O ovo da serpente
Com a queda do muro de Berlim, o mundo ocidental respirou fundo e adormeceu tranquilo, convencido da impossibilidade de alguém poder pôr em causa, no século mais próximo, a sua segurança e o seu bem-estar físico e psicológico. Acontece que a boa vida corrompe o carácter e a coragem, tornando a gente fraca. E os líderes europeus, convertidos, por comodidade e cobardia, à religião politicamente correcta do multiculturalismo, permitiram a criação de autênticos enclaves, em território europeu, de comunidades imigrantes (sobretudo islâmicas) que se regem por leis próprias, muitas das quais ofendem abertamente a sociedade livre, democrática e laica onde estão inseridas.
Não é, pois, de estranhar que os europeus que vêem os seus líderes a tremer de medo perante os invasores que aterrorizam as comunidades residentes, fazendo-as sentir-se estrangeiras na sua própria terra, comecem naturalmente a dar ouvidos aos líderes populistas de direita e extrema-direita que prometem defender-lhes a integridade física, a liberdade de circular e de expressão e o património.
Dezembro de 2001