31 Mai, 2009
A MUDANÇA SEGURA
Abrantes reúne três qualidades que fazem inveja a qualquer concelho: o castelo, o rio e a localização. Nos últimos dezasseis anos, fruto dos milhões e milhões de euros de fundos comunitários, a câmara de Abrantes, à semelhança do que aconteceu por todo o país, levou a cabo um grande número de obras de vulto, sobretudo na cidade. O dinheiro está gasto e a obra está aí à vista de todos.
Analisemos agora o retorno para o concelho e para a cidade dos milhões de euros despendidos, grande parte dos quais irá continuar a ser pago pelos nossos filhos e netos.
Quantos jovens licenciados aqui conseguiram encontrar trabalho? Quantas pessoas vêm a Abrantes atraídas pelo seu castelo, pelos seus monumentos e pela sua gastronomia? Sentiu-se no pequeno comércio um aumento substancial de clientes? Quantos jovens têm a oportunidade de treinar diariamente num campo relvado? O concelho de Abrantes ganhou ou perdeu importância relativa, em relação a Tomar, Torres Novas e Entroncamento? E o Hospital ganhou ou perdeu valências? E o Tribunal vai continuar a ser ou deixar de ser sede de circunscrição?
Pois é, fazer obras qualquer um faz. Basta ter dinheiro, que é o que não tem faltado. Mas, quando Deus criou o mundo, o difícil não foi fazer o homem de barro, mas dar-lhe o sopro da vida.
O que é difícil não é construir os equipamentos, mas dar-lhes vida, para que sejam uma mais-valia para o concelho e para todos os que nele vivem.
Outro dos grandes erros cometidos foi apostar no crescimento da cidade, à custa, exclusivamente, do esvaziamento das freguesias. Ora, sem um crescimento harmonioso de todas as partes do corpo, a própria cabeça fica em risco de vida, que é, aliás, o que está a suceder com Abrantes, onde a concentração de investimento na cidade apenas tem conseguido provocar o definhamento do corpo, sem conseguir inverter a perda de importância regional, quer da cidade, quer do concelho.
A eleição do presidente da Câmara, pelo impacto positivo ou negativo que tem, inevitavelmente, na vida do concelho e de cada um de nós, devia merecer de cada eleitor uma preocupação especial, privilegiando a competência e a seriedade.
É o vosso presente e o futuro dos vossos filhos que está em causa.
Cinquenta anos, as licenciaturas em Direito e em Línguas e Literaturas Modernas, o exercício da advocacia e do ensino, para além de outros tantos cargos de intervenção cívica e política, são o testemunho de que posso merecer a vossa confiança. Além disso, nada me inibirá de agir, sempre e em qualquer circunstância, com justiça, isenção e imparcialidade.
Fechou-se um ciclo. Mas mais do que um novo ciclo, Abrantes precisa mesmo é de um novo rumo. É certo que somos um povo de navegadores, mas o nosso destino não é ir para o fundo com o barco. Pelo contrário, o nosso destino é lançar as mãos ao leme e dar um novo rumo à nossa autarquia.
Se queres um BOM CONCELHO, junta-te a nós e … MÃOS AO LEME, enquanto é tempo!