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COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

MUSEU IBÉRICO 

(E TODAS AS MEGA-FANTASIAS SOCIALISTAS O VENTO LEVOU...)

Declaração dos vereadores eleitos pelo PSD

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Na Câmara de Abrantes, ainda se continua a confundir custos com benefícios. E a nossa desgraça, que vamos começar agora a pagá-la com língua de palmo e durante os próximos trinta anos, deve-se precisamente à ignorância dos governantes e dos autarcas que, por confundiram, durante vinte anos, investimento com benefícios (quando o investimento é só custos), levou o país a um nível de endividamento que hoje somos incapazes de pagar.

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Mas a diferença entre custos e benefícios é muito fácil de perceber: uma estrada é toda ela custos; o benefício é o trânsito que passará nela. Se não houver trânsito, o benefício é zero. Ora, todo o investimento no projecto, na construção e na manutenção do museu ibérico é custo, o benefício são as pessoas que o visitarem. Para que o investimento seja reprodutivo, é necessário que os custos sejam inferiores ao benefício, caso contrário, em vez de o investimento gerar riqueza, gera empobrecimento.

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Os vereadores eleitos pelo PSD são, obviamente, favoráveis à construção de um museu ou adaptação de um espaço para albergar colecções de reconhecido valor (como a senhora presidente nos garante ser o caso), desde que o projecto não ponha em risco a coesão territorial e o tecido económico do município, como sucederia se o projecto consumisse recursos essenciais e não fosse capaz de gerar o retorno equivalente.

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É, por esta razão, que os vereadores eleitos pelo PSD sempre defenderam, desde o início, que, pretendendo a Câmara avançar com um projecto megalómano que vai mobilizar e consumir recursos essenciais do município, para mais num tempo de grave crise económica e financeira, não o deveria iniciar sem fazer um estudo sério sobre a sua viabilidade e sustentabilidade económica.

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Acontece que a Câmara avançou para a construção do museu completamente às escuras, ultrapassando todos os patamares da irresponsabilidade política. O problema é que são sempre os mesmos a pagar as irresponsabilidades dos nossos autarcas e governantes. Esta foi, de facto, a questão política que sempre separou os candidatos e vereadores eleitos pelo PSD dos candidatos e/ou vereadores eleitos pelo PS e não só. E defendemos esta posição, desde o início, bem sabendo que não era politicamente correcta, nem eleitoralmente recompensadora, face à intoxicação da opinião pública abrantina pela máquina de propaganda socialista que apresentava a construção do museu como a panaceia para todos os males da cidade e do concelho.

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E tendo o PS montado toda a sua máquina de propaganda em torno da construção do projecto megalómano e de viabilidade muita duvidosa do Museu Ibérico, não pode deixar causar grande perplexidade e apreensão, uma vez que fere de morte a credibilidade do executivo socialista, o recente reconhecimento público da senhora presidente da câmara de que, «atendendo à actual conjuntura, seria irresponsável avançar para este investimento nos moldes em que estava previsto», ficando a «construção da torre para uma segunda fase quando e se as condições o proporcionarem».

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Ora, a actual conjuntura não só já dura há, pelo menos, quatro anos como vai durar, infelizmente, por muitos e muitos anos. Reconhecer só agora a irresponsabilidade para se avançar para um investimento desta grandeza revela só por si a grande irresponsabilidade e inconsciência de quem conduziu, em estado de absoluta cegueira perante a situação económica do país, este projecto até à beira do precipício, com todos os custos para os munícipes que isso já implicou e vai implicar.

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Depois do (1) aluimento do IC9, do (2) sumiço do mega-projecto cultural publico-privado idealizado para o espaço do mercado diário e da (3) derrocada do mega-edifício da câmara municipal (desde a ESTA até à garagem da rodoviária), a anunciada castração da torre do MIAA, a mais emblemática manifestação de virilidade saloia do poder socialista, compagina uma verdadeira confissão pública de impotência, bem reveladora da impreparação do actual executivo socialista para gerir a autarquia num tempo que exige racionalidade, competência, discrição, prudência e rigor.

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Não fosse Portugal um país ainda arredado de uma verdadeira vivência democrática, onde os decisores políticos nunca extraem as necessárias consequências das suas irresponsáveis decisões, e a demissão seria o corolário lógico do reconhecimento público da impossibilidade de cumprimento de todos os grandes objectivos assumidos publicamente, para mais com a justificação de que «seria uma irresponsabilidade levá-los por diante na actual conjuntura económica».

