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Antes de ler o artigo publicado hoje no Mirante on-line, peço-lhe para ler ou reler os artigos «NÃO HÁ DUAS SEM TRÊS» (publicado aqui em 2/4/2010 e no jornal Nova Aliança) e «O MUSEU E O IC9» (publicado aqui em 29/3/2010 e no jornal Nova Aliança).
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Afinal quem tinha razão? Era ou não uma irresponsabilidade avançar com a construção de um museu com esta grandeza?
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E quem eram afinal os irresponsáveis: os vereadores do PSD que consideravam uma irresponsabilidade insistir na construção de um museu com esta grandeza, tendo em conta a nossa situação económica, ou os socialistas, os independentes e os centristas que consideravam uma irresponsabilidade a posição dos candidatos e vereadores do PSD de se oporem à construção de um museu com esta grandeza?
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in Mirante on-line de 23/10/11
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A Câmara de Abrantes anunciou esta sexta-feira, dia 21, não ter condições para construir o Museu Ibérico de Arqueologia e Arte (MIAA) nos moldes anunciados, afirmando que o mesmo vai ser edificado de forma faseada.
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Em declarações à agência Lusa, à margem das II Jornadas Internacionais do MIAA, que se realizaram ontem em Abrantes, a presidente da autarquia, Maria do Céu Albuquerque, reafirmou a intenção de "honrar um conjunto de compromissos assumidos", mas referiu que, "atendendo à actual conjuntura, seria irresponsável" avançar para este investimento nos moldes em que estava previsto.
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"Hoje não temos essas condições e não podemos de todo avançar com um investimento desta grandeza de uma só vez", vincou.
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Promovido pelo município e pela Fundação Estrada, o MIAA tem o propósito de apresentar as colecções de arqueologia, de história e de arte, desde a pré-história até à época contemporânea, reunidas pelas duas instituições, e ainda duas colecções do escultor Charters de Almeida e da pintora Maria Lucília Moita.
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Com um investimento inicialmente estimado de 13 milhões de euros e projecto desenhado pelo arquitecto Carrilho da Graça, a criação do MIAA implica a construção de uma torre de 27 metros para acolher as cerca de cinco mil peças que integram as colecções de ourivesaria, numismática, armaria, arquitectura romana, medieval e moderna e arte sacra dos séculos XVI a XVIII, entre outras colecções que Ernesto Estrada recolheu ao longo de meio século, e cujo acervo será cedido à Câmara de Abrantes através de protocolo.
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Segundo Maria do Céu Albuquerque, o MIAA vai ser construído por duas fases, a primeira das quais englobando a requalificação e musealização do Convento de São Domingos, no âmbito de um projecto de regeneração urbana.
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"A construção da torre vai ficar para uma segunda fase e avançará quando e se as condições o proporcionarem", referiu à Lusa, adiantando que o projecto MIAA está a ser "reequacionado" tendo em vista a requalificação do Convento de São Domingos e a sua capacidade de poder albergar exposições parciais das quatro colecções que o deverão integrar.
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Céu Albuquerque disse ainda que o valor de construção do MIAA, "no âmbito da primeira fase", cifrar-se-á em montantes "muito inferiores" aos 13 milhões de euros anunciados.
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"O projecto ainda está a ser ultimado mas custará bastante menos, talvez cinco milhões de euros, não mais, até porque a construção da torre ficará para mais tarde", vincou.
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Ver secção (I) do DOSSIÊ II: Museu Ibérico