por iniciativa de um grupo de senhoras da terra e de José Dias Simão, um industrial de Alferrarede. Tudo começou por uma pequena casa onde se distribuía sopa e pão. Em 1958, o Centro foi transferido para uma casa maior na Fonte de S. José, onde começou a laborar com um Jardim-de-infância, com uma sala de trabalho para raparigas e uma sala de estudo para crianças em idade escolar.
 
Em 1962, foi oficializado o Centro de Beneficência e Assistência Social de Alferrarede tendo estatutos próprios. Em 1968, começou a ser construído o edifício actual, que foi inaugurado em 1973, com a presença de um grupo de 4 religiosas da Congregação da Apresentação de Maria que foram chamadas a abraçar a missão de dirigir esta Instituição. O Centro abriu com 180 crianças.
 
Actualmente o Centro Social de Alferrarede desenvolve trabalho em duas áreas distintas: crianças e idosos. Para as crianças, existem as valências: creche, Jardim-de-infância e ATL. Na área da Terceira Idade e funcionando num outro edifício relativamente próximos, funciona o Centro de Dia e Apoio Domiciliário, desde 1999. Recentemente, o Centro Social fez remodelações e melhoramentos nos seus edifícios e dá resposta a 255 crianças, 40 utentes no Centro de Dia e 40 no Apoio Domiciliário.
 
Da análise final, constatou-se o pouco interesse que esta instituição suscita no executivo camarário. A falta de sensibilidade social é, aliás, uma das grandes pechas do actual executivo camarário. Com efeito, é manifesto que as políticas centradas nas pessoas são pouco motivadoras para o actual executivo.
 
Esta candidatura não esquece, no entanto, o esforço tremendo de todos os dirigentes que militam, diariamente, nestas instituições, a título voluntarioso, e que nunca desistem, lutando contra todas as adversidades, que são muitas, a começar pelo abandono a que são votados pelo município.
 
Estas pessoas enchem-nos de orgulho e fazem-nos ter esperança num futuro melhor, sendo certo que solidariedade social é uma dádiva fundamental na construção de uma sociedade equilibrada, harmoniosa e justa. O testemunho do trabalho desenvolvido nesta instituição fez com que Santana Maia desse a sua palavra de que, caso o PSD vença as próximas eleições autárquicas (como se espera), as instituições de solidariedade social do concelho poderão contar com um presidente e uma vereação empenhados em apoiar o seu esforço de tornar mais feliz a vida dos idosos, das crianças e de todos aqueles para quem a vida foi madrasta.
22 Mar, 2009

O COLÉGIO LA SALLE

por Santana Maia

 
Ao olhar a esta distância para a obra do Colégio La Salle de Abrantes na sua curta existência (1959-75), não posso deixar de reconhecer os seus méritos, tanto mais que aquele Colégio representa hoje o modelo utópico da escola moderna: uma escola a tempo inteiro, empenhada na formação integral do aluno.
  
O Colégio La Salle, recordo, tinha dois campos de futebol, vários campos de basquetebol, ringue de patinagem, piscina de 25 metros de competição, ginásio, cine-teatro, salas de estudo, um laboratório moderníssimo, capela e igreja. Estes equipamentos permitiam aos seus alunos desenvolver as suas capacidades artísticas (teatro, tuna, poesia, conjunto musical, etc.) e participar em provas distritais, nacionais e regionais em quase todas as modalidades: basquetebol, futebol, voleibol, ténis de mesa, tiro ao alvo, natação, judo, hóquei em patins, etc. Sem esquecer os grupos de solidariedade social e as viagens de estudo ao estrangeiro.
Além disso, os seus alunos obtinham sistematicamente as melhores notas do distrito de Santarém nos exames dos antigos 2º, 5º e 7º anos dos liceus, sendo esta, aliás, a sua imagem de marca.
 
