A CAIXA
As nomeações para a Caixa são, lamento informar, apenas mais um retrato de um país onde a promiscuidade entre as diferentes cúpulas do poder – governos, bancos, empresas, escritórios de advogados, etc. – não é apenas total; é normalíssima.
São reguladores bancários que passam a regulados. Juristas-deputados que legislam a favor dos seus clientes. Líderes partidários que fazem ‘comentário independente’. E outras aberrações do género que importámos do Zimbabwe para alegria geral da populaça.
No episódio da Caixa, só há uma coisa que espanta: é o espanto.
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João Pereira Coutinho - in Correio da Manhã de 30/7/11