09 Jan, 2016
De Veneza
Veneza, 16 de Abril de 1995
Transforma-se o amador na cousa amada,
Por virtude de muito imaginar”
(Luís de Camões, sonetos)
Escrevo-te de Veneza
Na mesa
A caneta descansa
Sobre a folha branca
Do leito
Onde te deito
Minha mão
Sobre o teu peito
Feito
De saudade e solidão
Escrevo-te de Veneza
Amor
Na boca o calor
Da tua boca presa
E o sabor
Constante
Daquele voraz instante
Escrevo-te de Veneza
Amor
Com a certeza
Experimentada
Que no solar do sonhador
Pernoita a mulher amada