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COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

 

Joaquim da Silva Bairrão foi escolhido, por unanimidade, como candidato social-democrata à Junta de Freguesia de Vale das Mós.
 
Joaquim Bairrão tem 76 anos, é agricultor e tem uma ligação muito próxima e pessoal com toda a Freguesia do Vale das Mós, freguesia, aliás, onde reside há muitos anos.
 
Pessoa muito dinâmica e querida da população, foi fundador da Associação de Caça e Pesca do Vale das Mós, onde ainda exerce as funções de Vice-Presidente do Conselho Fiscal. Para além de revelar uma grande preocupação pela natureza e pelo sector primário, fonte de rendimento de muitas famílias da freguesia, revela também outras preocupações lúdicas e sociais.
 
Foi, durante 8 anos, Tesoureiro do clube de Futebol, Grupo Cultural e Recreativo de Vale das Mós, e é Secretário da Direcção do Centro Social e Paroquial de Vale das Mós, associação esta que presta um grande serviço àqueles que mais precisam.
 
Descontente com o esquecimento a que a sua freguesia tem sido votada pelos sucessivos executivos camarários, sentiu-se, no dever moral, de levar a cabo um derradeiro combate em prol do futuro da sua freguesia, uma vez que acredita que, nestas eleições, com a efectiva oportunidade de mudança, as freguesias rurais vão jogar a sua última hipótese de sobrevivência.

 

Raquel Maria Sobral Alves foi escolhida, por unanimidade, como candidata social-democrata à Junta de Freguesia de S. Miguel de Rio Torto.
 
Natural de S. Miguel de Rio Torto, onde reside, Raquel Alves tem 40 anos de idade, o Curso Superior de Tecnologia e Artes Gráficas pelo Instituto Politécnico de Tomar, e é sócia gerente da empresa Prova de Cor, desde a sua fundação em 1997.
 
Humanista, dinâmica e empreendedora, Raquel Alves acredita num modelo de desenvolvimento da sua freguesia assente na participação das pessoas, apostando, por isso, numa relação estreita entre o executivo da Junta e os habitantes da sua Freguesia, segundo o princípio de que só conhecendo e falando com as pessoas, se conhecem as carências, problemas e necessidades de cada local.
 
Sempre muito ligada e atenta aos problemas da sua Freguesia, Raquel Alves trabalhou na Junta, nos serviços administrativos, e fez parte, desde a sua fundação e durante quase dez anos, do Rancho Folclórico da Casa do Povo de S. Miguel.
 
Fez também parte do Aresta Motor Clube, cujo objectivo principal era a divulgação e promoção da freguesia de S. Miguel do Rio Torto, através de actividades motorizadas, tendo também colaborado com a Associação Rio Torto, em diversos eventos e actividades.
 
Representou ainda a Associação de Pais do Jardim de Infância que, juntamente com o executivo PSD da junta de Freguesia de então, conseguiu celebrar um protocolo com a Câmara Municipal de Abrantes, para fazer obras e fornecer almoços às crianças que frequentavam (e frequentam) a escola EB1 e o JI de S. Miguel do Rio Torto.

 

DADOS BIOGRÁFICOS
 
Maria Manuela Bexiga Ruivo nasceu a 1 de Setembro de 1971, na freguesia de S. João – Abrantes.
É oriunda de Alvega, onde tem as suas raízes familiares e onde residiu até 1995, residindo, desde esta data, em Abrantes, na freguesia de S. Vicente.
  
HABILITAÇÕES ACADÉMICAS
 
É licenciada em Engenharia Agronómica, encontrando-se, actualmente, a concluir o mestrado em Produção Integrada, na Escola Superior Agrária de Beja.
Possui ainda a Pós Graduação em Produção Integrada e o bacharelato em Engenharia Técnica de Ciências Agrárias.
 