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Ver secção (I) do DOSSIÊ II: Museu Ibérico

Santana-Maia Leonardo - in Nova Aliança

 

O Padre Jerzy Popieluszko, conhecido por "Padre do Solidariedade” (sindicato), é o símbolo polaco das vítimas do comunismo. Defensor dos direitos humanos e dos trabalhadores na Polónia, foi torturado e assassinado na noite de 19/10/84 por três oficiais da polícia secreta, vindo o seu funeral a transformar-se numa das maiores manifestações contra o regime comunista e o seu túmulo num lugar de peregrinação, o que precipitou a queda do regime. 

 

Na homilia de 19/10/84, ou seja, na homilia do dia em que foi raptado e assassinado, profere uma frase que encerra o mistério da fé de todos aqueles que acreditam que a liberdade é um valor que nos transcende e pelo qual vale a pena dar a vida: «A nossa filiação divina traz nela a herança da  Liberdade.» 

 

Os seus executores e os seus mandantes, na sua irracionalidade, não perceberam que apenas podiam matar o homem e que, ao fazê-lo, o povo que reprimiam, filho único de Popieluszko, iria receber uma pesada herança: a Liberdade.

 

Para responder às novas necessidades da economia e da sociedade portuguesa, a estratégia terá que contemplar o seguinte:

     - Um compromisso político sobre a governação nos próximos anos, sobre a reforma do funcionamento do sistema político que corrija os erros e evite a sua repetição no futuro, que promova um maior escrutínio por parte da sociedade e assegure a reforma profunda do Estado. Isto incluirá uma revisão constitucional.

     - Uma estratégia económica que promova a valorização dos recursos nacionais, um aumento das exportações e uma substituição de importações. Mas esta estratégia não pode arrancar nas actuais condições do acordo com a troika. Por isso, exige um acordo com a União Europeia que incluirá uma solução monetária - mas sem saída do euro - uma reestruturação da dívida pública organizada e aceitável pelos mercados. Estes dois elementos são fundamentais para que o país possa investir em simultâneo com a redução do consumo, o que hoje se tornou impossível.

     - E uma componente social que visa dotar a sociedade de melhores meios de resposta e de coesão social, ficando menos dependente do Estado. É um reforço do Estado social, mas pelo lado da sociedade! (...) 

 

Por isso, deixo um apelo à coragem dos dois jovens líderes (do PSD e do PS). Não percam tempo com questões menores!

Como disse um dia um conhecido diplomata, "as nações e os homens tendem a agir com sabedoria, depois de esgotadas as alternativas"!

 

Ventura Leite (militante do PS) - Público 15/10/11

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Agora que a factura apareceu à porta da República da Dívida Portuguesa, toda a gente fala sobre a necessidade de repartirmos os sacrifícios. (...)

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Mas união e altruísmo não são o que mais se espera. (...)

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Pelo contrário: o Estado era visto como uma entidade perpetuamente disponível em que o primeiro a chegar se servia. Os políticos eram escolhidos, não porque cortassem esta espiral autodestrutiva, mas porque a alimentavam o mais que podiam. Daí que os tais ganhos que hoje se revelaram ilusórios também não fossem propriamente sentidos como legítimos. A legitimidade não era tema que importasse à maioria que foi exigindo do Estado a satisfação das suas pretensões. O que contava eram oportunidades negociais, leis inamovíveis, privilégios de acesso ao poder, distribuição de rendas entre amigos e uma maciça compra do consentimento popular. Sabiam todos com que linhas o poder se cosia.

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(...) Somos todos cúmplices da mesma mentira organizada de que iríamos conseguir suportar infinitamente uma despesa pública crescente com dívida pública.

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Chegou por isso a altura de cada um destes grupos parar de olhar para o lado e pensar que a verdadeira triagem tem de começar dentro de casa. Foi do interesse dos funcionários públicos terem votado em dirigentes políticos que decidiram o aumento sem critério de funcionários excedentários, tantas vezes colocados como clientelas dos partidos? Foi útil para os trabalhadores de empresas públicas terem fechado os olhos à ausência de regras de disciplina financeira que só facilitaram o desperdício e a irresponsabilidade? Valeu alguma coisa aos portugueses terem sido tão sistematicamente negligentes com os políticos que elegeram em troca de paraísos impossíveis? Enquanto não se aperceberem das suas próprias ilusões e enganos, os grupos organizados que compõem a República da Dívida Portuguesa não estarão em condições de aceitar a vida nova que os tempos exigem.