Com o 25 de Abril, o Colégio deu lugar à escola pública. Basta, no entanto, um simples olhar à vista desarmada para perceber a diferença. A escola apresenta, agora, um ar de desmazelo que entristece quem ali andou e não pode disciplinar interiormente quem lá anda. Sendo certo que, hoje, toda a gente sonha com uma escola pública à imagem do antigo Colégio La Salle. E, para lá chegar, ministra e secretários de Estado alteram e legislam todos os dias, enquanto as escolas se entretêm a fazer e a desfazer, ao mesmo ritmo, os seus extensos regulamentos internos.
 
Querem saber quantos artigos tinha o regulamento interno do Colégio La Salle? Tinha apenas dez: «1º) O espírito lassalista deverá estar presente em tudo o que fazemos. Nunca nos devemos esquecer da nossa identidade própria. 2º) Em tudo o que fazemos, devemos cultivar a justiça, a oração e o serviço aos outros. 3º) Todas as pessoas da nossa comunidade educativa, devem respeitar-se mutuamente tornando a nossa escola um lugar ideal para trabalhar. 4º) Todos devem ajudar a criar um ambiente de inter-ajuda, propiciando uma boa aprendizagem. 5º) Todos têm direito à diferença. Os dons especiais de cada um devem ser encorajados e valorizados para o bem de todos. Devemos trabalhar e partilhar juntos. 6º) Todos têm direito à segurança. Ninguém deve ter medo de ser ameaçado ou importunado. Ninguém deve ter receio de correr riscos, de ser diferente ou de ser sincero. 7º) O auto e hetero encorajamento para a rentabilização das nossas capacidades são essenciais. A existência de uma variedade de temas e de actividades é necessária à realização pessoal. 8º) A atenção vigilante é importante é importante para que nos momentos de crise nos sintamos confiantes a partilhar as angústias ou problemas com uma pessoa de confiança. 9º) Todos devemos saber perdoar e esquecer. Todos merecemos uma segunda oportunidade. 10º) Na nossa escola, as pessoas deverão aprender tanto com os seus êxitos como com os fracassos. Isto permite o crescimento pessoal».
 
Se querem uma escola empenhada na formação integral do aluno, comecem por aqui. Rasguem os regulamentos internos e os estatutos do aluno... E resumam tudo a dez artigos. Segundo me dizem, Deus é perfeito (quem sou eu para duvidar disso, apesar de não ser crente?). Ora, se a Lei de Deus tem apenas dez artigos, por alguma razão é.
21 Mar, 2009

VERGONHA NA CARA

 por António Belém Coelho

 
Estão à porta as eleições Europeias. Os diversos partidos movimentam-se externa e internamente para definir os respectivos cabeças de lista e preencher os lugares elegíveis. Escusado será dizer que tal implica inúmeros jogos de bastidores, que já não são de hoje, mas sim de ontem ou de anteontem. Implica também reformas douradas para aqueles que, por um motivo ou por outro, serão mais incómodos cá, do que lá.
 
Mas a verdadeira notícia sobre este assunto é a duplicação do vencimento desses eleitos. Assim, os vencimentos base, de cerca de 3.815 Euros (três mil oitocentos e quinze euros) vão ser aumentados aproximadamente para o dobro. Em época de crise global, da qual a Europa é das mais atingidas, não está mal, não senhor! E no nosso caso particular, que é aquele que mais me interessa, então nem é melhor falar.
 
Sugiro daqui a todos os partidos concorrentes, sem excepção, que tenham vergonha na cara, e, quando muito, aumentem os vencimentos aos Eurodeputados segundo a inflação prevista (é o que o Governo faz a todos nós)! O excedente do pagamento verificado por parte das instâncias Europeias, que seja contabilizado num fundo que ajude a suportar por exemplo as prestações de desemprego, que têm subido em flecha. E já nem falo dos abonos e subsídios colaterais ao cargo que, por exemplo, em termos de subsídio de deslocação, podem atingir 287 Euros por dia! Leram bem: duzentos e oitenta e sete euros diários!
 