FORMAÇÃO COMPLEMENTAR
 
Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores – Nersant
Curso de Gestão de Destinos Turísticos (Turismo de Natureza; Turismo Rural) – NERSANT
Curso de Marketing dos Produtos Hortofrutícolas (Formador Paulo Leal - Administrador da Frulact SA)
COTHN – Centro Operativo Tecnológico Hortofrutícola Nacional 
Curso de Formação de “Coexistência Entre Culturas de Variedades geneticamente
Modificadas e Outros Modos de produção Agrícola” – Pioneer Hi-Bred Sementes de Portugal S.A.
Curso de Formação “Técnicas de Persuasão e Negociação eficaz” – CEGOC
Curso de Formação “Técnicas de Comunicação Persuasiva” – CEGOC
Curso de Formação Activa de Condução – CR&M (Advanced Driver School)
Curso de Protecção Integrada em Culturas Hortícolas – IDRHA (Acreditada pela DGPC para a prestação de assistência técnica Protecção Integrada de hortícolas)
Curso de Protecção Integrada em Milho, Arroz, e Cereais de Outono/Inverno - IDRHA (Acreditada pela DGPC para a prestação de assistência técnica Protecção Integrada em Milho, Arroz e Cereais de Outono/Inverno)
Curso de Distribuição, Comercialização e Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos - DGPC
Curso de Elaboração e Análise de Projectos de Investimento no contexto da PAC – APET
Curso de Protecção Integrada em Vinha – CONFAGRI 
Curso de Comercialização de Produtos Agrícolas – SETCA
Curso de Formação em Técnicas de Venda – CEGOC
Curso de Formação Pedagógica de Formadores – SETCA 
 
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
 
É responsável, desde 2002, pela gestão e acompanhamento técnico da empresa agrícola da Casa da Lamarosa – Torres Novas
Em 2008, fez o Estágio Profissional no Município de Abrantes, no âmbito do Curso de Destinos Turísticos (Turismo Rural; Turismo de Natureza), efectuado pela Nersant, e, em 2007, o Estágio Científico em Produção Integrada “Contribuição das Infra-Estruturas Ecológicas para a Biodiversidade numa parcela de Cebola em Produção Integrada”, efectuado na Escola Superior Agrária de Santarém e na exploração agrícola da Casa da Lamarosa.
Entre 2004 e 2006, foi Directora Adjunta de Produção na Agromais – Entreposto Comercial Agrícola, C.R.L empresa holding do “Grupo Agromais”. Grupo com cerca de 1000 agricultores associados, com área geográfica de influência no vale do Tejo, líder na comercialização primária de milho, batata para indústria e posições importantes na comercialização de hortícolas (cebola, batata de consumo) Horto-Industriais (beterraba, tomate, pimento, brócolo) e cereais (cevada dística e trigo) e ainda na comercialização de factores de produção para a agricultura (fertilizantes, produtos fitofarmacêuticos, sementes, sistemas de rega e prestação de serviços).
Entre 2000 e 2004, foi Chefe de vendas da empresa Agromais Plus S.A.
Entre 1996 a 1997, foi assistente técnico comercial em multinacional francesa – FHN Portugal, Lda, na área da fertilização (Região centro /sul do país)
Em 1995, fez o estágio científico em Cinegética, efectuado no departamento de Zoologia da Faculdade de Ciências de Lisboa no Centro Agro-cinegético do Crato e na Escola Superior Agrária de Beja.
Em 1995, fez a campanha de controlo de Ovinos - INGA
 
ACTIVIDADES PROFISSIONAIS ADICIONAIS
 
Está acreditada pela Direcção Geral de Protecção das Culturas, para o exercício da Actividade de Técnico Responsável
Foi formadora na Agrotejo e no Centro Profissional de Tomar
Possui o certificado de Aptidão Profissional nº EDF 26071/2002 DL
 
OUTRAS INTERVENÇÕES 
 
Foi candidata a presidente da Assembleia Municipal de Abrantes pelo PSD em 2009
É deputada municipal da Assembleia Municipal de Abrantes desde Outubro de 2009
É presidente da comissão política concelhia de Abrantes do PSD desde Outubro de 2009
É membro da Associação Cultural e Recreativa de Casa Branca Areias e Lampreia – A.C.R.C.B.A.L
Foi catequista na paróquia de Alvega (Igreja da Sagrada Família – Casa Branca)
 
Ver posts:

 

Manuela Ruivo foi escolhida, por unanimidade, pela Comissão Política Concelhia e pela Comissão de Candidatura do PSD das Eleições Autárquicas de 2009, como cabeça de lista do PSD à Assembleia Municipal de Abrantes.
 
