AS PRESIDENCIAIS
António Belém Coelho
As eleições presidenciais que se avizinham, apesar da crise sem precedentes em que vivemos, parece ser daquelas em que a opção será das mais claras e transparentes para a grande maioria da população.
Apreciando o leque de candidatos, certamente todos eles com o direito constitucional de se poderem fazer eleger, e sobretudo apreciando as linhas programáticas de actuação que cada um deles tem até agora apresentado ou não, a escolha é única e clara.
E se formos mais longe em termos de análise, perscrutando a vida política dos candidatos e os serviços por eles prestados ao País nos cargos até agora desempenhados, mais clara ainda é a escolha.
Só o Professor Cavaco Silva consegue reunir um conjunto de atributos que o tornam para muitos Portugueses o homem certo no lugar certo: o conhecimento profundo da situação real do País a diversos níveis, o conhecimento exacto dos momentos e locais correctos onde efectuar a chamada magistratura de influência para obter os resultados necessários, a experiência, contactos e mesmo relações de amizade a nível internacional, uma aura de seriedade e trabalho que hoje em dia se torna cada vez mais difícil de encontrar na classe política.
Daí continuar a personalizar e a corporizar um capital ainda maior de esperança junto da maioria dos cidadãos portugueses, no sentido de contribuir para a resolução da situação que vivemos.
Todos estes juízos mais se reforçam quando olhamos os enfeudamentos e contradições apresentados por outros candidatos, que os obrigam a dizerem-se num dia para se desdizerem no outro ou então optarem por silêncios ensurdecedores para quem outrora os apoiou.
O Professor Cavaco Silva tem sabido respeitar e promover a estabilidade democrática, sem abdicar de intervir, sempre dentro da esfera dos seus poderes, de forma sóbria e discreta, quando entende que está em causa algo que possa contrariar o que pode ser interpretado como as convicções profundas dos Portugueses e o interesse nacional.
O facto de periodicamente (e agora certamente com maior intensidade) ser acusado, sempre pelos mesmos sectores e personalidades de ser pouco interventivo e também pelo seu contrário, só demonstra à saciedade o acerto da sua conduta no contexto em que vivemos.
E não tenhamos dúvidas que no dia em que seja preciso dar um murro na mesa, seja quem for que protagonize a governação, não por cálculos próprios ou alheios, mas pela constatação de que tal será o melhor para o País, fa-lo-á com toda a legitimidade que o voto popular e o seu percurso lhe outorgam.
O Professor Cavaco Silva não é certamente um homem só com qualidades, sem defeitos. É um ser humano como todos nós. Também errou aqui e ali, como todos nós, no seu percurso; mas justamente porque estava lá e tomou decisões.
Mas objectivamente as primeiras suplantam amplamente os segundos.
Por tudo isso, a minha escolha é clara: apoio e votarei no Professor Cavaco Silva nas eleições presidenciais.