Goëthe (frase) e fotos de Évora
A frase é de Goëthe ("Remar contra a maré é difícil mas enrijece") e as fotos são de Évora (as da coluna lateral são de João Dias e Ricardo Fidalgo)
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A frase é de Goëthe ("Remar contra a maré é difícil mas enrijece") e as fotos são de Évora (as da coluna lateral são de João Dias e Ricardo Fidalgo)
"A TERRA DE NINGUÉM", como o próprio nome indica, é uma reflexão extremamente crítica à governação de uma geração de eucaliptos que reduziu o território português à estreita faixa litoral Lisboa/Porto e o espaço do debate público à estreita faixa dogmática do politicamente correcto.
Um pequeno território com oito milhões de habitantes é uma pequena cidade. Acontece que os sucessivos governos, em vez de governarem Portugal como se fosse uma cidade, governam Lisboa como se fosse o país.
Tenho a consciência de que a guerra contra a ditadura dos eucaliptos é uma guerra perdida mas aqueles que vivem a leste da A1, a verdadeira fronteira de Portugal, têm o dever de resistir até ao último homem.
O sucesso desta minha iniciativa depende, obviamente, da mobilização dos meus amigos e conhecidos. Sem a vossa ajuda, todo o esforço será inútil.
Venho, por isso, pedir-vos para colaborarem, participando nas apresentações do livro que vão tendo lugar a partir do próximo dia 27 de Abril, em Évora, e divulgando-as junto dos vossos amigos e conhecidos:
ÉVORA – 27 de Abril, às 18H, na sede do Conselho Distrital de Évora da Ordem dos Advogados (oradores: Dr. João Alves Pimenta, Dr. Carlos Florentino e Dr.ª Maria José Espadeiro)
VISEU – 8 de Maio, às 18H, no Clube de Viseu (oradores: Dr. Amândio Pires de Almeida e Juiz Conselheiro Dr. José Mesquita)
LISBOA – 11 de Maio, às 18H, na sede da Ordem dos Advogados (oradores: Dr.ª Elina Fraga e Juiz Conselheiro Dr. Abrantes Geraldes).
ABRANTES – 14 de Maio, às 21H, na Biblioteca Municipal (oradores: Dr. Eurico Heitor Consciência, Dr. Rolando Silva, Dr.ª Ana Soares Mendes, Margarida Trincão e Dr. Francisco Lopes)
PORTALEGRE – 23 de Maio, às 18H, na Praça do Município (oradores: Dr.ª Adelaide Teixeira, Dr. António Pratas, Dr. Manuel Isaac Correia e Dr. Jorge Mangerona)
PONTE DE SOR - 28 de Maio, às 18H, no Centro de Artes e Cultura, integrado na Feira do Livro (oradores: Dr.ª Maria João Adegas e vereadora Dr.ª Sérgia Bettencourt)
SETÚBAL - 29 de Maio, às 18H, na delegação da Ordem dos Advogados (oradores: Dr. Rui Chumbita Nunes e Juiz Conselheiro Dr. José Fonseca da Paz)
BARCELOS - 30 de Maio, às 12H, no Colégio La Salle
Estão ainda por agendar sessões de apresentação em Bragança (Junho), Monforte (Junho) e Arronches (Julho).
Pedro Sousa Carvalho - Público de 24-4-2015
António Costa encomendou a um grupo de 12 economistas a preparação de um documento que servirá de inspiração para a elaboração do programa eleitoral dos socialistas. Agora caberá aos órgãos sociais do PS fazer uma avaliação política. Na comissão política nacional do partido já houve quem torcesse o nariz e olhasse para a proposta do “despedimento conciliatório” como uma grande guinada neoliberal. Não é de admirar. Grande parte das ideias do documento, sobretudo as relacionadas com o mercado de trabalho, vem dos trabalhos e dos livros de Mário Centeno, um economista que veio de Harvard com ideias liberais. Um académico que, por exemplo, em relação ao salário mínimo nacional, tem uma opinião diametralmente oposta à de António Costa. O que só abona em favor de Costa o ter contratado. Economistas "yes-man" já os deve ter de sobra no Largo do Rato.
Mas como já admitiu o secretário-geral do PS, “este é um relatório técnico, não é a Bíblia, nem estes senhores, que são economistas, são os apóstolos”. São doze, mas é mera coincidência. Não são apóstolos, mas são crentes. Se algum dos apóstolos se chamasse Tomé e olhasse para as previsões do cenário macroeconómico do PS, era capaz de desconfiar e de querer ver para crer. Desemprego de 7,4% no final da década? E a maioria prevê 11,1%? Mas isto são previsões de economistas. Valem o que valem, ou seja, valem muito pouco. Outros 12 economistas que não estes seriam capazes de jurar a pés juntos que as previsões são outras e não estariam a blasfemar. (...)
António José Fernandes - Público de 23-4-2015
A Constituição da III República Portuguesa (CRP), promulgada em 2 de Abril de 1976, estabeleceu, na sua versão original (artigo 155.º), que "os deputados são eleitos segundo o sistema eleitoral de representação proporcional e o método da média mais alta de Hondt" e que "a lei não pode estabelecer limites à conversão dos votos em mandatos por exigência de uma percentagem de votos nacional mínima". (...)