Entretanto e no nosso território indígena, ficámos a saber que pelas bandas do bairro “Portugal Novo” (até parece que o nome é propositado!), ninguém ou quase ninguém paga rendas pelas casas em que habita e mais do que isso, inquilino que se ausente corre o risco de perder o lugar. E viva o Estado de Direito! O Presidente da Junta, coitado, bem se queixa e corre Seca e Meca. Mas quer a Administração Central, quer a Autarquia de Lisboa, que são responsáveis por toda a questão, fazem ouvidos de mercador. Por coincidência, ambas as instâncias são geridas pelo Partido Socialista; mas certamente que tal será apenas uma mera coincidência! Ou não?
 
Por cá, volto à questão da Cidade Imaginária. O seu custo permitiria ajudar quantas famílias atingidas pelo desemprego e durante quanto tempo? Façam vocês o cálculo, visto que os valores envolvidos são públicos. E de seguida tirem as necessárias conclusões sobre a noção das prioridades de quem nos governa. Por enquanto!

 

Tendo como pano de fundo a água e a floresta, envoltos numa morfologia equilibrada, em perfeita harmonia com os monumentos históricos, de interesse nacional, municipal e religioso, tudo conjugado com a gastronomia local e com novos locais de lazer, cremos ser possível criar uma plataforma que vai permitir desenvolver o turismo no concelho de Abrantes.
 
Na Albufeira de Castelo de Bode melhorar-se-á o acesso automóvel ao parque Náutico de Aldeia do Mato, reformular-se-á a envolvente do mesmo e será criado um cais de embarque com acesso fácil a veículos com reboque. Noutro plano pretendemos aumentar a oferta do alojamento municipal, e procurar-se-á parcerias com habitantes locais de forma a evitar ao mínimo os efeitos da sazonalidade do local.
 
No Souto, urge criar um roteiro turístico, que tenha como base o património religioso desta freguesia e das limítrofes. É intenção promover parcerias com as associações locais para criar um local onde os turistas possam conhecer a história da freguesia e desfrutar de um momento lúdico em perfeita harmonia. A dinamização de um espaço existente, num local onde se encontrasse uma secção museológica e uma outra lúdica, permitiria oferecer um espaço diferente ao público, e ao mesmo tempo envolver os locais na dinamização deste espaço. Também aqui criar-se ia um acesso automóvel à Albufeira do Castelo de Bode.
 
Em Fontes potenciar-se-á, em parceria público-privada a criação de acesso automóvel à Albufeira, onde será instalado um cais, onde funcionará um serviço de barco turístico, com ligações a Aldeia do Mato e ao Souto.
 
Ainda no que diz respeito à zona da Albufeira, será criado um novo pólo turístico, com um estabelecimento de restauração, aliado a uma loja de produtos típicos e artesanato local, a instalar num local com possua uma vista e uma localização privilegiada.
 
Para promover todos estes locais será desenvolvido um website, um panfleto, um slogan e uma campanha agressiva e constante em locais especificamente vocacionados para o efeito. Também será instalado um posto de informação turística descentralizado.
 
A floresta também será alvo de atenção, com a criação de percursos pedonais, para bicicletas, e outros para motos.
 
Neste campo, será criado um gabinete que, entre outras funções, dará apoio especializado aos privados, para que estes mais facilmente possam investir, criando estabelecimentos de turismo rural ou ecológico.
 
Será feita uma aposta séria na exploração das potencialidades inerentes às características rurais desta zona, como grande atractivo ao lazer e ao descanso no seio da natureza.
 
Em simultâneo, e tendo em conta a reduzidíssima oferta hoteleira do concelho, iremos protocolar ligações regulares entre a cidade e todas as freguesias do norte do concelho, fins-de-semana inclusive. Também será criada uma plataforma com os agrupamentos escolares para divulgar esta zona do concelho e todas a suas potencialidades.

 «Vou ouvir-vos sempre, sobretudo quando não estivermos de acordo.»

