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COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

(Discurso de Santana Maia na apresentação dos candidatos do PSD à Câmara Municipal de Abrantes - 1ªparte)

 

Uma das principais razões da falência do nosso sistema político reside, precisamente, no facto de grande parte das candidaturas, independentemente do tipo de eleição, assentar, em regra, numa feira de vaidades, onde as convicções cedem sistematicamente ao penacho ou ao benefício que é oferecido a cada candidato.
 
E foi precisamente por termos a consciência disso que convidámos para colaborar connosco um grupo grande de pessoas sem, no entanto, lhes definir ou prometer qualquer cargo ou lugar. Primeiro, o trabalho; depois, logo se via o lugar. Na avaliação das qualidades de uma pessoa, o tempo é sempre a melhor peneira.
 
E para o nosso grupo, ficou claro, desde o início, que os nossos candidatos teriam de ter obrigatoriamente três qualidades, sem as quais nenhuma das outras faz sentido: carácter, lealdade e humildade. Deus no livre de quem encara o poder como uma forma de promoção pessoal.
 
Não posso aqui deixar de recordar o sábio conselho do poeta do povo António Aleixo: «Faze do pequeno grande/ E verás que mais tarde quando/ Se sentir seguro e mande/ Te faz sentir o seu mando.»
 
Aliás, enquanto muitas das listas apresentam como candidatos números dois e três que sonhavam, desde pequeninos, ser primeiros, o PSD apresenta como número dois da lista da Câmara um primeiro que não se importou de ser segundo. Com efeito, quem olhar para o currículo, para o trajecto pessoal e para as qualidades humanas do Dr Belém Coelho, não pode deixar de se admirar com o facto de não ser ele a encabeçar a lista.
 
Com Belém Coelho, Elsa Cardoso, Manuel Oliveira, Rui André, Susana Amaro, Paulo Godinho, Sónia Frade, Fátima Ferreira e Pedro Boto, eu, confesso, vivo a mesma sensação do jogador de cartas que vai a jogo com a mão cheia de trunfos. E de uma coisa tenho a certeza: se ganharmos a Câmara, como espero, saberemos exercer juntos o poder até ao fim, com humildade, com dedicação e com lealdade. Comigo e com o Dr Belém Coelho a autarquia não vai certamente reviver as tristes figuras que recentemente aconteceram com os dois últimos candidatos socialistas que se envolveram numa briga fratricida pelo primeiro lugar.
 
E quando existe para aí tanto candidato a encher a boca com a necessidade de renovação e com a incapacidade dos partidos de a levarem a cabo, o PSD de Abrantes acaba por ser a única força política que apresenta nestas eleições uma lista candidata à Câmara Municipal totalmente renovada.
 
Além disso, todas os nossos candidatos são pessoas com currículos profissionais de excelência, com uma participação cívica notável, competentes, íntegras e amigas do seu amigo, que, ao aceitarem participar neste projecto, provaram o elevado sentido de responsabilidade e dever pela causa pública que os move. Este é um momento que deve orgulhar todos os abrantinos e que, pessoalmente, muito me honra ter o privilégio de poder trabalhar com este naipe de pessoas. O concelho de Abrantes não pode esperar mais tempo.
 
É urgente uma mudança de paradigmas, de mentalidades, de motivações, por forma a que o concelho se consiga desenvolver como um todo, aumentando a qualidade vida das pessoas, permitindo a fixação dos nossos jovens nas aldeias que os viram nascer, criando emprego qualificado, dando condições para a prática do desporto nas freguesias mais rurais, ajudando a esbater as diferenças entre aqueles que mais têm e os que menos têm, dando mais atenção e carinho aos nossos idosos, fomentando o espírito de participação cívica, em suma, devolvendo a alma a este concelho e a estas gentes. (cont.)

por António Belém Coelho

 
Nos diversos aspectos da nossa vida devemos nortearmo-nos por uma série de valores e princípios, cuja abdicação significa a nossa desistência do significado mais profundo do facto de por cá andarmos. E isso é verdade na vida pessoal e familiar, na vida profissional, nas nossas diversas relações com pessoas e instituições. Portanto, também terá validade para a nossa intervenção no campo da política, como uma das vertentes que compõem a vida social do indivíduo.
 
Seguimos o princípio de falar de ideias e discutir essas mesmas ideias; de discutir estratégias e acções concretas, de com elas concordar ou delas discordar mesmo que frontalmente e sem remédio. Mas nunca discutir as pessoas enquanto pessoas!
 
Acima das divergências políticas, colocamos uma ética que se traduz, entre outros aspectos, pelo respeito pelas pessoas, mesmo e sobretudo para com aquelas de cujas ideias e ideais discordamos. Em todas as nossas intervenções temos o cuidado de nos identificarmos claramente, para que não exista qualquer tipo de dúvida.
 
Felizmente a imensa maioria dos interventores na política, seja ela a nível nacional ou a nível local, segue essa linha de orientação. Porque renunciar a isto, mesmo que, parcialmente, significa o vale tudo, a ofensa gratuita, o insulto e consequentemente a perda de toda e qualquer credibilidade.
 
Mas efectivamente ainda há quem não se norteie por qualquer destes princípios e prefira cobardemente, conforme a sua natureza lhes dita, a coberto de um anonimato (ou pseudo anonimato) tornar públicos os seus despeitos, as suas invejas, o lado mais negro das suas almas. E refiro pseudo anonimato, porque, por mais que saltitem de sítio para sítio, todos sabemos quem eles são. Mas apenas devemos dar-lhes a importância que efectivamente têm, ou seja, nenhuma. E sobretudo ter pena e acalentar a esperança de que algum dia sejam capazes de dar a cara por aquilo que dizem, escrevem ou fazem. 
 
Nessa altura, poderão almejar serem objecto de algum respeito, a começar quanto mais não seja, pelo respeito próprio.