Ora, sabendo-se que o processo de representação proporcional seguindo o método de Hondt é grandemente injusto, pois beneficia significativamente os partidos políticos de grande expressão eleitoral em prejuízo dos partidos mais pequenos, (...) e sabendo-se também que as listas fechadas expressam a vontade dos directórios dos partidos políticos e limitam a liberdade de escolha dos eleitores, impedindo-os de votar nos candidatos da sua preferência; por que razão não se aproveita este período pré-eleitoral para se proceder à alteração do sistema eleitoral em vigor? (...)
Para esse efeito, não é necessário modificar a geografia eleitoral, nem substituir o processo de representação proporcional plasmado na CRP de 1976 desde a sua origem. Basta introduzir duas pequenas alterações na Lei Eleitoral que está em vigor, a saber:
a) Substituir o método de Hondt pelo método dinamarquês, que consiste em dividir os votos obtidos por cada partido ou coligação por 1, 4, 7, 10, 13, etc., em vez de os dividir por 1, 2, 3, 4, 5, etc., como estabelece o método de Hondt;
b) Introduzir o direito de voto preferencial e, consequentemente, possibilitar a apresentação de candidaturas por listas abertas, ordenando os candidatos por ordem alfabética nas respectivas listas, permitindo aos eleitores que votem no partido político da sua preferência e que, dentro da lista deste, escolham o seu candidato preferido.
E, assim, serão inteiramente salvaguardados e respeitados os princípios da liberdade, da igualdade e da proporcionalidade, e Portugal terá o sistema eleitoral mais justo e democrático do mundo.
A Farmácia Vaz foi distinguida com o 1° Prémio na categoria de Projectos e Serviços no VIII Encontro das Farmácias Holon que decorreu na Figueira da Foz.
PARABÉNS à equipa da Farmácia, aos utentes e a Cabeço de Vide.
José Pacheco Pereira - Público de 4-4-2015
Não há tão bom revelador do que é a elite portuguesa do que a maneira como trata os mortos que entende serem “seus”. O festival de hipocrisia que avassala Portugal sempre que morre um consagrado “consensual” revela as nossas enormes fragilidades no espaço público, e uma mistura de reverência oca, de ignorância, de imenso provincianismo e de uma ritualização pobre e subdesenvolvida. E aqui os media e o poder político vivem em simbiose total.
Merecem Eusébio, Herberto Helder, Manoel de Oliveira, José Silva Lopes, as homenagens dos portugueses? Merecem sem dúvida, mesmo do “país” se o houvesse. Só que não merecem estas “homenagens” político-mediáticas que tornam cada uma destas figuras peças de cera de um museu morto, que se empacotam numa prateleira logo que termina a exploração da sua morte e venha o esquecimento.
Deixemos Eusébio que tem características especiais, uma das quais ser, nesta lista, o único conhecido pelo povo e o mais “sentido” pelo povo (...)
Todos os outros são praticamente desconhecidos pela maioria dos portugueses, e se formos a falar da sua obra, então são tão remotos ao comum do povo como Xenófanes de Cólofon. (...)
Querem comemorar os nossos mortos consagrados? Ajudem os vivos a percebê-los e não a colocá-los numa prateleira, receando que o que haja de subversivo na sua criação saia de lá e chegue à rua. O poder precisa de múmias e não de arte ou cultura, e, nestes dias, a indústria de mumificação está em pleno.
A frase é de Thomas Morus ("Se Deus não nos reservar mais do que Justiça, ninguém se salva.") e as fotos de Tomar, a cidade templária.
Vasco Pulido Valente - Público de 11-4-2015
Ao que parece o dr. Cavaco está muito orgulhoso de ter levado esta legislatura até ao fim. Houve “estabilidade” e não houve qualquer das barafundas que ele classifica de “anormalidades”. Pior ainda: agora resolveu também declarar que não dará posse a um governo minoritário, embora haja grandes dúvidas sobre a legalidade desse propósito.
Hirto e rígido, o dr. Cavaco, apesar de 20 anos de poder, nunca verdadeiramente percebeu o que era a política, como não percebe o enorme problema que a sua obstinação criou ao país. Basta pensar. A Constituição proíbe que a Assembleia da República seja dissolvida nos seis primeiros meses do seu mandato. Se as legislativas forem no fim de Setembro ou no princípio de Outubro, isto quer dizer que a nova Assembleia irá durar até, pelo menos, meados de Abril e, contando com o tempo para eleger outra, não existirá um governo em Portugal antes de Junho de 2016.
Compreendo que este pequeno pormenor não aflija de sobremaneira o dr. Cavaco, a partir de Janeiro oficialmente morto e a partir de Fevereiro instalado no admirável conforto do Algarve e da reforma. Mas nós, sem meios para sair do mundo, devíamos pensar um bocadinho no que nos vai suceder. (...)
A partir de Outubro, Portugal ficará assim ao Deus dará – sem autoridade ou direcção – e o castelo de cartas financeiro, que Passos Coelho pôs pouco a pouco em pé, cairá com estrondo para desgosto da gente “razoável” e prejuízo dos portugueses. Aconselho por isso a inocência nacional a aproveitar bem o Verão.