 (Barack Obama)

 

Os programas eleitorais estão hoje totalmente descredibilizados, ao ponto de já ninguém se preocupar em lê-los, quanto mais em dar qualquer crédito ao que lá vem escrito. Há mesmo partidos que nem sequer já se dão ao trabalho de os elaborar. E os que os elaboram fazem-no mais por dever de ofício do que por devoção e convicção, limitando-se, a mais das vezes, a copiar, ou melhor, a adaptar programas de anteriores candidaturas, sem se preocuparem sequer com a viabilidade daquilo que prometem. Em boa verdade, nem eles próprios sabem o que prometeram.
É óbvio que, se vivêssemos num país a sério, o programa eleitoral seria uma peça essencial e decisiva na determinação do voto do eleitorado. Mas, para isso, era necessário que os programas eleitorais correspondessem a um verdadeiro compromisso com os eleitores pelo qual os eleitos responderiam no final do seu mandato.
Acreditamos, no entanto, que podemos contribuir, com o nosso exemplo, para ajudar a credibilizar a política e os programas eleitorais. Decidimos, por isso, a mais de seis meses de distância das eleições autárquicas, colocar à discussão pública as nossas propostas programáticas, por forma a que as mesmas possam ser enriquecidas pelas vossas sugestões e críticas, sempre balizadas pela racionalidade da gestão dos dinheiros públicos.
Com efeito, se queremos e defendemos uma gestão autárquica próxima dos cidadãos e participada, devemos começar já a dar esse exemplo. Sem esquecer, obviamente, que, numa autarquia, tal como numa família ou empresa, os gastos pagos a crédito são sempre um presente envenenado para o futuro.
O nosso programa eleitoral irá sendo, assim, apresentado faseadamente e de acordo com a agenda de visitas, iniciativas e realizações levadas a cabo pelos nossos candidatos, o que permitirá não só um conhecimento mais fácil das nossas propostas como também uma maior facilidade de participação dos cidadãos.
Todas as intervenções são bem vindas, independentemente do quadrante político do cidadão interventor. Dar voz a quem normalmente a não tem é uma das grandes bandeiras da nossa candidatura, até porque acreditamos que um eleitor mais participativo será sempre um eleitor mais empenhado e responsável.
18 Mar, 2009

A EVIDÊNCIA

por António Belém Coelho 

 

Até aqui, o Ministro da Administração Interna jurava a pés juntos que o crime em Portugal estava controlado e que qualquer anúncio sobre o seu aumento era uma manobra ou cabala da Oposição! Até mesmo o seu correligionário de Partido, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, obrigado a contragosto pela proximidade das suas eleições, se sentiu na necessidade de o censurar. Mas logo cessaram as divergências depois de um almoço, ou jantar ou seja lá o que for, entre laudas de um a outro e vice-versa! Pudera, comem do mesmo prato!
 
Mas para que as coisas não continuem no mar de rosas que diariamente nos apregoam, mas que nós, infelizes, temos a desdita de não enxergar, aí vem o relatório de segurança interna pôr os pontos nos “is”! No global, a criminalidade geral subiu cerca de 7,5%; a violenta, aquela que preferencialmente é notícia, e que mais danos causa, subiu 10,5%! Os assassínios, embora seguindo uma tendência de decréscimo, voltaram a subir. As ofensas à integridade física, consideradas graves, subiram cerca de 15%. Os roubos a bancos e outros estabelecimentos de crédito, com ou sem violência (e a maioria foi com), mais que duplicaram (108 assaltos em 2007 contra 230 assaltos em 2008)! E só falamos dos roubos armados; aqueles que são feitos do interior e tapados pelos nossos dinheiros sob a desculpa da crise financeira, não contam! Quanto aos roubos a postos de abastecimento de combustível, com os homicídios de que todos nos recordamos, passaram de 241 em 2007 para 468 em 2008! Ambos números nunca dantes atingidos!
 
