Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

por Sérgio Mourato – in jornal A BARCA

 
Novo Ciclo para social-democratas abrantinos
Manuela Ruivo lidera candidatura à Comissão Política Concelhia
 
Manuela Ruivo apresenta candidatura à Comissão Politica Concelhia do PSD para iniciar um novo ciclo do partido em Abrantes. O objectivo é a união e coesão, aproveitando o trabalho iniciado pelo anterior elenco.
 
Por um PSD coeso e dinâmico” é o lema da candidatura liderada por Maria Manuela Bexiga Ruivo, 38 anos, engenheira agrónoma, à Comissão Politica de Abrantes do Partido Social Democrata (PSD). A concelhia vai a votos no dia 14 de Novembro e Gonçalo Oliveira, o antigo líder, encabeça lista à mesa de assembleia. Prevê-se para estas eleições, a maior afluência de sempre, sendo a capacidade eleitoral de cerca de 250 militantes.
 
A apresentação da lista, a única conhecida até ao momento, decorreu na quarta-feira, dia 28 de Outubro, num jantar, no Restaurante “O Ramiro”, em Rio de Moinhos (Abrantes). “A candidatura surge na continuação do trabalho árduo desenvolvido nas últimas eleições autárquicas, cujos resultados obtidos devem valorizar-se”, afirmou Manuel Ruivo, ressalvando, que “neste momento, sem esquecer o passado, pretende-se renovar a concelhia”. A lista visa ainda criar um gabinete de estudos que funcionará para dar apoio à Comissão Politica da Secção em todas as questões programáticas e de acção politica, bem como a criação de um gabinete que facilite o acompanhamento de todas as forças vivas do concelho.
 
Gonçalo Oliveira o líder que cessou funções a 10 de Outubro, e face a um resultado negativo nas últimas autárquicas, defende “que todas as comissões politicas devem demitir-se”, embora no seu caso não houve essa necessidade, visto que o seu mandato findou na véspera das eleições. Para o anterior presidente “esta é a ponte perfeita com os eleitos, o fim de um ciclo, mas transmitindo para esta equipa tudo o que de bom houve, nomeadamente o capital humano constituído pelos eleitos que vai ser trabalhado aprofundado, no sentido de melhoras as 19 candidaturas às juntas de freguesia em 2013, daí que integrem a lista um vereador, uma candidata à assembleia municipal e elementos de assembleias de freguesias”.
 
Estando ainda em aberto quatro lugares para a Comissão Política, já estão confirmados os seguintes elementos: presidente - Manuela Ruivo (engenheira Agrónoma, 38 anos); vice-presidentes, António Belém Coelho (professor, 51 anos) e Joaquim Simplício (solicitador, 50 anos); tesoureiro - Carlos Horta Ferreira (administrativo, 50 anos); vogais, Carlos Alberto, Manuel Oliveira, André Bicho, José Oliveira, Susana Martins, João Botto, Carlos Natálio e Manuel Nogueira.
 
Quanto à Mesa de Assembleia, o elenco já está completo: presidente - Gonçalo Oliveira; vice-presidente - Mauro Xavier, secretário - Diogo Valentim; suplentes - Ana Dias e Ana Costa.
29 Out, 2009

EM FRENTE

 António Belém Coelho

 
Terminou o ciclo eleitoral que o País atravessou, culminando nas eleições autárquicas. Os resultados foram os que foram, com vencedores diferenciados nas Europeias e nas Legislativas, e com 308 vencedores, se a memória não me falha, nas autárquicas.
 
Em Abrantes há que felicitar os vencedores e alertar para o facto de que os próximos quatros anos não irão ser certamente fáceis e exigirão bastante responsabilidade e decisões difíceis. E isto é verdade quer para o poder, quer para as oposições.
 
Abrantes não pode esperar mais quatro anos e ver alguns dos seus vizinhos a aumentar influência e poder (económico e político) em seu detrimento. Há que procurar e implementar as soluções que possam assegurar um melhor compromisso entre recursos empregues e resultados obtidos. E aqui o papel do poder e das oposições terá que convergir, na procura, sugestão e implementação de tais paradigmas. Assumindo e defendendo as respectivas posições, sem tibiezas, mas sabendo discernir o que é mais positivo para a comunidade. Muitas serão as diferenças entre poder e oposições, no entanto, estou certo que haverá pelo menos um objectivo comum: o de ver Abrantes prosperar e (sem qualquer tipo de saudosismo) re-ganhar alguma da influência que já teve.
 
