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COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

12 Out, 2013

O colapso

João Pereira Coutinho - CM de 4-10-2013

Existem duas formas de olhar para as autárquicas de domingo.

A primeira é fazer contas de merceeiro, atribuir a taça ao PS e dizer que o PSD está metido em apuros. A segunda é sair da mercearia e contemplar o espectáculo cá de fora: mais de metade dos portugueses não vota em ninguém, ou vota em branco, ou vota nulo, ou vota em candidatos extrapartidários. Vota em tudo (ou em nada), excepto nos partidos do regime que, sem surpresas, perderam juntos mais de 800 mil votos. O que se percebe: se o PS nos trouxe a ‘troika’, é duvidoso que PSD e CDS nos livrem dela.

A grande moral das eleições de domingo é que, com o colapso anunciado dos partidos do regime, é o próprio regime que está em causa. E para que o filme de terror seja perfeito, só falta mesmo a emergência de um populista articulado e perigoso, capaz de arregimentar uma metade do país contra a outra. Já estivemos mais longe.

12 Out, 2013

Parque esfolar

Paulo Morais - CM de 8-10-2013

A criação em 2007 da empresa Parque Escolar (PE), cuja missão seria modernizar a rede escolar pública, foi um erro colossal de José Sócrates. E não se entende porque, ao fim de mais de dois anos de governo, Passos Coelho ainda não extinguiu este organismo caro e inútil.

A ideia era, à partida, excelente: quem não quer melhorar as condições de ensino dos nossos filhos? Mas cedo se transformou num pesadelo. Na reabilitação das escolas incluídas no programa da PE, os investimentos foram inflacionados, privilegiou-se a criatividade artística, o luxo asiático, em detrimento da funcionalidade. Na maior parte das obras, nem sequer se consideraram espaços para gabinetes de professores. As intervenções ficaram caríssimas.

Por outro lado, a eficiência térmica dos edifícios raramente foi equacionada, nem tão-pouco foram previstos os custos de manutenção e conservação. Há escolas que dispõem hoje dos mais avançados sistemas de ar condicionado, mas não têm orçamento para o seu funcionamento. Os candeeiros são de autor, mas a substituição das lâmpadas não é possível, pois os custos são incomportáveis. Com equipamentos desativados por falta de verbas, os edifícios tornam-se desconfortáveis e impróprios à prática do ensino.

Acresce que o modelo geral de financiamento das obras foi em regime de parceria público-privada, ou seja, ruinoso. A celebração de contratos com privados para a execução dos projetos acarreta agora o pagamento de rendas incomportáveis. Os construtores do regime, bafejados com estas intervenções da PE, estão no paraíso, usufruindo, sem qualquer risco, de elevadas rentabilidades face ao capital investido.

Afortunadas são também as sociedades de advogados que a PE contrata, tantos são os litígios decorrentes da sua incompetência. Só em 2013, em serviços jurídicos, já houve adjudicações de quase um milhão de euros. Os escritórios dos ex-ministros Rui Pena, José Luís Arnaut e Nobre Guedes são os principais contemplados.

O inferno, esse, está reservado a alunos e professores, ora instalados em obras megalómanas com manutenção deficiente. E árdua deve ser a vida dos diretores das escolas que têm de gerir verdadeiros palácios com orçamentos próprios de barracas.

12 Out, 2013

O Bloco

João Pereira Coutinho - CM de 5-10-2013

Para que serve o Bloco de Esquerda?

Durante anos, nem o próprio Bloco soube. Umas vezes, o Bloco assumia uma vocação mais ‘institucional’, apresentando-se como a esquerda do PS e até, quem sabe, parceiro possível para uma solução de governo. Outras, o Bloco continuava o mesmo grupelho adolescente e vociferante, que se recusava a falar com a ‘troika’ e que andava por aí a combater o piropo.

Os portugueses, cansados da esquizofrenia, foram decidindo a sorte do Bloco – primeiro, nas legislativas; e agora, nas autárquicas: o Bloco nem para caixote do lixo do descontentamento popular serve. Para isso, melhor votar em branco, ou nulo, ou até nem votar.

Hoje, a irrelevância do Bloco é apenas o resultado deste delírio: um partido anti-sistema às segundas, quartas e sextas; um partido do sistema às terças, quintas e sábados. Não admira que, aos domingos, votar no Bloco seja uma piada de mau gosto.

No passado dia 9 de Outubro de 2013, a AJAF deslocou-se ao Centro de Solidariedade Social da Freguesia do Souto, para desenvolver uma atividade ANIMOCENTRO, designada “Cestas da Fortuna”, a qual mobilizou cerca de 18 utentes do centro. Esta é uma iniciativa integrada no projeto “Juventude Ação na Solidariedade” 2013, promovido pela AJAF-Associação Juventude Ação no Futuro, com o apoio do programa FINABRANTES 2013.

Durante o período da manhã, cada utente elaborou a sua cesta da fortuna, que posteriormente levaram para as suas casas. Desta forma proporcionámos a ocupação saudável e criativa, do tempo livre dos/as utentes do Centro de Solidariedade Social da Freguesia do Souto, assim como promovemos o estímulo e desenvolvimento das suas capacidades físico-cognitivas, promovendo a autoestima e o bem-estar.