E ainda vem um papagaio governamental à TV, (paga por nós) dizer que o aumento se deve à baixa dos números nos anos anteriores. É descaramento! Se dissesse que as novas leis penais, aprovadas pelo actual Governo PS, criaram uma sensação de impunidade que conduz ao crime, com uma probabilidade elevada de não se ser apanhado nas malhas da Justiça e que, caso o seja, tem enormes possibilidades de ficar em liberdade (de se safar, como diz a gíria), estaria a falar a mais pura das verdades.
 
Mas a verdade, na boca desta gente, não existe. Tudo serve para enganar o Zé Pagante que, alegremente, lá vai alinhando. Em Abrantes, as consequências também já são manifestas em zonas por enquanto mais ou menos bem delimitadas. Mas amanhã estarão também à nossa porta. A ponto de terem existido reuniões sobre o assunto em que, infelizmente, a conclusão a tirar é a de que os diversos organismos responsáveis trabalham quase de costas voltadas uns para os outros e também que o enquadramento legal actual em nada ajuda, pelo contrário, a obviar tais acontecimentos.
 
Continuem! Dêem-lhes votos para lá continuarem! E se amanhã a única maneira de sair às ruas for de arma na mão, tudo bem! A escolha será sempre nossa! Só estaremos a colher aquilo que semearmos, nada mais! Felizmente que por cá existe uma candidatura, a do PSD, protagonizada pelo Dr. Santana-Maia Leonardo, que coloca como uma das suas principais prioridades, a segurança dos cidadãos, sobretudo a daqueles que mais dela precisam, jovens e idosos. Que hoje já hesitam em sair de casa a determinadas horas e em determinados locais. Mas com a vossa ajuda, poderemos mudar este estado de coisas!

 

Na passada 4ª Feira, dia 11 de Março, Santana Maia, candidato do PSD à Câmara de Abrantes, acompanhado de José Lourenço, candidato a presidente da Junta de Freguesia de Bemposta, e Emídio Direito, vice-presidente da comissão política concelhia do PSD, visitou a freguesia de Bemposta, tendo contactado com a população em Vale de Horta, Brunheirinho, Chaminé, Foz e Água Travessa e constatado o grande abandono a que estas populações estão votadas pela autarquia, o que se revela nos mais pequenos pormenores (estado de degradação das estradas, dos pontões, dos arruamentos, das ribeiras, das casas, etc.)
 
Na Água Travessa, Santana Maia visitou o campo de futebol e as instalações do clube local, tendo a visita sido guiada pelo presidente da direcção Nuno Duarte. Mais uma vez, é patente a falta de apoio a que estas associações estão votadas pela autarquia. Sendo certo que é difícil fixar as populações nestes lugares quando não dispõem sequer de um polivalente para ocupação dos tempos livres dos residentes. Tudo nestas localidades é arrancado a ferros, fruto da tenacidade e do trabalho de quem aí vive.
 
Em Bemposta, Santana Maia começou por visitar a Associação de Solidariedade Social e Pró-Cultura Professor Silva Leitão, tendo a visita sido conduzida por José Gomes, presidente da Direcção, e Cátia Rodrigues, assistente social. A Associação vem desenvolvendo o seu trabalho nas valências Centro de Dia, Apoio Domiciliário, a idosos e carenciados e ATL, para crianças a partir dos seis anos de idade, sendo as primeiras exclusivas dos associados e a última aberta a toda a população da Freguesia.
 
Em seguida, visitou a histórica e emblemática sede da Sociedade Recreativa e Musical da Bemposta, tendo a visita sido guiada pelo presidente da direcção Filipe Oliveira. É, de facto, escandaloso como a autarquia consentiu que as instalações da histórica agremiação chegassem a este ponto de degradação, estando iminente a ruína do salão de festas. Sendo certo que se trata de um salão com condições extraordinárias para a prática de diferentes actividades lúdicas: teatro, espectáculos musicais, festas, bailes, ensaio do rancho folclórico, judo, karaté, etc. Para já não falar do valor histórico do edifício. E tendo a Câmara sido principal responsável pelo esvaziamento demográfico da freguesia, tinha a obrigação moral de socorrer uma associação cuja principal dificuldade advém precisamente da diminuição da população jovem.
 
