D. DINIS SABIA E NÓS NÃO DEVEMOS IGNORAR
Paulo Rangel - Público de 24/7/12
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(...) Choca-me em especial o modo como agências administrativas independentes e tribunais são, sem qualquer necessidade, sistematicamente sediadas em Lisboa ou arredores. Sem qualquer necessidade e sem qualquer ganho para a capital e, já agora, com evidente prejuízo para tantas cidades médias portuguesas, com equipamentos, comunicações e estatuto para as acolherem.
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Entidades como o Banco de Portugal, os Supremos Tribunais, o Instituto Nacional de Estatística e dezenas de entidades reguladoras e administrativas podiam perfeitamente estar espalhadas pelo território, dando massa crítica, visibilidade e centralidade a cidades médias.
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Não se trata, naturalmente, de criar novos gastos com mudanças inúteis. Trata-se de cada entidade nascente ser instalada fora de Lisboa, atraindo quadros e movimento administrativo e económico, atenuando porventura o efeito severo da indispensável racionalização. (...)