A Comissão Politica honra-se com esta escolha, feita em função do currículo invejável que transporta, tanto a nível académico (Engenharia Agrónoma), como a nível profissional, aliado a uma humildade, dedicação e combatividade própria dos grandes caracteres, assim como a um conhecimento profundo do concelho, dos seus problemas e necessidades.
 
Aos 37 anos, Manuela Ruivo preconiza a esperança de muitos abrantinos e consubstancia a promessa da candidatura de Santana Maia numa efectiva renovação dos interventores políticos locais, com vista, desta forma, a quebrar as rotinas e a dar um acrescento de alma e de energia ao concelho de Abrantes, retirando-o do marasmo em que caiu e elevando-o para um patamar de excelência e de reconhecimento, tanto ao nível local como regional.
 
Manuela Ruivo encarna, na perfeição, o espírito da candidatura de Santana Maia, uma vez que defende, de forma acérrima, a necessidade de se criarem verdadeiras políticas de inclusão e a importância das pessoas, como actores da actividade política e não apenas como seus destinatários, sendo partidária da intervenção da população nas decisões de maior importância para o concelho, contribuindo dessa forma para a diminuição do fosso entre políticos e populações.
 
Ver posts:

Santana Maia - in Nova Aliança

 

É chegada a altura de enaltecer a extraordinária capacidade de previsão de José Miguel Júdice, o novo ideólogo de esquerda pós-socialista, que, há cerca de um ano, garantia, no Público, que a esquerda europeia iria governar por muitos e bons anos, uma vez que se tornara no partido natural de Governo. E por que razão isso sucedia? (Não sucedia, obviamente. Basta ter em conta que o Parlamento Europeu era dominado, na altura, pelo PPE e que os dois países líderes da Europa, Alemanha e França, eram governados pela direita. Mas faça-se de conta que sucedia.) Porque os homens de esquerda «já não se consideram socialistas, acreditam na economia de mercado, são conservadores em matéria de costumes, abominam as nacionalizações e não prometem no futuro a sociedade sem classes, cultivam os ricos, apoiam o investimento dos grupos económicos, defendem valores patrióticos, são duros em matéria de segurança, investem nas forças armadas». Resumindo: a esquerda europeia está a tornar-se o partido natural de Governo porque se apropriou do programa da direita e se desfez do seu programa socialista do qual só aproveitou a atraente capa de esquerda.
 
Em face desta apropriação (ou expropriação?) socialista, o que restava à direita? Provavelmente, fazer como José Júdice que, em 1972, como ele próprio confessava no seu artigo, defendeu «em público, à direita, a nacionalização da banca e dos seguros e a reforma agrária sem indemnizações».
 
Só que as coisas, felizmente, não são, nem eram, nem vieram a ser, como José Júdice gostaria que fossem. Mas eu compreendo muito bem a sua argumentação e o motivo por que os grandes grupos económicos e os grandes interesses financeiros estavam tão encantados com esta súbita conversão da esquerda ao capitalismo (selvagem).
 
Na direita, até à queda do muro de Berlim, coexistiram dois grandes grupos, ambos defensores da economia de mercado e unidos, estrategicamente, na luta contra a esquerda: a chamada “direita dos valores” e a “direita dos interesses”. A “direita dos valores” é constituída por todos aqueles (conservadores e liberais) que acreditam que o capitalismo é, com todas as suas imperfeições, o sistema económico e político que garante uma sociedade mais livre, mais justa e mais humana; a “direita dos interesses”, por outro lado, é constituída pelos grandes grupos económicos e financeiros, para quem os melhores sistemas económicos e políticos são, obviamente, aqueles que lhes proporcionem maiores lucros.
 
