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COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

Paulo Falcão Tavares

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Abrantes tem dois monumentos ao Santo Condestável, um no Outeiro junto ao Castelo/Fortaleza e outro um nicho na avenida de Aljubarrota, quase na Abrançalha. O primeiro está votado ao abandono pelas autoridades locais desde finais do seculo passado. Este ultimo serve actualmente de retrete pública…

Neste ano de 2015, veio uma equipa de televisão norte americana, tentar fazer um filme sobre o santo Nuno que esteve nesta cidade diversas vezes. A produção não conseguiu obter qualquer imagem nos dois monumentos já citados, devido ao estado vergonhoso dos mesmos. A realização deste documentário era para o Canal de História. O realizador Paul Perry, tal como toda a equipa de fotógrafos e assistentes galardoados com diversos prémios internacionais comentaram que não compreendiam o estado decadente dos monumentos de tão importante personagem nacional.

Abrantes uma vez mais ficou mais pobre, sem filme e sem boa publicidade.

Acreditamos que com este artigo e chamada de atenção alguém medite sobre esta situação patrimonial gravíssima. Não está em causa o santo, nem o herói português, mas sim as autoridades locais que tem o dever de zelar pelos nossos monumentos e ainda por cima classificados. Que a Câmara esbanje 6.000 euros a adquirir livros do Carrilho da Graça, que nada valoriza o concelho, achamos mal, mas que diga não ter meios para caiar ou limpar monumentos seus é outro assunto…

Enquanto tivermos gestores culturais e outros que por serem de esquerda, ou se dizerem de esquerda, não querem cuidar do nosso património cultural por ser ligado á Igreja ou a um passado que não desejam perpetuar, estamos no caminho errado.

Estranhamos a Presidente de Câmara que quando precisa dos votos do eleitorado católico, se vá enfiar na Igreja de S. Vicente na hora das missas, para que os fiéis a vejam…

Cultura, património e história são assuntos sérios para os quais tem de existir profissionais conhecedores e competentes.

O povo (o voto) conquista-se com fado, futebol e barriga cheia, disto já todos sabemos: nestas festas da cidade de 2015, houve disto e o povo vota. Mesmo que fique horas em filas para atravessar a Ponte sobre o Tejo no rossio, sabendo que teria sido possível ter uma outra ponte ao lado, para evitar demoras, que prejudicam a todos os abrantinos. Mas como a Presidente quando precisa de a atravessar põe os batedores policiais a abrirem caminho! Manias de pobre e de terceiro mundo…

Abrantes precisa urgentemente de outro rumo, de mudanças, de nova estratégia concelhia.

Abrantes dia a dia definha, perde valor e gente jovem. Quantos têm de sair do seu concelho, para trabalhar, porque outros de fora ocupam os seus lugares.

Precisamos de uma revolta como a que o grande D. Nuno A. Pereira provocou, não esqueçamos que foi nesta terra de Santa Maria, que o herói convocou o Conselho de Guerra, daqui nos deu a vitória sobre os de fora, os castelhanos, o inimigo, aqueles que se vendem ao vil metal…

Abrantes precisa urgentemente de valores morais, de abrantinos bairristas, não de arrivistas e de políticos de mãos sujas, como diz o Sumo Pontífice Papa Francisco.

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Henrique Neto foi recebido pelo Presidente da Câmara Municipal do Porto, Dr. Rui Moreira. Nesse encontro, o candidato presidencial apresentou as suas preocupações relativamente a:

1. Que é inaceitável que os Movimentos de Cidadãos (MC) que concorreram às eleições autárquicas, muitos dos quais aceites pelo voto popular, continuem a ser tratados de forma discriminatória relativamente aos partidos políticos;

2. Que é urgente que a Constituição e as leis eleitorais sejam revistas no sentido de permitir a existência de listas de Movimentos de Cidadãos em todos os actos eleitorais, nomeadamente para a Assembleia da República.

3. Que é essencial que a Assembleia da República aprove desde já a legislação recomendada pelo Provedor de Justiça em 2011 e em 2013, no sentido de dar aos Movimentos de Cidadãos condições de não discriminação relativamente aos partidos políticos, tais como:

  • A concessão também às candidaturas de grupos de cidadãos da isenção de impostos, tais como IVA na aquisição e transmissão de bens e serviços, imposto de selo, contribuição autárquica, imposto automóvel nos veículos, isenção de taxas de justiça e custas judiciais, etc., isenções essas concedidas aos partidos políticos;
  • Que se possibilite às candidaturas de grupos de cidadãos a sua identificação nos boletins de voto através de símbolos próprios, à semelhança do que acontece com as candidaturas partidárias;
  • Dar aos Movimentos de Cidadãos estatuto legal que impeça a situação hoje existente de extinção desses movimentos no dia das eleições, condição discriminatória que permite todo o tipo de arbitrariedades levadas a cabo por executivos autárquicos sobre os cidadãos eleitos pelo povo;
  • Terminar com o pedido arbitrário de muitos Tribunais de verificação da autenticidade e identidade das assinaturas dos proponentes, bem como de todas as burocracias discriminatórias e dos custos correspondentes.

