Pensamento(s) de Edmund Burke
Filósofo e político conservador irlandês
nasceu a 12 de Janeiro de 1729 e faleceu em 9 de Julho de 1797
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez só porque podia fazer muito pouco.»
«O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que o vêem fazer e deixam acontecer.»
«A aristocracia natural é uma voz permanente, serena mas firme, num oceano de mudança, que simplesmente aguarda o regresso do bom senso e do bom gosto.»
«O rei pode fazer um nobre, mas não um gentleman.»
«É irresponsável sacrificar uma geração em prol do bem da nação, empurrar comunidades inteiras para a pobreza ou destruir instituições que funcionam bem para assegurar um estado supostamente paradisíaco no futuro longínquo»
«Quando a estabilidade do navio é colocada em perigo por um excesso de peso num dos seus lados, estou disposto a levar o pequeno peso que representam as minhas razões para o lado oposto a fim de tentar estabelecer o equilíbrio»
«No meio de um povo geralmente corrupto a liberdade não pode durar muito.»
«A nossa pátria, para se fazer amar, deve ser amável.»
«Todas as sociedades precisam de um poder de controlo vindo de algum lugar: quanto menos ele vem de dentro, da adopção voluntária, mais ele virá de fora, da imposição de um poder central.»
«Quem confunde o bem com o mal é inimigo do bem.»
«O mundo moral admite monstros que o mundo físico rejeita.»
«A duração [das tradições e das instituições] não é valiosa para aqueles que pensam que pouco ou nada foi feito antes do seu tempo.»
«As pessoas não serão capazes de olhar para a posteridade se não tiverem em consideração a experiência dos seus antepassados.»
«As tradições são o banco geral e o capital das nações e das eras.»
«Nunca a Natureza afirma uma coisa e a sabedoria outra porque a lei da Natureza é a lei de Deus.»
«A arte é a natureza do homem.»
«Odeio a tirania. Mas odeio-a sobretudo quando são muitos os que estão envolvidos nela. A tirania de uma multidão é uma tirania multiplicada.»
«Em todos os governos, o mais seguro teste de excelência é a publicidade da sua administração, porque onde quer que haja secretismo, está implícita injustiça.»
«Sempre que há mistério em qualquer assunto de governação, deve presumir-se que há fraude; sempre que há encobrimento em matéria de dinheiro, deve presumir-se que houve má administração.»
«A harmonia social só é possível quando o povo se tiver esvaziado de toda a cobiça da sua vontade egoísta, coisa que, sem religião, é absolutamente impossível que consiga realizar.»
«A glória e a felicidade de um representante devem consistir em viver em estreita união, na mais estreita correspondência e na mais franca comunicação com os seus eleitores. É seu dever sacrificar o seu repouso, o seu prazer, as suas satisfações às deles e, acima de tudo, sempre e em qualquer caso, preferir o interesse deles ao seu. Mas não deve sacrificar-vos a sua opinião isenta, o seu juízo maduro, a sua consciência esclarecida; nem a vós, nem a homem nenhum, nem a nenhum grupo de homens existente. O vosso representante deve-vos, não apenas a sua diligência, mas o seu discernimento, e trai-vos, em vez de vos servir, se o sacrificar à vossa opinião.»
«Nunca existiu um homem que pensasse que não havia outra lei senão a sua própria vontade, que não descobrisse rapidamente que não tinha outro fim para as suas acções senão o seu próprio lucro. Todos os homens detentores de um poder incontrolado e discricionário que conduzisse ao engrandecimento e proveito da sua própria pessoa, acabaram sempre por abusar dele.»
«O candidato, em vez de confiar a sua eleição ao testemunho do seu comportamento no Parlamento, deve confiá-la ao testemunho de uma larga soma de dinheiro, ao poder de servir e cortejar os dirigentes das corporações, e de conquistar os dirigentes populares dos clubes políticos, das associações e dos bairros. Em quase todas as eleições de que tive conhecimento, era dez vez mil vezes mais necessário mostrar que se era um homem de poder do que se mostrar que se era um homem íntegro.»
«A lei humana pode ser rectamente mudada, na medida em que essa mudança responda a uma utilidade pública. Mas, em si mesma, a mudança da lei acarreta um certo detrimento para o bem da comunidade. Porque para a observância da lei contribui em muito o costume; a ponto que o que se faz contra o costume geral, mesmo que, em si mesmo, seja leve é, na verdade, grave. Porque, quando é mudada, a lei perde a sua força obrigatória, na medida em que destrói o costume. Portanto, a lei humana nunca deve ser mudada, a menos que, por outra parte, haja compensação para o bem comum relativa à parte derrogada da lei. E isto acontece: ou porque da nova disposição legal provém uma utilidade máxima e evidentíssima, ou porque havia máxima necessidade da mudança.»