O FIM DAS NOVAS OPORTUNIDADES
Santana-Maia Leonardo - in Nova Aliança
O panfleto que o PS intitula pomposamente de programa eleitoral só tem comparação com certas moções de estratégia que por aí são aprovadas, feitas de lugares comuns, banalidades e outras vulgaridades, que só a boa educação ou a ignorância dos ouvintes os impede de desatar a rir às gargalhadas, para mais quando são lidas em voz alta com ar formal.
Só mesmo no país das Novas Oportunidades, é possível José Sócrates aparecer nas sondagens com mais intenções de votos do que o CDS, o Bloco de Esquerda ou o Partido Comunista. Será possível o povo português ser tão irresponsável ao ponto de ainda ponderar em manter na direcção da sua empresa o director que a levou à falência? Isto, no fundo, só vem demonstrar que os culpados da situação em que o país se encontra, afinal, são os portugueses que, nas democracias liberais, são os verdadeiros accionistas da empresa nacional.
A democracia tem, pelo menos, esse mérito: ninguém é governando melhor do que o que merece. E nós só temos o que merecemos. Mas de uma coisa podem estar certos: acabaram-se as novas oportunidades.