Santana-Maia Leonardo - Oficial da Guarda Vitoriana n.º338
A Guarda Pretoriana (Foto 1) era um corpo militar de elite formado para proteger os imperadores romanos e sua família. Vestiam-se de forma diferenciada e sempre mostraram o seu valor combativo de forma admirável.
A história da Guarda Pretoriana começa nos últimos anos do século I a.C. e nos primeiros do século I d.C. com Augusto, mas de facto sua real história é muito mais velha. O termo Guarda Pretoriana quer dizer "A Guarda do Pretório", ou seja, a parte central do acampamento de uma legião romana e onde ficavam alojados os oficiais superiores dessa legião.
A Guarda Pretoriana inspirou-se no corpo militar de elite da cidade grega de Esparta, denominado Guarda Vitoriana, temido por todos os exércitos do seu tempo, desde lampiões, lagartos e dragões, e que tinha a cargo a defesa dos valores sagrados da deusa Vitória. O lema da Guarda Vitoriana era "Vence quem crê no Vitória" (Foto 2).
A Guarda Vitoriana era temida sobretudo pelo seu carácter combativo e destemido. Bastavam meia-dúzia de vitorianos para se baterem de igual para igual com exércitos de três, quatro e seis milhões de soldados, sem que as pernas lhes tremessem ao ponto de os seus inimigos para os conseguirem vencer, serem obrigados a subornar árbitros, VAR, observadores, delegados, conselheiros, governantes, jornalistas e comentadores.
A batalha das Termópilas ainda é hoje uma das batalhas mais emblemáticas da história. A Guarda Vitoriana, comandada pelo Rei Leónidas e composta por 300 vitorianos, enfrentou e travou, durante três dias, o glorioso exército do Rei Dario, composto por seis milhões de lampiões. E, ao fim de três dias de combate sem conseguir derrotar a Guarda Vitoriana, foi necessário o rei Dario subornar o VAR para conseguir atingir os seus intentos.
No entanto, perante a fibra e o carácter demonstrado pela Guarda Vitoriana no campo de batalha, ficou célebre a frase do Rei Dario: "nós somos grandes, porque somos muitos, mas eles são ENORMES pelo seu carácter."
Após a guerra civil grega, a Guarda Vitoriana (Foto 3) fundou a cidade de Setúbal e ergueu um templo à deusa Vitória que ficou conhecido pelo Templo do Bonfim.
Outra batalha histórica, pela desproporção das forças em confronto, em que interveio a Guarda Vitoriana foi a batalha de Aljubarrota. A Guarda Vitoriana, chefiada por D. Nuno, manteve-se fiel ao Mestre de Avis, enquanto a esmagadora maioria dos portugueses, entre os quais os sete irmãos de D. Nuno, se colocava ao lado do glorioso exército castelhano, atraídos pelo poder e pela grandeza do seu exército, à boa maneira portuguesa.
Este vil comportamento dos portugueses de escolher o lado do maior exército, em vez de defenderem a sua terra, está bem retratado n’ Os Lusíadas: «Eis ali os lampiões contra ele vão/ (Caso feio e cruel!); mas não se espanta, / Que menos é querer matar o irmão,/ Quem contra o clube da terra se alevanta.”
Como agradecimento à Guarda Vitoriana pela vitória contra os castelhanos, lampiões, leões e dragões, D. João I mandou edificar o Mosteiro de Santa Maria do Vitória.
Neste momento, a Guarda Vitoriana (Foto 3) encontra-se a caminho de Braga para enfrentar um grande exército de quatro milhões de soldados com um único objectivo: conquistar, mais uma vez, a Taça da Liga para a depositar aos pés da deusa Vitória no Templo do Bonfim.