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Pedro Lomba - Público de 26/10/11

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Não há como uma crise para que o país se volte para o sector privado e lhe pergunte pelos lucros, pelos investimentos e pelos postos de trabalho. Todos aqueles políticos, sociólogos e legisladores que nos tempos de abastança olham sobranceiramente para o sector privado como se este estivesse contaminado pelo princípio do lucro, que inventam dezenas de taxas, licenças, certificações e comprovativos que mantenham sob a rédea estatal a actividade económica, uma vez chegada a crise mostram-se despeitados pelo facto de os privados não estarem a gerar riqueza.

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Como as empresas privadas não nascem assim por invectiva do pensamento mágico, a fase seguinte destes estatistas à beira de um ataque de nervos pelo decréscimo do dinheiro que sustenta aqueles serviços ditos gratuitos e projectos intervencionistas tanto do seu agrado passa, em primeiro lugar, por sugerir aos empresários que invistam em projectos da rentabilidade tão óbvia mas tão óbvia que só apetece perguntar àqueles que assim falam por que não aplicam eles mesmos as suas poupanças em tais empreendimentos. (...)

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Não esqueçamos, uma vez terminado este calvário, que não somos um país rico e que ninguém nos paga não só as crises mas também as consequências do que inscrevemos no Diário da República, sejam direitos que não se podem sustentar sejam os planos dos nossos governos para fazer Portugal crescer.

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Helena Matos - Público de 27/10/11

27 Out, 2011

O "INDEPENDENTE"

Vasco Pulido Valente - Público de 16/10/11

 

Este Governo tem um número anormal de "independentes", coisa que em princípio parece meritória ao cidadão comum. Mas será? Para começar, conviria saber o que é um "independente". É um senhor (ou uma senhora) que nunca por nunca se interessou por política e menos por política partidária, e que votou sempre segundo a sua "consciência", ou conveniência, sem se interessar se votava no PS, no PSD, no CDS ou no diabo em pessoa? Admito que haja por aí esse animal indefinido, embora não conheça nenhum. É, pelo contrário, o "independente" um cidadão desconhecido que conseguiu o milagre geométrico de ser, como se dizia, "equidistante" dos grupos e grupelhos que por aí andam? Ou é um sábio fechado num gabinete inacessível, que sabe ao certo o remédio para salvar a Pátria e está calado por humildade cristã e científica?

Em grosso, não penso que o "independente" seja nada disto, pela simples razão que não acredito na "independência" do "independente". O "independente" costuma esvoaçar à volta à volta dos grandes grupos de interesses, dos lobbies universitários, do PSD e do PS. Verdade que não frequenta sessões de militantes, nem se candidata a cargos que o possam pôr em evidência pública. Prefere o género "encontro", "simpósio", "seminário" ou conferência, onde se roça com assiduidade pela gente importante e, principalmente, pela gente séria e onde com o tempo (com pouco tempo) começa ele próprio a adquirir sem excessivo esforço a sua reputação de importante e sério. Não incomoda ninguém, não provoca ninguém, quase não se nota e é útil para encher uma cadeira ou fazer uma pergunta.

Mas não se imagina que o "independente" escolhe ao acaso, como um pássaro tonto, os meios por onde circula e as relações que laboriosamente angaria. Sabe perfeitamente para onde sopra o vento: onde poisa o PS e onde poisa o PSD. Quem tende a "subir" e quem tende a "descer" e, portanto, para usar o termo pornográfico corrente, em quem deve "apostar". Depois de uma eleição ou de uma remodelação, muitas vezes até ganha. Serve para tapar um "buraco", para afastar um apoiante incómodo, para resolver com mansidão e "neutralidade" uma querela entre dois "caciques". A televisão e os jornais declaram o "independente" uma "cara fresca" e ele entra esfusiante pelo Estado dentro na completa ignorância do que sejam a administração e a sociedade portuguesa. Para naturalmente fugir dali a uns meses como um sendeiro triste, à procura de um novo dono. 