Esta candidatura não esquece o esforço tremendo de todos os dirigentes que dedicam os seus tempos livres à causa pública, militando nas diferentes associações do nosso concelho, lutando contra todas as adversidades, que são muitas, a começar pelo abandono a que são votados pelo município.
 
Estas pessoas enchem-nos de orgulho e fazem-nos ter esperança num futuro melhor, sendo certo que solidariedade social é uma dádiva fundamental na construção de uma sociedade equilibrada, harmoniosa e justa.

 por Dora Caldeira

 

No ano em que a freguesia de Alferrarede, a segunda maior do concelho de Abrantes (cerca de 4000 habitantes), celebra as suas Bodas de Ouro, é com tristeza e revolta que constatamos, em pleno século XXI, a falta de saneamento básico em Alferrarede Velha, Barca do Pego e Casal das Mansas (onde os esgotos correm a céu aberto para ribeiras), a falta de iluminação em locais como a estrada de acesso ao CRIA e à Zona Industrial, valas com cheiros nauseabundos mesmo ao lado das residências no Tapadão… Isto para já não falar em Casais de Revelhos onde o avistamento da placa indicativa da terra convive com o cheiro da ETAR instalada à entrada da povoação.
Fazemos nossas as palavras do Ex.mo Sr. Dr Silva Tavares (o nosso primeiro presidente da Junta), na Festa Comemorativa das Bodas de Ouro: «Será que Alferrarede melhorou nestes 50 anos?»
O abandono do centro de Alferrarede, o encerramento da estação dos Correios e as paragens praticamente inexistentes dos comboios na estação de Alferrarede são factos, ocorridos nestes últimos 4 anos, bem demonstrativos de que Alferrarede não só não melhorou como retrocedeu.
A Alferrarede, como todos reconhecem, falta hoje, sobretudo, liderança. Isto é, quem não se conforme com a actual situação e seja capaz de liderar um projecto que torne o presente mais feliz para os idosos e o futuro mais risonho para os jovens, criando as condições necessárias para que aqui se possam estabelecer e investir, quer no plano pessoal, quer profissional.
Esta é, aliás, a única razão por que decidi candidatar-me a presidente da Junta de Freguesia de Alferrarede pelo Partido Social Democrata.
E para terminar, um desejo: que as comemorações das Bodas de Ouro da nossa freguesia que, no passado dia 25 de Fevereiro, contaram apenas com uma centena de convidados, possam contar, brevemente, com a participação de todos os habitantes de Alferrarede.
Parabéns Alferrarede! E Muitos anos de vida! Contem connosco!
15 Mar, 2009

O PASTOR E O LOBO

 por Santana Maia

 
José Sócrates só foi eleito, recorde-se, primeiro-ministro porque o povo português, cansado do discurso da tanga de Durão Barroso e do combate ao défice de Manuela Ferreira Leite, acreditou no regresso ao paraíso de Guterres pela mão do seu delfim que lhes garantia 150.000 empregos, sem subida de impostos e sem pagamento de taxas moderadoras ou de portagens nas Scuts.
 
A forma como José Sócrates traiu o povo que o elegeu, esquecendo todas as promessas que lhe fizera, colheu, no entanto, o aplauso unânime de toda a comunicação social que via, em cada cambalhota do primeiro-ministro, um pragmatismo cheio de espírito de missão e de amor à pátria.
 
O país precisava urgentemente de reformas e José Sócrates ia, finalmente, levá-las a cabo. Doesse a quem doesse. E até as suas mentiras, a sua manifesta falta de carácter e o seu autoritarismo doentio eram olhados pelo rebanho como qualidades necessárias ao bom desempenho do pastor. O rebanho sempre acreditou em homens providenciais.
 
