REUNIÃO DA CÂMARA DE 15/9/11 (III)
SEGURANÇA
Proposta dos vereadores eleitos pelo PSD
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No seguimento dos trágicos acontecimentos de Londres transcrevemos uma parte do artigo do insuspeito Miguel Sousa Tavares, intitulado "O Triunfo do Mal" (Expresso de 13/8/11):
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«Não me venham com piedosos discursos de compreensão ou desculpabilização sobre os jovens perdidos, sem trabalho, sem futuro e sem horizontes. Estes são meninos sustentados pelo sistema social inglês, que tão caro custa a quem o paga, com os impostos do seu trabalho. (...) O que lhes falta é apenas (e eu sei que é muito!) pais que os eduquem. (...) Como escreveu o "The Times", estes bandos de jovens arruaceiros que espalharam o terror nas cidades inglesas, destruindo vidas e o produto do trabalho e esforço de tanta gente, ingleses ou imigrantes, tentam sabotar os alicerces de uma sociedade onde tantos jovens do mundo gostariam de poder viver e crescer. Estes meninos têm de mais e, como têm, acham um desafio fantástico destruir o que têm e o que devem a outros. (...)
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É difícil, por exemplo, não concordar com a opinião pública inglesa, quando ela exige que os delinquentes de rua fiquem de fora de qualquer benefício social. É difícil aceitar, como sucede entre nós, que haja condenados a receber rendimento mínimo de inserção. (...)
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A ninguém, seja qual for a sua condição, deve ser concedido um estatuto de direitos sem deveres. Aquele a quem nenhum dever é exigido para com a comunidade são os primeiros a desprezar as regras de vida colectiva. Eles não sabem, nem querem saber, que a qualquer direito de que gozam corresponde a um dever que alguém cumpriu para que eles o possam ter. E isso ensina-se em casa e na escola. E, quando a casa ou a escola falham, ensina-se nos tribunais.»
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Esta situação é tanto ou mais revoltante quanto é certo que, neste momento, morrem com fome, todos os dias, milhares de crianças na Somália e na Etiópia para quem a situação social dos jovens delinquentes europeus seria um verdadeiro paraíso.
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É, de facto, bastante injusto assistir a pedidos de segunda oportunidade para delinquentes europeus quando há milhões de crianças a morrer de fome em todo o mundo a quem ninguém lhe deu sequer uma oportunidade.
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Por outro lado, também não é aceitável que o Estado continue a subsidiar delinquentes com o dinheiro de quem trabalha, quando não há dinheiro para indemnizar as vítimas desses delinquentes.
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Diz o povo que se deve pôr as barbas de molho quando vemos as do nosso vizinho a arder.
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Para combater o mal que, durante os últimos anos se foi deixando incubar nas ruas das principais cidades inglesas, fruto das brandas e irrealistas teorias sociológicas de meia-tijela do "bom selvagem" (como se pode constatar, da teoria só ficou o "selvagem"), o governo inglês decidiu trazer, para seu conselheiro de ordem pública, Bill Braton, o superpolícia de Nova Iorque que levou a cabo, nos anos de 1980, com grande sucesso, "a política da janela partida".
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Ou seja, precisamente a solução que nós aqui defendemos na nossa proposta sobre a "Segurança" de 31 de Maio de 2011.
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Na nossa opinião, é chegada a hora de se começarem a tomar medidas preventivas para desincentivar o crime e parasitismo.
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Pelo exposto, os vereadores do PSD vêm apresentar a seguinte proposta, requerendo, desde já, o seu agendamento:
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A Câmara de Abrantes deverá defender junto das autoridades nacionais, regionais e locais, quer a política de tolerância zero ("a política das janelas partidas"), relativamente ao crime, quer a retirada do rendimento mínimo de reinserção e de qualquer benefício social para todos os criminosos que pratiquem crimes contra a integridade física e/ou o património, devendo tais apoios serem canalizados para indemnizar as vítimas dos seus actos criminosos e/ou reparar o que estragaram.
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Ver DOSSIÊ: As Nossas Propostas
Ver DOSSIÊ VIII: Segurança