27 Out, 2011

CARTA A UM FILHO

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Sei que muitos andam por aí a culpar "os políticos". Têm razão: houve muita irresponsabilidade política, houve dolo e houve corrupção. Há alguns figurões a que nunca perdoarei, e espero que o país não perdoe. Mas eu não culpo só "os políticos". Ou só "os banqueiros", apesar de estes também terem contribuído para a irresponsabilidade do festim. Eu culpo também uma nação que se embebedou com a ilusão da riqueza fácil, do sonho de "ser como os outros europeus" no espaço de uma década.  (...)

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Nasceste, como eu nasci, num país de cultura atávica. Num país onde se prefere a protecção do nepotismo ao risco da emancipação. Um país habituado à segurança, mesmo que na pobreza relativa. A revolução não nos mudou, apenas transformou tudo em direitos. Os empregos tinham de ser para a vida, de preferência empregos no Estado. Ninguém pôde tocar nas rendas antigas, pelo que a minha geração teve de ir á procura de casa própria e a tua... nem isso. Os despedimentos são tabu. Houve até quem assumisse "direitos" como a reforma aos 55 ou 56 anos.

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Neste país não há profissões: há posições. Quem as ocupa chama-lhes suas, e barra os caminho a todos os competidores. Neste país não há feriados: há "pontes" e fins-de-semana alargados. Neste país detesta-se a avaliação: somos todos "bons" ou "muito bons". Neste país fala-se muito dos jovens, mas não há oportunidades nem bons olhos para os mais novos. (...)

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O que se passou no Estado - por via de vários governos centrais, dos governos regionais e das autarquias - foi muito pior. Inventaram-se expedientes para continuar a gastar sem pagar. Já deves ter ouvido falar das PPP"s, mas são só uma parte do problema. Há empresas públicas fictícias que, para financiar o Estado, lhe compram os imóveis e, depois, lhos alugam. Outras que fazem as obras para as quais não há (nem havia) dinheiro, como nas escolas. Outras, como as de transportes, que são veículos de endividamento. Se na Madeira se construiu uma marina que nunca teve barcos, em Lisboa há outra marina na Expo que nunca serviu para nada e em Beja um aeroporto vazio. O Alqueva já consumiu milhões e ainda não rega um hectare. E por aí adiante. A lista é infindável e o espantoso é que os autores dos desmandos andam por aí a rir e a atirar setas aos que, agora, tentam consertar a casa em ruínas.
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Vivemos de mentiras - votámos mesmo em mentiras apesar de vários alertas - e na ilusão de que o dinheiro chegaria sempre. Não chegou. A factura que estamos a pagar é imensa. A que te vamos deixar, além de imensa, é imoral. (...)

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José Manuel Fernandes - Público de 21/10/11

CONTRATO DE SERVIÇOS DE CONSULTA JURÍDICA

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Nº 13 - Proposta de Deliberação da Presidente da Câmara, remetendo para aprovação, parecer elaborado nos termos da Portaria 4-A/2011, de 3 de Janeiro, com vista à renovação do contrato de aquisição de serviços de consulta jurídica, celebrado com Ana Paula Milho.

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Deliberação: Por maioria, com a abstenção da Vereadora eleita pelo PSD Elsa Cardoso*, aprovar o referido parecer, com vista à renovação do contrato de aquisição de serviços de consulta jurídica, celebrado com Ana Paula Milho.

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 *O vereador Belém Coelho teve de abandonar de urgência a reunião

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 Ver Secção III do DOSSIÊ IV: CONCURSOS PÚBLICOS E CONTRATOS

CONTRATO DE CONSULTADORIA TÉCNICA

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Nº 12 - Proposta de Deliberação da Presidente da Câmara, remetendo para aprovação, parecer elaborado nos termos da Portaria 4-A/2011, de 3 de Janeiro, com vista à renovação do contrato de prestação de serviços de consultadoria técnica, celebrado com a A.R. Montalvo e Associados.

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Deliberação: Por maioria, com a abstenção da Vereadora eleita pelo PSD Elsa Cardoso*, aprovar o referido parecer, com vista à renovação do contrato de prestação de serviços de consultadoria técnica, celebrado com a A.R. Montalvo e Associados.

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* O vereador Belém Coelho teve de abandonar de urgência a reunião

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Ver Secção III do DOSSIÊ IV: CONCURSOS PÚBLICOS E CONTRATOS

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