Os alentejanos ao poder
A direita portuguesa é tão revolucionária como a esquerda (se não for mais), fruto do facto de muitos dos seus quadros provirem da extrema-esquerda. Por isso, quando ouvimos os líderes de opinião defenderem reformas estruturais, o que eles verdadeiramente defendem são revoluções estruturais, com a destruição e substituição de sistemas, organizações e instituições que consideram obsoletos e verdadeiros entraves à construção do Homem Novo Português e do Portugal Novo.
Infelizmente, nem os nossos políticos, nem os nossos comentadores, conseguem perceber uma coisa que é óbvia para qualquer alentejano: por mais que se legisle, os sobreiros não dão laranjas.
Ora, sem perceber isto, não vale a pena levar a cabo qualquer reforma estrutural. Um português não é, nem nunca será um alemão, um sueco ou um polaco. O nosso problema é cultural, não é estrutural.
Março de 2013