Os Munícipes, quer aqueles que deram o seu veredicto, quer aqueles que não se incomodaram em dá-lo (e muitos foram), estarão certamente atentos; e diz-nos a história recente que as populações estão cada vez mais exigentes e atentas ao que se faz e também ao que porventura se deveria fazer e não se faz. Estão cada vez mais atentos a tudo o que possa contribuir para a melhoria do seu nível e qualidade de vida, sem exclusões, de forma universal, mas também de forma sustentável, sem pôr em causa nem gerações futuras, nem a actual, por via de facturas cada vez mais pesadas, decorrentes de custos originados por decisões menos pensadas, mas sobretudo menos trabalhadas. Em Abrantes e em todo o País, quer a nível nacional, quer a nível local é isso que se espera; mais uma vez. Que possa ser de vez!

Santana-Maia Leonardo

 
O português confunde muito o espírito de vencedor com o do oportunista. Não é por acaso que a expressão «EU SOU DO QUE GANHA» é aquela que melhor caracteriza o carácter do nosso povo. O português, em regra, só gosta de apanhar o comboio quando a vitória está antecipadamente assegurada. Mas este espírito de se colar aos vencedores define, por natureza, os oportunistas e não os vencedores.
 
Da minha parte, as vitórias antecipadamente asseguradas sempre me enfadaram e enjoaram. Só as vitórias impossíveis me estimulam e entusiasmam.
 
Foi por esta razão que aceitei o convite do PSD para ser candidato à Câmara de Abrantes. A mesma razão por que nunca aceitaria ser candidato do PS em Abrantes, do PSD em Viseu ou da CDU em Avis.

 

Candidatura de Santana Maia à Câmara de Abrantes resume-se em duas palavras: 
 
Amar Abrantes    
 
Durante mais de uma década, Santana-Maia Leonardo deu voz à indignação de um povo. Falou contra os poderes instituídos, os compadrios e a corrupção. Hoje, é o rosto do PSD por Abrantes e fala, em discurso directo, à Revista da Qualidade, explicando o porquê deste desafio e abrindo o livro da sua candidatura.
 
Qual a razão da sua candidatura à Câmara Municipal de Abrantes?
Do ponto de vista do PSD, penso que foi a vontade de mudar a sério. Durante mais de uma década, fui colunista de diversos jornais e escrevi contra a forma pouco séria de fazer política em Portugal. E o PSD de Abrantes reviu-se nas minhas ideias. Do meu ponto de vista, as razões foram diferentes. Por um lado, senti a obrigação de me entregar de alma e coração a um concelho onde tenho as minhas raízes familiares, seguindo o bom exemplo dos meus tios. Por outro lado, senti a obrigação moral de dar a cara pelas minhas convicções e ideias. A mudança que eu represento e defendo, saliente-se, tem a ver com a forma como se exerce o poder e não apenas com a mudança de partido no poder.
 
Num dos seus recentes discursos referiu que o trabalho a fazer em Abrantes e em Portugal era digno de Hércules. Sente que consegue levar a cabo essa tarefa?
Sim, é preciso realmente um trabalho de Hércules. Referi-me a Hércules porque este lutou contra a Hidra, animal mitológico que ganhava força a cada golpe. E Portugal tem também a sua Hidra: a corrupção. A corrupção é o imposto mais caro que os portugueses pagam. Hoje as autarquias locais são as principais fontes de corrupção, sendo o urbanismo uma área de enriquecimento ilícito incontrolável. Acredito, no entanto, que consigo ter essa força porque candidato-me à Câmara sem telhados de vidro e despido de quaisquer interesses. Com 50 anos, tenho a minha vida resolvida: não tenho família para empregar, nem dívidas para pagar… Exercerei o cargo de autarca de Abrantes de forma livre e sem interesses, apenas em prol da população. Penso que só assim, de forma desprendida, se pode ser um bom autarca.
 
