LEI ELEITORAL FAVORECE A PROSTITUIÇÃO
Deputada italiana acusa colegas de se prostituírem (in SOL net de 9/9/10)
«Não excluo a hipótese de haver senadoras ou deputadas eleitas depois de se terem prostituído», foi esta declaração da deputada italiana Angela Napoli que causou o caos entre a elite política italiana. A declaração da deputada do Futuro e Liberdade (FLI), deixou as deputadas do PDL de Berlusconi indignadas
Angela Napoli, que faz parte da comissão antimáfia do Parlamento italiano, emitiu estas declarações ao falar sobre a actual lei eleitoral italiana que não permite aos cidadãos elegerem os deputados, mas apenas o cabeça-de-lista.
A deputada do FLI defende que os deputados devem ser eleitos de forma directa, para que ao Parlamento cheguem homens e mulheres que realmente tenham provado o seu mérito. Napoli declarou que «como não se coloca o acento na eleição baseada nas capacidades individuais, a mulher vê-se forçada, para alcançar determinada posição na lista, a prostituir-se e a ser subserviente».
Napoli, conhecida em Itália pelas suas denúncias contra o machismo na política e a sua defesa da legalidade, lançou a acusação num programa do jornalista Klaus Davi que é difundido através do Youtube.
As deputadas do PDL reagiram com indignação. Barbara Salmartini, deputada do partido de Berlusconi declarou que tais acusações são «infames e descredibilizam todas as mulheres de todas as forças políticas».
A guerra entre os dois partidos italianos aumenta de tom e muito provavelmente a divisão entre PDL de Berlusconi e FLI de Fini levará à queda do governo italiano.