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COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

COLUNA VERTICAL

"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras.." (Aristóteles)

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As reprovações, pela própria natureza da escolaridade obrigatória, são incompatíveis com um ensino de qualidade e um alto rendimento escolar, conclusão a que os países nórdicos já chegaram, de resto, há mais de 70 anos.

Acontece que, em Portugal, o fim das reprovações na escolaridade obrigatória contará sempre com a oposição dos sindicatos de professores, porque são as reprovações que garantem o cumprimento de dois dos principais ideais da esquerda socialista: o pleno emprego e a igualdade.

O pleno emprego, na medida em que contribuem para dar emprego a mais 20% dos professores; a igualdade, porque obrigam a inflacionar as notas dos alunos que nada sabem (um aluno não pode ficar quinze anos na 1.ª classe), fazendo com que a maioria dos alunos termine a escolaridade obrigatória com a mesma classificação.

Santana-Maia Leonardo - A Ponte de 30/1/2023

27 Jan, 2023

O peso do chumbo

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As reprovações, pela própria natureza da escolaridade obrigatória, são incompatíveis com um ensino de qualidade e um alto rendimento escolar. Esta é uma constatação de facto que não me tenho cansado de repetir ao longo dos últimos trinta anos. 

Por estranho que pareça, são precisamente as reprovações, na escolaridade obrigatória, que obrigam a que se aldrabem os resultados, se nivele por baixo e se inflacionem as notas. Com efeito, se os professores, com o nosso sistema de reprovações, fossem exigentes e atribuíssem as classificações de acordo com o nível de conhecimentos dos alunos, o insucesso e o abandono escolar atingiriam números impensáveis e inadmissíveis num país da União Europeia.

E o que é que se faz para fingir que temos um ensino exigente e de qualidade? Aldrabam-se os resultados e inflacionam-se as notas, com vista a transmitir a falsa ideia de que os alunos atingiram os objectivos. E como há sempre 20% de alunos que reprovam, isso ajuda a dar credibilidade à aldrabice.

Quanto aos 20% dos alunos que reprovam, por muito que custe ouvir, a verdade é que 99% destes alunos acabam por passar, por antiguidade, no ano seguinte ou dois anos depois, a saberem, em regra, menos do que sabiam no primeiro ano em que reprovaram e com a mesma nota dos que passaram por mérito quando eles reprovaram. Ou seja, sem nada fazerem, acabam por terminar a escolaridade obrigatória com o mesmo nível daqueles que sabiam muito mais do que eles. Ora, isto não só é absolutamente injusto e desmotivador para alunos e professores como faz com que as classificações atribuídas pelos professores não tenham qualquer relevância informativa.

Pelo contrário, se os alunos não reprovassem, as classificações atribuídas pelos professores poderiam reflectir o verdadeiro nível atingido pelo aluno a cada disciplina, permitindo dessa forma a qualquer pessoa (aluno, pai, professor, analista, empregador, ministro, etc.) interpretar os resultados, tomar medidas e extrair daí as consequências.

Neste caso, se um aluno quisesse terminar a escolaridade obrigatória com dez valores, não lhe bastava ficar sentado no seu lugar à espera que o tempo passasse, teria de trabalhar e de se esforçar para isso, caso contrário terminava com a classificação de 3 ou 4 valores.

Por outro lado, isso valorizava e credibilizava, inevitavelmente, os certificados de habilitações, evitava que os repetentes se amontoassem nas turmas à espera da sua hora de passar sem fazer nada e permitiria à ministra e à escola encaminhar e apoiar os alunos com classificações inferiores a dez valores, com vista à sua recuperação. 

É óbvio que o fim das reprovações na escolaridade obrigatória contará sempre com a oposição dos sindicatos de professores, porque são as reprovações que garantem o cumprimento de dois dos principais ideais da esquerda socialista: o pleno emprego e a igualdade. O pleno emprego, na medida em que contribuem para dar emprego a mais 20% dos professores; a igualdade, porque obrigam a inflacionar as notas dos alunos que nada sabem (um aluno não pode ficar quinze anos no 1.º ano), fazendo com que a maioria dos alunos termine a escolaridade obrigatória com a mesma classificação.

Santana-Maia Leonardo - O Mirante de 27/1/2023

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André Ventura devia dar ouvidos aos conselhos de António Costa e Augusto Santos Silva e ter cuidado quando acusa os ciganos de viverem quase exclusivamente dos subsídios do Estado. É que os holandeses e os alemães pensam precisamente o mesmo dos portugueses.

Como todos sabemos, os portugueses que vivem acampados neste jardim à beira-mar plantado, há 40 anos que vivem quase exclusivamente dos subsídios pagos pela UE. E já há muitos alemães e holandeses a dizerem de nós o que nós dizemos dos ciganos... Ou seja, que há cada vez mais portugueses a receberem balúrdios de subsídios da UE que vivem da criminalidade e que ostentam evidentes sinais exteriores de riqueza: não só andam em Mercedes e BMW topo de gama como residem em vivendas luxuosas na Quinta da Marinha e nas zonas mais caras de Portugal.

Mas Augusto Santos e Silva, António Costa e Montenegro também deviam olhar-se ao espelho quando demonstram tanta repulsa pelo partido Chega. Porque se o partido Chega é um partido filho da puta, como resulta de todas as declarações e manifestações dos comentadores e políticos do Bloco Central, também é verdade que o PS e o PSD, com as escolas de corrupção que patrocinam e promovem em todos os municípios, clubes de futebol, associações e instituições, em geral, são precisamente a puta que o pariu.

Santana-Maia Leonardo - A Ponte de 23/1/2023

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