Ora, foi precisamente a “direita dos interesses” que acolheu de braços abertos a esquerda desiludida com o socialismo, porque tinha a perfeita consciência de que a melhor forma de fazer passar as medidas que defendem os seus interesses é embrulhá-las numa capa de esquerda. E se não há maior devasso do que um ex-moralista, também não há ninguém que defenda melhor os grandes grupos económicos e os grandes interesses financeiros do que um ex-socialista.
 
Morto o socialismo, foi um ar enquanto a “direita dos interesses” passou a vestir roupas da esquerda. E é, precisamente, esta “direita dos interesses” que é hoje a tal esquerda moderna de que falam José Sócrates e José Miguel Júdice, que já não é socialista, cultiva os ricos e apoia o investimento dos grupos económicos.
 
E é precisamente desta “direita dos interesses” que José Sócrates e o PS estão, hoje, reféns. Só que engana-se quem pensa que “a direita dos interesses” vai para o fundo com Sócrates. Ao contrário de Sócrates, “a direita dos interesses” sabe nadar.
25 Jul, 2009

JÁ BATEU NO FUNDO?

por António Belém Coelho

 

Uma das perguntas mais difíceis de responder no período actual, é se de facto a crise já bateu no fundo ou não. Por outras palavras, se o pior já passou ou está ainda a ocorrer, ou pelo contrário, se o futuro próximo nos reserva algo ainda pior.
 
Todos queremos acreditar que efectivamente já chegámos ao fundo e que daqui para a frente rumaremos em direcção à superfície. Mas mesmo que seja assim, e parece existirem alguns dados nesse sentido, o caminho não será isento de escolhos e a progressão lenta e por vezes desanimadora. Diga-se ainda que este percurso de saída da crise não será igual nem para todos os Países nem para todas as regiões.
 
O Banco de Portugal, que tem andado nas bocas do mundo por outras razões que não esta, divulgou na sua habitual previsão, números que corroboram o atrás explicitado. Relativamente a 2009, o actual ano, mantém-se a previsão de quebra do PIB em 3,5% e actualiza-se a quebra do emprego para cerca de 3%. Ainda em 2009 o investimento conhece um ano horribillis com uma quebra de mais de 14%, exportações e importações com quebras na ordem dos 17%.
 
Mas a notícia verdadeiramente preocupante é que em 2010, quando a maioria dos nossos parceiros Europeus e outras regiões do mundo já estarão em terreno positivo, continuaremos, segundo as previsões do Banco de Portugal, com números negativos. O PIB descerá ainda 0,6%, o investimento perto de 4% e mais dramático, o desemprego continuará a subir, podendo atingir no último trimestre de 2010 os 11,7%. E mesmo assim no comunicado frisa-se que há 50% de probabilidades dos números agora estimados poderem vir a piorar.
 
Trata-se, pois, de um quadro preocupante, que nos coloca, de novo e como sempre, nalgum contraciclo em relação ao nosso espaço económico, o que promete tornar a nossa recuperação mais lenta e mais difícil do que se esperaria. E naturalmente, a continuar a divergir em termos reais das restantes economias europeias, atirando-nos cada vez mais para o fundo da respectiva tabela. Mesmo com inflação negativa em 2009 e moderada em 2010, as famílias vão diminuir o respectivo consumo, o que indicia clara falta de confiança e perspectivas de futuro imediato.
 