Aborda muitas vezes o tema das verbas comunitárias. Um dos seus intuitos é aproveitar as verbas deste novo Quadro Comunitário para desenvolver Abrantes?
Obviamente. No entanto, o que tem acontecido, em Abrantes e em Portugal, é que todos querem fazer obras faraónicas com vista a perpetuar os seus nomes e a enriquecer os mesmos, sem que haja a preocupação com o verdadeiro retorno para as populações que dizem servir. Abrantes não fugiu à regra. O problema é que, depois, damos uma volta pelo concelho e vemos estradas intransitáveis, centros de dia sem condições, idosos ao abandono, escolas fechadas, populações sem saneamento básico e sem qualquer infra-estrutura de lazer ou desportiva… Ora, isto é inadmissível. A primeira obrigação das autarquias é fazer as pessoas felizes e nenhuma pessoa é feliz com um mega-estádio de basebol, mas sem esgotos. Os concelhos só têm futuro se crescerem de forma equilibrada. Em Abrantes gastou-se muito, mal e em poucos sítios, sem grande retorno sequer para os sítios onde os investimentos foram feitos, e o resto do território ficou completamente ao abandono. Tornar o concelho mais harmonioso, corrigindo as gritantes assimetrias, será um dos nossos grandes objectivos.
 
Qual a razão de querer criar a marca «Abrantes»?
Abrantes tem potencialidades que todos os concelhos gostariam de ter. Abrantes tem um castelo e um património histórico valioso, tem uma barragem e um rio, tem uma gastronomia excelente, uma cultura muito rica e uma localização privilegiada. Estamos no centro do país. E aquilo que se tem verificado é que, ao longo destes anos, Abrantes não tem conseguido atrair visitantes e tem perdido população. Quantas pessoas no país sabem que Abrantes tem um castelo? Quantas pessoas associam a barragem de Castelo de Bode a Abrantes? Os abrantinos consomem-se, muitas vezes, em pequenas rivalidades, fruto, na maioria das vezes, de pequenas invejas. Ora, Abrantes só será grande se não se deixar consumir nestas ninharias. Abrantes precisa de alguém que faça apelo à sua verdadeira alma, que promova Abrantes e a coloque no mapa de Portugal.
 
E se não há visitas, não há atracção de população. Sem população, o concelho fica desertificado…
Exactamente. A minha luta prende-se precisamente com a desertificação e com a forma centralizada de fazer política em Portugal. Invocamos na Europa o facto de sermos um país periférico para recebermos fundos comunitários, mas, quando esses fundos chegam, os governantes de Lisboa esquecem-se da periferia do país. E nas autarquias acontece o mesmo. Reclamam-se investimentos e dinheiros do Estado e da Europa, em nome da interioridade, e, quando as verbas chegam, o dinheiro é todo gasto na sede do concelho. Somos todos filhos de Deus. Este é o princípio que defendo. É preciso que o dinheiro e o desenvolvimento cheguem a todo o lado, para que as pessoas não fujam do interior para o litoral e das pequenas aldeias e vilas para as cidades.
 
Sente-se com força para enfrentar o descrédito da população na classe política?
Só gente sem vergonha não pensa duas vezes antes de entrar na vida política porque, efectivamente, corremos o risco de sermos enxovalhados e de acharem que somos iguais aos anteriores. Mas a verdade é que os políticos portugueses reflectem apenas aquilo que a maioria dos portugueses é. Dou o exemplo do futebol. As regras do futebol são iguais aqui e na Inglaterra mas a seriedade e a competitividade do jogo não são as mesmas. Aqui o jogador simula, descaradamente, faltas, lesões e penaltis, sempre com o apoio dos seus adeptos e a complacência dos árbitros. Ora, isto reproduz a nossa cultura, uma cultura que desculpabiliza a fraude quando a mesma nos favorece ou beneficia. É natural que, sendo nós assim, os nossos governantes também o sejam. É, pois, importante remar contra esta cultura de falta de honestidade. Mas quem manda tem de dar o exemplo. Só assim é possível mudar Portugal.
 