E a fé era tanta que acabou por confundir o lobo com o pastor. Agora, restam-nos apenas, como recordação destes três anos de governação, os nossos ossos porque a carne já os lobos a comeram.
14 Mar, 2009

A TEIA

por António Belém Coelho

  
A Procuradora que investiga o caso Freeport, Directora do DCIAP, fez parte da Comissão de Honra da candidatura de Mário Soares em 2006, onde conheceu um advogado, pessoa fundamental do gabinete de advocacia ligado ao caso. Tem ligação directa com o perito nacional destacado na Eurojust, nomeado em Outubro de 2007 pelo actual primeiro-ministro, e reuniu-se em Haia com o DCIAP para acertar estratégias na investigação entre Portugal e Inglaterra. Teve nas mãos a recente carta rogatória enviada pelas autoridades Inglesas.
 
O irmão, presidente do ICN na altura da aprovação, esteve na reunião considerada como suspeita. Em 2005 regressou pelas mãos do PS para o PRODER; entre Fevereiro e Setembro de 2004 colaborou com a firma Smith & Pedro. O promotor inglês do projecto Freeport e sócio da Smith & Pedro, conheceu o outro sócio em 1997, na altura da expropriação para a construção da Ponte Vasco da Gama, quando trabalhava para a empresa Lusoponte. É vizinho do Tio do actual primeiro-ministro, na Quinta do Lago. Esteve presente, na reunião com o actual primeiro-ministro, então ministro do Ambiente, em 2002.
 
O presidente da Eurojust, nomeado também pelo actual primeiro-ministro, juntamente com o perito do segundo parágrafo, foi colega de Governo do citado, que lhe renovou o mandato em 2007. Foi Secretário da Justiça do Governo de António Guterres. O tio do actual primeiro-ministro, vizinho do sócio inglês da Smith & Pedro na Quinta do Lago, foi convidado por este para jantar, onde lhe foram apresentados alguns negócios imobiliários. Posteriormente voltaram a falar por causa do Freeport, onde o inglês lhe terá dito que estava preocupado por não conseguir a sua aprovação.
 
O secretário de Estado do Ambiente do actual primeiro-ministro, enquanto ainda ministro do Ambiente, esteve na reunião suspeita. Em Setembro desse ano, é eleito presidente da Resistrela, empresa onde o actual primeiro-ministro tem raízes. Faz parte do conselho da Empresa Geral do Fomento e conhece o actual primeiro-ministro desde os anos oitenta, no PS.
 
O presidente da Câmara de Alcochete, também presente na reunião suspeita é conterrâneo do sócio português da Smith & Pedro e teve sempre o contacto facilitado com o poder. O sócio português da Smith & Pedro, é conhecido como uma pessoa influente e com ligações no PS. Esteve na Lusoponte e foi nomeado por Guterres em 1999 para assessor da missão para a protecção das salinas do Samouco e confirmou a presença do seu sócio inglês na reunião com o actual primeiro-ministro e com o então presidente da Câmara de Alcochete.
 
O advogado, cujo escritório tem sido referido a propósito deste caso, é tido como pessoa com conhecidas ligações ao PS, foi porta-voz da campanha de Mário Soares e esteve do lado do Governo na concessão da ponte Vasco da Gama à Lusoponte, onde o sócio inglês da Smith & Pedro era engenheiro e o sócio português, colaborador.
 
Palavras para quê? São artistas portugueses e certamente que daqui nada resultará! Todos teremos que pagar os estragos, nada mais! Estará provada a teoria da cabala! O resto nada mais são que infelizes coincidências! A juntar a muitas outras, o que faz do nosso país um verdadeiro fenómeno estatístico.
 
O País está minado destas teias, com as aranhas sempre à espreita. Cá também! Queremos em Abrantes fazer parte destas estatísticas? Não o creio. Ajamos em conformidade!