Mesmo assim, e nisso devemos meditar, continuaremos a viver acima das nossas possibilidades, uma vez que o défice externo atingirá, respectivamente, 8,3% e 9,6% do nosso PIB.

por Santana Maia - in Nova Aliança

Nos Estados Unidos da América, raramente um director se mantém, durante muito tempo, à frente da mesma empresa. Aliás, quando o director começa a conhecer bem a empresa e os funcionários, significa, para a administração, que está, na altura, de mudar de empresa.
Isto parece contraditório mas reside precisamente aqui o segredo do sucesso das grandes empresas americanas. Com efeito, ao começar de novo, sem conhecer a empresa, nem os seus trabalhadores, o novo director não tem juízos pré-formados sobre os trabalhadores da empresa, nem estes conhecem ainda os vícios e as fraquezas do director. Isso propicia a que todos os trabalhadores sintam que têm uma nova oportunidade de mostrar o seu valor e suas capacidades, sem que haja, logo à partida, trabalhadores marginalizados e marcados com o ferrete da desconfiança. Por outro lado, para o director, a direcção de uma nova empresa impõe-lhe um novo desafio, libertando-o da rotina. E não há nada mais destrutivo das qualidades de uma pessoa do que a rotina. A rotina é uma autêntica fábrica de criar vícios.
Em Portugal, pelo contrário, prefere-se sempre a linha de continuidade. E a continuidade tem sempre e inevitavelmente uma consequência: a perpetuação e amplificação dos mesmos vícios. Esta é, provavelmente, a principal razão por que não conseguimos sair da cepa torta. Invejamos o sucesso dos outros mas somos incapazes de lhes seguir o exemplo.

por António Belém Coelho

 

Tem circulado em Abrantes um pequeno texto/petição sobre a situação do Hospital de Dia da Unidade de Abrantes do Centro Hospitalar do Médio Tejo. Com efeito, as raízes deste caso específico já vêm de há cerca de um ano, quando na área oncológica daqueles serviços, área que representa a maior fatia de tratamentos, um profissional já em situação de aposentação, comunicou que deixaria de efectuar isoladamente as primeiras consultas ou avaliações mas continuaria a acompanhar os doentes que já frequentavam esses serviços.
 
O tempo foi passando e de quem de direito se esperaria acção concreta, nada; e pela informação que circula, mesmo esta situação de morte lenta do Hospital de Dia, com total indefinição do seu futuro, poderá ter termo já a breve prazo, dentro de dois ou três meses.
 
Se o fim deste serviço acontecer, tendo os doentes já existentes e aqueles que vierem a surgir, de procurar consulta e tratamento em serviços similares de outras Unidades do Centro Hospitalar do Médio Tejo, ou mesmo noutras unidades, tal acarretará custos e sofrimentos acrescidos para as nossas populações.
 
Mas este episódio, ao contrário de ser visto isoladamente, deverá ser colocado num contexto de situações que ao longo dos últimos anos tem vindo a acontecer, com Abrantes a perder continuamente serviços diversos e valências daqueles que ainda por cá se mantêm, a favor de outrem.
 
Todos sabemos como estas coisas funcionam e outra conclusão não poderemos tirar senão a de que efectivamente Abrantes tem perdido importância e peso a nível regional tendo por responsáveis últimos quem tem dirigido o Concelho.
 
Há que exigir a continuidade do Hospital de Dia em Abrantes, com profissionais suficientes para um correcto funcionamento, em nome não só daqueles que o frequentam, mas no fundo em nome de toda a população do Concelho. Porque a saúde, sobretudo a daqueles mais atingidos e sacrificados pela doença, é sempre um direito, pelo qual todos devemos lutar.
 
Os Abrantinos prezam-se de ser cordatos e pacíficos de forma geral. Mas chega a altura em que há que dizer basta e dar largas à indignação! E esta pode ser efectivamente a gota de água que faz extravasar o copo; porque a todos no futuro pode atingir sem excepção.

por António Belém Coelho

 

A candidatura autárquica do Partido Social Democrata efectuou, em pleno Centro Histórico, no último fim-de-semana, uma conferência de imprensa, protagonizada pelo seu candidato à Câmara Municipal, Dr. Santana Maia, sobre algumas das medidas que considera necessárias para salvar o Centro Histórico de Abrantes do definhamento em que se encontra, apesar das intervenções que sofreu durante os últimos anos.
 
