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COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

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Não há pior precariedade do que não ter um emprego”, diz Marco António

in Jornal de Noticias, quarta-feira, 16/06/10 - 09h46m

 

O vice-presidente do PSD respondeu hoje, quarta-feira, às críticas feitas à proposta social democrata de facilitar a contratação a prazo. «Qualquer pessoa que está inscrita num centro de emprego, à procura de um emprego, não percebe o que é a acusação de precariedade, porque não há pior precariedade do que não ter um emprego», disse Marco António Costa, ouvido pela Lusa. Segundo o vice-presidente do PSD, «as críticas do Bloco de Esquerda e do PCP estão obviamente imbuídas de um preconceito ideológico e são feitas numa lógica de combate político-partidário». «Não correspondem à realidade do que está no projeto que nós apresentamos e muito menos à realidade da vida comum dos cidadãos», acrescentou.

 

Quanto às críticas feitas pela CGTP, Marco António Costa prometeu "esclarecer directamente" a central sindical logo que esta agende uma reunião com o PSD. «A visão que a CGTP tem da nossa proposta não é correta, porque aquilo que nós queremos é exactamente o contrário: queremos aumentar a empregabilidade», disse. A proposta que o PSD tem apresentado aos parceiros sociais «destina-se a pessoas que estão neste momento à procura do primeiro emprego ou no desemprego, inscritas nos centros de emprego há mais de seis meses», assinalou. «Portanto, não vejo como é que se possa criar precariedade para quem está desempregado», reforçou o dirigente social democrata.

 

Excepcionalmente, até 2013, para aumentar a empregabilidade, o PSD propõe alargar a duração e diminuir os custos da caducidade da contratação a prazo e do trabalho temporário "exclusivamente para novos contratos" de pessoas à procura do primeiro emprego ou de desempregados há seis meses. Além disso, os sociais democratas propõem que quem está desempregado e aceita um emprego não perca com isso direitos em matéria de subsídio de desemprego e que possa, se for receber um salário seja inferior ao valor do seu subsídio de desemprego, acumular parcialmente essa prestação.

 

O PSD espera, assim, «permitir que haja uma maior motivação da parte dos empregadores em criar soluções de emprego e da parte do trabalhadores em não recearem perder regalias ou direitos sociais se as coisas não correrem bem numa qualquer proposta que lhes seja feita», disse Marco António Costa. «Estamos a criar uma legislação que abrirá novas oportunidades de vida a muitos portugueses», defendeu.