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COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

02 Jul, 2013

PORTUGAL

 

«Ao contrário do que é voz corrente, Portugal não está numa encruzilhada,

 mas num beco. Obviamente sem saída.»

 

(Alberto Gonçalves - DN de 30-6-2013)

02 Jul, 2013

A DEMOCRACIA

José Pacheco Pereira - Público de 29-6-2013

 

(...) Eles queriam que a democracia fosse uma espécie de sala esterilizada, em que num canto estavam uns monos, também esterilizados, que faziam o papel do "outro", da oposição. Para isso já têm o Seguro, que é o seu seguro. O problema é que a democracia não é uma sala estéril de um laboratório, onde eles pudessem fazer sem sobressaltos a sua construção de Lego utópico, onde as greves seriam sempre puramente simbólicas ou, melhor, só existissem no papel, e os bons portugueses, mesmo que discordassem, aceitariam a autoridade natural de quem sabe e manda. (...)

02 Jul, 2013

LEGITIMIDADES

Vasco Pulido Valente - Público de 9-6-2013

 

A esquerda e algumas notabilidades do PSD andam por aí a espalhar uma ideia perigosa: a ideia de que um Governo deve ser substituído quando cria um grande descontentamento público (desce nas sondagens, por exemplo, ou é vaiado a cada canto da província). Ou seja, quando perde a legitimidade de exercício. Ora, a legitimidade de exercício era precisamente o que a Ditadura invocava para justificar a sua existência e a sua longa duração. Marcelo, principalmente, insistia muito nesse ponto. Se o povo estava contente, não havia qualquer razão para mudar, nem, como é óbvio, para fazer eleições. As coisas falavam por si. Que o radicalismo resolva hoje recorrer ao mesmo tipo de argumento (embora em sentido inverso) não tranquiliza ninguém e dá uma impressão, de resto falsa, da fragilidade da lei e do Estado. (...)

 

Se Cavaco aceitasse esta louca lógica, dali em diante nada impediria que uma manifestação ou uma assuada chegassem para liquidar um Governo. E, se não chegassem, um tiro ou um ou outro espancamento bastariam. Pouco a pouco, o verdadeiro poder acabaria por se transferir para pequenos grupos de activistas (sem unidade ou programa), capazes de encher a Av. da Liberdade, o Rossio ou Terreiro do Paço. O Presidente ficaria reduzido a convocar eleições sobre eleições ou até a engolir o resultado do último tumulto. Não percebo por que motivo esse belo sistema beneficiaria a esquerda ou as notabilidades do PSD que hoje colaboram com ela. A seguir a Passos Coelho e a Paulo Portas seriam elas, com certeza, as vítimas designadas. Tudo se paga neste mundo.