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COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

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Comparar Eanes com este senhor, como estou farto de ouvir e ver nas redes sociais e nas mesas de café, é a prova de que o homem português se deslumbra facilmente com aquilo que a comunicação social lhe impinge.

Mesmo que esteja a fazer um bom trabalho (não tenho elementos sequer para fazer essa avaliação), o que é que nós sabemos sobre este senhor, para além do que a propaganda oficial nos transmite?

É extraordinário como, em pleno séc. XXI, uma grande maioria de portugueses continua a viver o culto do sebastianismo que é a antecâmara do fascismo, do comunismo, do salazarismo e de todos os autoritarismos.

Os portugueses não descendem dos pastores lusitanos, mas das ovelhas dos pastores lusitanos. E, tal como as ovelhas, não conseguem viver sem um pastor que as guie. E nada melhor para pastorear um rebanho de ovelhas humanas do que uma farda e um cajado.

Infelizmente, foi preciso ter chegado aos 60 anos para ter percebido uma coisa óbvia para quem ama a Liberdade acima de todas as coisas: eu posso ser qualquer coisa, mas português não sou de certeza absoluta.

Santana-Maia Leonardo 

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Vale a pena ler este artigo de Paulo Futre (clicar sobre a foto para ler o artigo) para ficar a perceber o mínimo dos mínimos do que é um jogo de futebol e que a esmagadora maioria dos portugueses, influenciada pelo conjunto de idolatras dos clubes do regime que todos os dias fazem uma lavagem ao cérebro do adepto português, tal como acontece com a política, pura e simplesmente desconhece.

No entanto, estou nos antípodas de Paulo Futre quanto às simpatias futebolísticas. Futre gosta da selecção espanhola, porque os seus filhos são espanhóis e ele jogou muitos anos no Atlético de Madrid.

Eu não gosto da selecção espanhola, desde a batalha de Aljubarrota, precisamente por representar uma extensão do madridismo, apesar de, desta vez, para escândalo nacional, não ter nenhum jogador do Real Madrid. Ou seja, eu gosto de Espanha, no sentido de Península Ibérica. Não gosto é de Espanha como extensão de Castela e do poder de Madrid. Por isso, quero que Espanha perca sempre.

Em boa verdade, também nunca gostei de Itália por aquilo que ela representou de anti-futebol com o célebre "catenaccio". Ainda hoje a vitória da cínica Itália de Rossi sobre o futebol-arte do Brasil de Falcão, Zico e Sócrates foi um dos maiores atentados ao futebol como maior espectáculo do mundo.

No entanto, a actual selecção italiana não tem nada a ver com as típicas e cínicas selecções italianas do "catenaccio". Provavelmente, fruto da cultura inglesa de Mancini, a selecção italiana pratica um futebol ofensivo e atractivo.

Resumindo: tendo em conta que a Itália mudou o seu estilo de jogo, hoje vou torcer pela Itália. No entanto, a selecção que gostaria que vencesse o Euro é a inglesa e por razões semelhantes a Paulo Futre.

Paulo Futre torce por Espanha porque os seus descendentes são espanhóis. Eu torço pela selecção inglesa, porque os meus ascendentes são ingleses e estiveram ao lado de D. Nuno na batalha de Aljubarrota.

Santana-Maia Leonardo 

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Antigamente, a obra de arte estava ao alcance do discernimento de qualquer pessoa, porque estava directamente relacionada com o conceito de beleza. Era o tempo em que imperava a estética aristotélica, a estética da beleza. E o que distinguia o génio do homem comum era precisamente o facto de aquele conseguir conceber coisas belas, dignas de admiração e que demonstravam talento.

Hoje, porém, já ninguém se atreve a bater palmas ou elogiar o que quer que seja sem antes ouvir a opinião abalizada da elite dominante. Porque, sem a sua opinião, ninguém sabe se está perante uma um monte de entulho, uma obra de arte ou se ela sequer existe, porque pode ser invisível.