Henrique Neto frisou ainda que o desrespeito pela vontade popular expressa em eleições livres relativamente aos Movimentos de Cidadãos, é uma mancha democrática do nosso sistema político que deve terminar, sendo a Assembleia da República responsável por que isso aconteça com urgência.

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Por mais um ano consecutivo, a ACLAMA - Associação Cultural Os Amigos de Martinchel, promoveu no passado domingo, dia 21 de Junho a sua Sardinhada, que contou com cerca de 40 participantes.

Para além da bela da sardinha, boa bebida, e sobremesas deliciosas, a ACLAMA proporcionou a todos/as os/as presentes um momento especial e de entretenimento, dinamizado por elementos do grupo “Martinchel Acolhe” e por alunas das aulas de zumba e ginástica, que apresentaram duas marchas populares para animar o evento. Muitos foram os aplausos, frisando a importância desta iniciativa que une a população da freguesia de Martinchel.

25 Jun, 2015

Um povo camaleão

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Se colocarem um português em França, ele é francês; se colocarem um português na Alemanha, ele é alemão; se colocarem um português na China, ele é chinês. Basta, aliás, um português pôr o pé do outro lado da fronteira para começar logo a falar espanhol.

Esta capacidade inata que nós temos de nos adaptarmos a qualquer meio foi a defesa que o nosso povo encontrou para sobreviver a condições muito adversas que lhe foram impostas pela geografia e pela história. Por um lado, o facto de sermos um povo pequeno num país com poucos recursos obrigou-nos a emigrar e a correr mundo, a maioria das vezes entregues a nós próprios. Por outro lado, o facto de termos vivido trezentos anos sob o jugo da Inquisição, cinquenta anos em ditadura e cem anos governados por associações de malfeitores politicamente organizadas, aguçou o instinto de sobrevivência. Resumindo: por força da biologia, da geografia e da história, acabámos naturalmente por nos transformar num povo-camaleão.

Mas se esta capacidade de adaptação a países e culturas diferentes é uma vantagem decisiva para quem emigra, torna-se, pelo contrário, num enorme entrave ao desenvolvimento do país para os que decidem ficar. Esta é, aliás, uma das razões por que é tão difícil ser oposição em Portugal, afrontar o poder instituído, qualquer que ele seja, ou encontrar alguém que não seja adepto do Benfica, Sporting ou Porto. Os camaleões são sempre da cor de quem ganha e de quem está na mó de cima.

E foi, precisamente, por temer que Portugal, pelas opções políticas do tempo, já tivesse na forja este povo-camaleão que Camões no final de “Os Lusíadas” (estância 152 do Canto X) faz este apelo ao Rei: “Fazei, Senhor, que nunca os admirados /  Alemães, Galos, Ítalos e Ingleses, / Possam dizer que são pera mandados,/ Mais que pera mandar, os Portugueses./ Tomai conselho só d'exprimentados / Que viram largos anos, largos meses, / Que, posto que em cientes muito cabe, / Mais em particular o experto sabe.

O Rei não fez caso do Poeta e os portugueses acabaram, naturalmente, como hoje se pode constatar, por se transformar num povo que serve mais para ser mandado do que para mandar. Com efeito, um povo camaleão é incapaz de se auto-governar porque acaba sempre por eleger camaleões, ou seja, gente incapaz de liderar, que adquire as colorações dos poderosos a quem se encosta, das modas, dos vícios e dos modelos estrangeiros, sem ter sequer capacidade de os questionar e entender.

Além disso, ao adoptarem modelos estrangeiros, os nossos governantes convencem-se de que basta importá-los e impô-los para que os portugueses passem a agir e a comportar-se como os naturais dos países de onde esses modelos foram importados. Enganam-se redondamente. Um povo-camaleão não muda a sua natureza, por força da lei. Limita-se a copiar o que os líderes fazem, sem fazer caso do que eles escrevem.     

Se o professor, o juiz, o director de uma repartição ou de uma empresa, o presidente de uma instituição ou de uma câmara forem justos, trabalhadores, competentes e diligentes, todos os camaleões que estiverem sob a sua alçada ganham estas qualidades. Se forem incompetentes, desleixados, corruptos, prepotentes, os camaleões ganham os seus defeitos.

Se queremos efectivamente construir um Portugal melhor, só há um caminho e devia começar a ser já implementado em todas as escolas e repartições deste país, através da adopção de uma medida muito simples. Todas as escolas e repartições deviam afixar um letreiro à entrada com o seguinte dizer: “Neste local são proibidos todos os regulamentos internos escritos. O nosso regulamento interno é a conduta de quem dirige este local".

Se a lei for o exemplo, acabam-se as interpretações da lei e a necessidade legislar.

Maio de 2015

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A ACLAMA – Associação Cultural Os Amigos de Martinchel, promoveu no passado dia 20 de Junho de 2015, a 5ª Aula de Zumba aberta à comunidade na sede desta associação. Esta iniciativa apoiada pelo programa FINABRANTES, mobilizou 7 participantes. A aula teve início pelas 16h00, e compreendeu um momento de dança, exercício e convívio.

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