Costuma referir-se às pessoas não como destinatários mas sim como participantes…
Eu defendo as pessoas como os verdadeiros agentes da mudança e não apenas como destinatárias de políticas. O nosso problema é o tractorista, não é o tractor. E o grande falhanço das nossas reformas reside precisamente em andar sempre a mudar de tractor, sem mudar o tractorista. Acredito que a educação, no verdadeiro sentido da palavra, pode mudar as pessoas e que, através das associações desportivas e culturais e das escolas, será possível implementar uma sociedade de valores e um Homem novo. Temos de conseguir que os jovens interiorizem os valores de cidadania, da liberdade de opinião e de expressão, da honra, da solidariedade e do respeito pelos outros. Este é o caminho.
 
Qual a adesão das pessoas à sua forma de pensar, ao seu programa eleitoral?
Existe, em Abrantes, neste momento, um grande desencanto. Tenho procurado incutir a esperança nessas pessoas e mostrar-lhes que a mudança é segura. E, apesar de reconhecer que o desencanto está a corroer a alma dos abrantinos, acredito que ainda vão encontrar, dentro de si, uma réstia de forças e de alma para lutar pela mudança.
 
Gostaria de deixar alguma mensagem aos abrantinos?
A única mensagem que posso deixar é de esperança. Vou apresentar nestas eleições uma lista completamente renovada, onde as qualidades humanas foram o primeiro critério de escolha. Parafraseando o meu primo e ilustre penalista Conselheiro Maia Gonçalves, também eu considero que os políticos devem ser, antes de mais, pessoas boas e sensatas. Ponto final. E, se possível, letradas. Por sua vez, a renovação da classe política é sempre importante porque o poder cria vícios.
 
Acha que Abrantes pode ser um exemplo no país?
O exemplo é a melhor forma de ensinar e Abrantes vai ser esse exemplo. E seremos seguramente uma voz contra a forma como se faz política neste país, contra o centralismo de Lisboa e a escandalosa concentração de meios na capital.

 

No debate da passada 3ª Feira na Antena Livre, quando me referi ao Banco Social e aos técnicos da Câmara, a minha crítica teve como único destinatário o poder político e não os funcionários, como é óbvio. Ou seja, critiquei quem manda e não quem faz ou executa. O que estava em cima da mesa era a organização dos serviços e a sobrecarga de tarefas atribuídas aos funcionários, com as quais eu discordo. Sendo certo que existe hoje na Câmara Municipal um número muito significativo de funcionários que partilha da mesma opinião que eu.
 
Ora, qualquer pessoa bem-intencionada não podia deixar de fazer esta leitura das minhas declarações tendo em conta o contexto em que as mesmas foram produzidas: um debate político. Mas bastava conhecerem-me minimamente para saber que, prezando tanto eu os valores da lealdade e do respeito pelos outros, seria de todo impossível usar um debate público para criticar qualquer funcionário que fosse, mesmo que dele tivesse razões pessoais, o que não era sequer o caso.
 
Pena é que, em vésperas de eleições, haja sempre tanta gente a não olhar a meios para atingir os seus fins. Mas os funcionários da Câmara já têm a obrigação de ter a experiência e o saber suficiente para distinguir o trigo do joio. Ou seja, quem os respeita e quem os usa e manipula.
 
Tenho a certeza absoluta de que nunca irão conhecer na vossa vida um presidente da Câmara que seja capaz de vos defender e dar a cara por cada um de vós onde for preciso e nos piores momentos como eu. Independentemente da vossa filiação partidária ou opções ideológicas.
 
E já ficarei contente se cada um de vós me tratar com metade da consideração e respeito com que eu vos tratar. Até breve! E um abraço
 
08 Out, 2009

NÓS ACREDITAMOS

por Manuela Ruivo

 

Acreditar que a nossa vontade e dedicação pode mudar algo que não está bem é um sonho, sonho esse que é partilhado por muitas das pessoas que se candidatam às eleições autárquicas do próximo Domingo.
 
Abrantes necessita urgentemente de quem olhe por si. O trabalho da constituição das listas do PSD envolveu um número de pessoas jovens e dinâmicas sem paralelo em nenhuma candidatura. Este factor, conjugado com a elevada experiência de vida de Santana Maia, tem gerado um sentimento de esperança na nossa comunidade sem precedentes. Sinto-o todos os dias, nos contactos que fazemos.
 
A partir de Domingo, nada vai ser como dantes no panorama político de Abrantes. No que diz respeito ao PSD, na próxima segunda-feira, entrarão em cena dezenas de novos actores, conhecidos nas suas comunidades, sérios e competentes, que são a garantia da defesa dos interesses dos abrantinos por muitos e bons anos.
 