Do que ficou proposto, e que certamente a Comunicação Social regional dará eco também neste jornal, uma vez que esteve presente praticamente em peso, ressalta a vontade de recuperar funções principais que um Centro Histórico deve executar, nomeadamente função habitacional, comercial, cultural e de convivialidade, que efectivamente se foram perdendo e que criaram uma situação que hoje, nas palavras dos ainda resistentes (moradores e comerciantes), parece não ter remédio.
 
Visível nos muitos anúncios de “arrenda-se”, “vende-se”, etc; visível no panorama absolutamente desolador de muitas ruas que não as principais, no que respeita ao grau de decrepitude de muitos edifícios. Visível ainda no quase deserto que são a generalidade dos fins-de-semana.
 
Com efeito, ao defender, designadamente, a instalação, no Centro Histórico, do centro de saúde, da loja do cidadão e da tesouraria dos SMA, o regresso do mercado semanal, a manutenção da câmara, a reavaliação de algumas medidas de circulação tomadas, a implementação de um circuito de transportes gratuito entre os principais eixos e focos de parqueamento, a construção de um parque no Centro Histórico, adequado às necessidades e exigências de revitalização do mesmo, entre outras medidas, a candidatura autárquica do PSD está a defender um centro histórico vivo, habitado e com vitalidade económica. Sem pessoas, não há esperança para o Centro Histórico de Abrantes, por mais projectos e medidas que se enunciem.
 
Mas não basta querer que haja pessoas a morar e a circular no Centro Histórico: é fundamental criar condições para que isso aconteça. E só é possível trazer pessoas para o Centro Histórico, se aqui forem instalados novos serviços, comércio e outras actividades atractivas, conjugando facilidade de circulação pedonal e rodoviária.
 
As medidas enunciadas pela candidatura do PSD, a implementar no próximo mandato, se assim os Abrantinos o entenderem, apontam nesse sentido. A favor de Abrantes e dos seus cidadãos.
20 Jul, 2009

Mandar e comandar

Santana-Maia Leonardo - in Nova Aliança de 19/7/2009

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Como é fácil de constatar, o grande problema do nosso país reside única e exclusivamente nas suas elites. Basta ver que os trabalhadores portugueses que conseguem elevar o Luxemburgo ao país com maior taxa de produtividade da união europeia são feitos da mesma cepa daqueles que, em Portugal, nos afundam na cauda da Europa. A diferença não está, pois, nos trabalhadores, mas nos seus directores e dirigentes.

Como dizia ainda recentemente António Cerejeira, director de recursos humanos da IBM: «O que faz a diferença são as pessoas. Se tivermos empregados motivados, isso terá impacto no resultado». Acontece que os nossos dirigentes, mal se apanham no poleiro, transformam-se completamente. Como diz o povo, «se queres ver um pobre soberbo, dá-lhe a chave de um palheiro».

Fui o 1º classificado do curso de oficiais de Mafra e fiz o serviço militar no BIMec de Santa Margarida. A minha companhia era sempre escolhida para as demonstrações, devido ao seu elevado grau de operacionalidade.

A explicação para o sucesso da minha companhia é muito fácil de perceber. Nas outras companhias, os oficiais distinguiam-se por vestir casaco de cabedal, usar óculos escuros e dar ordens. Na minha companhia, os oficiais não se distinguiam dos soldados por nenhuma peça de vestuário porque só usavam as peças de vestuário que os soldados podiam usar. Na minha companhia, os oficiais distinguiam-se dos soldados por outras razões: nos exercícios, o oficial era o primeiro a fazê-los; nas refeições, o oficial era o último a ser servido.

E é assim que deve ser. Há uma grande diferença entre mandar e comandar. Quem manda dá ordens; quem comanda dá o exemplo. À medida que se sobe na escala hierárquica, devem aumentar as obrigações e diminuir os direitos.

Mas este é um mal português muito antigo. Já Camões se queixava disso mesmo ao rei D. Sebastião, no final do Canto X de “Os Lusíadas”: «Fazei, Senhor, que nunca os admirados/ Alemães, Galos, Ítalos e Ingleses,/ Possam dizer que são pera mandados,/ Mais que pera mandar, os Portugueses

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