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COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

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"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

NOMEAÇÃO DE PINA DA COSTA PARA PRESDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DOS SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ABRANTES

 

Os vereadores do PSD votaram contra a proposta da presidente da Câmara de nomeação para presidente do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados do ex-vereador José Carlos Pina da Costa, com os seguintes fundamentos:
 Considerando que a Presidência do Conselho de Administração dos SMA tem sido assegurada por membro eleito e em regime de permanência da Câmara Municipal, dada a importância da actividade dos SMA e sua repercussão no desenvolvimento e qualidade de vida do Concelho;
Considerando que este facto reforça a legitimidade já existente por via legal, agora por via do voto expresso em acto eleitoral;
Considerando que a proposta agora apresentada não contempla nem segue a ideia de renovação e de começo de um novo ciclo, apresentada pelo actual executivo autárquico;
Considerando que esta proposta, trará certamente custos acrescidos;
Salvaguardando que as razões anteriormente aduzidas, não colocam minimamente em causa a experiência e competências do membro agora indigitado (ou de qualquer outro que o fosse na mesma situação),
 os vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata votam contra a referida proposta.

O vereador Albano Santos, eleito pela candidatura “Independentes pelo Concelho de Abrantes”, pediu a suspensão do mandato pelo prazo de seis meses, tendo sido substituído pelo vereador Carlos Arês.

(…)

O Vereador Santana Maia referiu que, apesar de os Vereadores eleitos pelo PSD serem os representantes da principal força da oposição, não significa obviamente que ambas as forças políticas (PS e PSD) não queiram e não desejem o melhor para o concelho de Abrantes. Significa apenas, e é isso que nos distingue, que as prioridades, soluções e métodos que propomos são diferentes. Reconhecendo a dificuldade, criada pela própria lei, de sentar os vereadores da oposição no executivo, os vereadores do PSD consideram, no entanto, que, tendo sido o PS a vencer as eleições, têm o direito e o dever de executar o seu programa, pelo que nunca iriam assumir, em qualquer circunstância (mesmo no caso do PS não ter vencido com maioria absoluta), uma posição de bloqueio ao executivo, impedindo que funcionasse, mas sempre uma posição crítica e construtiva.

por Santana-Maia Leonardo

 
Quando aceitei o convite, em finais de Julho de 2008, para me candidatar a presidente da Câmara de Abrantes pelo PSD, tinha a perfeita consciência das dificuldades que me esperavam. Aliás, a própria comissão política, quando me endereçou o convite, não me escondeu nem as dificuldades internas, nem as dificuldades externas, apresentando-me a possibilidade de discutir a vitória, como praticamente impossível.
 
O português, regra geral, gosta muito de repetir o chavão de que vota nas pessoas e não nos partidos. Mas todos sabemos que isso não é verdade. A esmagadora maioria dos portugueses vê, nos partidos, autênticos clubes de futebol, resumindo a luta política a uma mera disputa entre Benfica e Sporting. Além disso, nas disputas eleitorais, tal como no futebol português, não basta ter a melhor equipa para vencer, é necessário, sobretudo, controlar os bastidores do jogo.
 
Alguém acredita, por exemplo, que a Dr.ª Maria do Céu ganhasse as eleições se concorresse pela CDU, pelo Bloco de Esquerda ou pelo CDS ou que o Coronel Armando Borges as perdesse se se candidatasse pelo PS? Pode haver uma pequena minoria para quem a pessoa é, na verdade, importante mas, no cômputo geral, isso, em regra, não é significativo.
 
Não nos podemos esquecer que o PS partia, para estas eleições, com quase o dobro dos votos do PSD e com treze juntas de freguesia, entre as quais S. Vicente, Pego, Alferrarede, S. Miguel, Bemposta, Rossio e Tramagal.
 
Mas se as hipóteses de derrotar o PS eram, à partida e perante este quadro, muito reduzidas, uma coisa era certa: só era possível equacionar a hipótese de vencer o PS, se o PSD conseguisse federar todo o descontentamento. Daí a minha preocupação inicial em convidar para participar na minha candidatura pessoas dos mais diversos quadrantes políticos, desde o CDS ao Bloco de Esquerda.
 
Acontece que o aparecimento da candidatura independente, ao implodir este esforço de convergência e ao fraccionar o eleitorado descontente, ofereceu de mão beijada a maioria absoluta ao PS, roubando à esquerda os votos que permitiriam ao Bloco ou à CDU eleger um vereador e à direita os votos que permitiriam ao PSD eleger o terceiro vereador e vencer algumas juntas importantes. Além disso, permitiu ao PS reforçar ainda mais o seu peso nas juntas de freguesia (passou a ter quinze), o melhor trampolim para quem quer vencer a Câmara.

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