O PSD governa os municípios vizinhos de Tomar, Mação, Sardoal e Entroncamento. Em comum, todos eles, partilham um ímpeto reformista e de desenvolvimento que Abrantes nunca foi capaz de acompanhar. Abrantes necessita de uma mudança estrutural, feita por novas pessoas com novas mentalidades, que eleve o animo de todo um concelho e de cada uma da suas 19 freguesias.
 
Um Grande Concelho, justo, harmonioso e solidário. Todos os abrantinos ganham.
08 Out, 2009

MEUS AMIGOS

 

Meus amigos
 
O concelho de Abrantes começa a registar graves problemas ao nível da sua coesão territorial, da segurança dos cidadãos e dos direitos, liberdades e garantias dos munícipes, fruto de políticas camarárias que agravaram, de forma escandalosa, as assimetrias entre pobres e ricos (pessoas, empresas e freguesias), aumentaram a burocracia e as dependências e criaram as condições propícias para o florescimento da marginalidade, do favorecimento pessoal, do compadrio e da corrupção.  
 
O concelho de Abrantes precisa urgentemente de um presidente que seja capaz de unir o concelho em torno de um projecto comum, sem excluir ninguém, e que seja capaz de dar a cara por cada um dos habitantes das dezanove freguesias, pondo travão à deplorável situação a que chegámos.
 
Sabem que podem contar comigo e com a minha equipa. Uma equipa totalmente renovada, que vem de fora do sistema e em que as qualidades humanas precederam as qualidades técnicas, como critério de selecção.
 
Um presidente e uma equipa ao serviço de um concelho justo, solidário e harmonioso. UM GRANDE CONCELHO!

por Manuela Ruivo

 
Quando os nossos autarcas tanto falam de cultura, é, no mínimo, curioso a falta de sensibilidade no tratamento para com determinadas instituições.
 
Como todos sabemos, a Liga dos Amigos de Abrantes aprovou os seus estatutos em Novembro de 1949, ou seja, há praticamente 60 anos. Tendo por lema “Tudo por Abrantes”, direcções sucessivas e membros associados desenvolveram uma acção notável na área social, cultural e promocional do concelho. Já nessa altura as metas a que se propunha eram da maior pertinência e actualidade: “chamar a atenção dos portugueses para as maravilhas que o concelho de Abrantes encerra, quer do ponto de vista paisagístico, quer histórico”. Além da divulgação do concelho de Abrantes e da “Cidade Florida”, contribuíram para o aumento de turistas em Abrantes.
 
Das variadíssimas actividades em que se envolveram em prol de Abrantes, destacam-se: o concurso janela mais florida; a primeira biblioteca ao ar livre; exposições de fotografia e pintura; serões de arte; Feiras; lições de cultura geral com convidados.
 
A sua sede era no antigo edifício Falcão e, por motivos que alguém concerteza saberá explicar, foram convidados a sair. O seu espólio terá ficado em armazéns da câmara municipal, tendo sido levados posteriormente, ao que parece, para arrecadação de um dos amigos da Liga. Sem sede e com o seu espólio maltratado, praticamente desconhece-se o precioso trabalho social/turístico/cultural desenvolvido em benefício do nosso concelho por este grupo de benfeitores.
 
Como é possível que os nossos autarcas, tendo participado activamente no processo de “despejo” da Liga dos Amigos de Abrantes do edifício Falcão e tendo conhecimento do trabalho meritório desenvolvido, se tenham esquecido completamente que esta instituição existe. É que só se podem ter esquecido ou, então, não interessa valorizar as organizações que promovem/promoveram a vertente cultural do nosso concelho gratuita e empenhadamente.
Para quê as encenações megalómanas se as coisas simples e fáceis de concretizar são ignoradas?
 
Se não as tivessem ignorado, deveriam ter tido a elevação, correcção e justiça de, ao exemplo da “simbiose de interesses” entre a câmara municipal e as Associações desportivas para “abrigo” de oito associações/clubes da cidade que não tinham sedes administrativas, de não se esquecer de organizações que tanto contribuíram para engrandecer e projectar Abrantes no contexto Social, Turístico e Cultural.

Pág. 1/2