Não se compreende por que razão um país como a Arábia Saudita não escolhe Portugal para vir cometer os seus assassinatos (clicar sobra a foto para ler a notícia), onde as escutas telefónicas e o emails não podem servir de meio de prova se foram obtidos ilegalmente.
Aqui matavam quem queriam tranquilamente e o nosso Presidente da República ainda lhes ia agradecer a estadia ao aeroporto e desejar um rápido regresso. E a condecoração estava garantida.
Aliás, Sua Excelência o Senhor Presidente da República, o senhor primeiro-ministro e o senhor ministro das Finanças já deviam ter pedido uma audiência ao Príncipe herdeiro da Arábia Saudita para lhe propor que comprasse a SAD do Benfica aos devedores do Novo Banco, em vez de comprar o Newcastle. Se comprar o Newcastle, só compra um clube de futebol; se comprar o Benfica compra um Estado Soberano de que Portugal é uma pequena província colonial.
Era bom para Portugal e para o Príncipe herdeiro, que podia usar a claque que não existe para esquartejar quem muito bem lhe apetecesse, na maior discrição, sem parangonas na comunicação e protegido pelo nosso Estado de Direito.
E não seria difícil convencer o Príncipe herdeiro de que Portugal é um paraíso para os poderosos desenvolverem a sua criminalidade, podendo, de resto, contar com o apoio incondicional quer de Sua Excelência o Senhor Presidente da República, do Governo e dos tribunais, quer de um povo que fica satisfeito se o Benfica ganhar o campeonato e que seria capaz de dar a vida pelo Princípe herdeiro, se ele lhe oferecesse um porta-chaves do Benfica: bastava levar-lhe os dossiês de Isabel dos Santos, no período em que era a Princesa Herdeira do trono de Angola, de Ricardo Salgado e do Novo Banco e o processo de Rui Pinto, de Paulo Gonçalves e dos e-mails do Benfica.
Além disso, somos um país devotos de Fátima, a mais brilhante e abençoada filha de Maomet, vista como um modelo para as mulheres muçulmanas devido às suas qualidades morais e religiosas. E se o Benfica ganhasse o campeonato, o que para o Princípe Herdeiro se tornava uma mera rotina, os portugueses até estariam dispostos a mudar o nome da Basílica de Fátima para Mesquita de Fátima.
Sem esquecer que, ao contrário do que acontece na Liga Inglesa, o Princípe herdeiro não precisava de assistir ao jogos inteiros, bastando-lhe informar, com 24 horas de antecedência, os minutos em que queria que o Benfica marcasse os golos.
Santana-Maia Leonardo