Pedro Afonso, médico psiquiatra - in Público de 21/6/10
Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.
Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade 43%) já (...)
Helena Matos – in Público de 5/8/10 (extracto)
O Homo Freeportus nasceu da união entre dois aparelhos reprodutores: o do Estado e o dos partidos. Os nascidos desse cruzamento vivem do Estado e naturalmente sentem o Estado como o seu território. Conhecem-lhe os procedimentos, os regulamentos, as excepções aos mesmos e os anexos às disposições gerais. Aliás, grande parte do poder dos freeportusé exercida através da produção contínua de regulamentos, leis e decretos que (...)
TVI - 7/5/2010
O Governo prevê que linha do TGV para Madrid atinja mais de nove milhões de passageiros por ano. Um número de viagens superior ao que hoje existe entre Paris e Londres e também entre as principais cidades espanholas. Esta previsão é um dos pontos mais polémicos do projecto do TGV, Lisboa - Madrid. A linha de alta velocidade Lisboa-Madrid passa a norte da cidade de Évora. Do lado português terá 203 quilómetros. A maioria do percurso, 437 quilómetros, fica (...)
Santana-Maia Leonardo - in Público de 26/6/10 Talvez, com o passar dos anos, a obra faça sobressair o autor e esquecer o homem, se bem que o mais natural seja sumir-se a obra e o homem e ficar, apenas e vagamente, o nome do autor. Mas, independentemente da efemeridade das modas e da falível futurologia dos iluminados, este é o meu tempo e eu sentir-me-ia mal com a minha consciência se (...)
O despacho do dr. Mota Amaral que proíbe a Comissão de Inquéritos a que preside de usar os documentos que lhe foram enviados por autoridades judiciais competentes é, à primeira vista, incompreensível e insensato. De facto, numa só penada o dr. Mota Amaral contribuiu para desprestigiar não só o sistema judiciário, mas também a Assembleia da República.
Desprestigiou o sistema judiciário porque transmitiu ao país a ideia de que há juízes e procuradores que não se coíbem (...)
Horas antes de iniciar o Conclave que o escolheria como sucessor de Pedro, o então cardeal Ratzinger proferiu, como decano do Colégio dos Cardeais, uma homília que se tem vindo a revelar todo um programa. «Possuir um fé clara, seguir os ensinamentos da Igreja, é classificado com frequência como fundamentalismo», disse, então, perante os 115 cardeais eleitores. «Em contrapartida, o relativismo, isto é, o deixar-se levar "para aqui ou para ali por qualquer vento ou doutrina" (...)
Esclarecimento de José António Barreiros - in Público de 6/4/2009 Não costumo usar os blogs ao serviço de questões pessoais. É estranho, mas é um modo de ser. Só que desta feita está em causa algo de nobre: a verdade num assunto de Estado. Não quero entrar, nem entrei, por razões compreensíveis na questão Freeport, nem na matéria das pressões ou que se aleguem terem sido pressões. Não (...)
«Quando há fundos à disposição dos pobres, dos desempregados, dos marginalizados e dos excluídos,assim como quando há recursos orientados para o desenvolvimento, as perguntas que logo surgem ao espírito são conhecidas. Será que esses recursos chegam realmente onde importam? (…)Há muitos anos que se sabe que grande parte desses fundos fica pelo caminho Trabalhos muito sérios das (...)
«A administração deveria ter já organizado acções excepcionais que fizessem bem aos desempregados e aos pobres, mas que garantissem uma qualquer utilidade social. Áreas não faltam. Apoio aos lares de idosos, acompanhamento de velhos e doentes, cuidados de crianças em creche. Transporte e deslocação de pessoas carenciadas. Limpeza, reparação e manutenção do património. Classificação (...)
«O primeiro-ministro fala agora em apoiar as pequenas e médias empresas, mas o que é espantoso é que há dois anos que tem dinheiro disponível em Bruxelas para dar esse apoio e o seu Governo não teve, até hoje, capacidade para mobilizar um único cêntimo para esse fim. Se essa capacidade existisse, por certo que as empresas estariam em melhor situação para enfrentar a crise. A isto (...)