Ainda recentemente o artista italiano Salvatore Garau vendeu uma escultura invisível com as dimensões de 150cm x 150cm, denominada “Yo soy” (“Eu sou”) por €15.000,00. Já tinha visto quadros com uma tela em branco e concertos musicais onde a orquestra não tocava qualquer nota, cabendo ao espectador pagante imaginar a melodia que quisesse. Mas uma escultura invisível nunca tinha visto… Aliás, nem eu, nem quem a comprou, caso contrário não era invisível.

Não há muito tempo, em Frankfurt, os homens do lixo resolveram atirar para o incinerador a obra de arte de Michael Beutler colocada numa rua da cidade. É certo que a cidade ficou mais limpa, mas o presidente da Câmara ficou ofendidíssimo com os funcionários camarários por não terem reconhecido nuns desperdícios de construção civil uma obra de arte. No entanto, se os homens do lixo se tivessem cruzado com o Moisés ou o David de Miguel Ângelo de certeza que não os confundiriam com um bocado de entulho.

Hoje vivemos na Era do Vazio pelo que as obras de arte reproduzem precisamente o absurdo do mundo em que vivemos. No entanto, não se iluda, estimado leitor! Ainda que qualquer um de nós consiga fazer uma escultura invisível, uma sinfonia sem tocar uma única nota ou uma pintura sem pintar nada, isso não transforma o Nada que (não) produzimos numa obra de arte. É necessário o certificado de qualidade emitido pela elite dominante.

As principais instituições das sociedades abertas foram tomadas por uma elite, que tem as suas raízes no colectivismo igualitário e para quem a arte sempre esteve ao serviço da ideologia. E como esta elite pretende impor ao cidadão comum uma mundovisão cultural que é contrária ao que a maioria das pessoas espontaneamente pensa, a Arte do Vazio tem precisamente por objectivo levar a cabo uma verdadeira lavagem ao cérebro no melhor estilo estalinista. Com efeito, a Arte do Vazio e do Absurdo é uma das formas mais eficazes não só de inibir a maioria das pessoas, designadamente as pessoas mais instruídas, de dizerem o que pensam, como também de as colocar ao seu serviço, fazendo-lhes crer que o seu estatuto social depende da sua capacidade de reproduzir, como um papagaio, os gostos e as convicções da elite dominante.

Santana-Maia Leonardo - O Mirante de 11-6-2021 e Observador de 15-7-2021

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Não foi, nem é, o ataque do PS ao país, como muitos putativos cronistas de direita (???!!!...), como se gostam de auto-intitular, que desgraçou e arruinou o nosso país, é o ataque de uma certa forma de ser português que se formou no saque e na pilhagem dos Descobrimentos a partir do Estado.

Essa gente existe no PS e no PSD. Basta recordar o que se passou com o Fundo Social Europeu dos velhos tempos de Cavaco e Silva, Duarte Lima, Dias Loureiro, Oliveira e Costa... Tudo boa gente!

O azar dos tempos da governação de Sócrates foi, para usar uma expressão de Cavaco e Silva, que a má moeda atraiu a má moeda. Ou seja, a vitória de Sócrates atraiu Cavaco. E quando dois piratas se aliam no saque... só podia ter sucedido o que sucedeu.

O que é triste é ver os direitistas e os esquerdistas, que, em boa verdade, nem são de direita nem de esquerda, mas autênticos piratas com uma cultura política formada no facciosismo do futebol, como se tudo se reduzisse a um Benfica/Sporting ou a um Benfica/Porto andarem a atirar pedras uns aos outros, como se não fossem ambos culpados e a fotocópia uns dos outros.

Se vivêssemos num país decente, PS e PSD já tinham sido extintos por GATUNAGEM. Ou pelos tribunais judiciais ou pelo tribunal popular, através do voto.

Santana-Maia Leonardo

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