Assembleia Municipal de Abrantes de 14/11/14 (IV)
ORÇAMENTO CÂMARA MUNICIPAL PARA O ANO DE 2015
Declaração de voto (CONTRA) do deputado municipal do BE
Nos primeiros parágrafos do Enquadramento das Grandes Opções 2015 dá-se enfase e bem, às medidas de austeridade e aos seus reflexos altamente negativos no dia-a-dia dos cidadãos, das instituições e das empresas.
Está em falta a referência de que os máximos responsáveis por este caos em que está mergulhado Portugal, é obra quase exclusiva de PS, PSD e CDS que há três décadas, quer em alternância, quer em coligação, governam e controlam administrativamente este país.
Portugal não tem voz na União Europeia pois, pese embora, alguns arrufos a nível nacional, no Parlamento, no Conselho, na Comissão e Conselho da União Europeia, PS, PSD e CDS estão, genericamente de acordo e, votam lado a lado, as politicas de favorecimento de grandes interesses económico/financeiros contribuindo para que uma minoria continue, imparável, a apoderar-se dos rendimentos do trabalho da esmagadora maioria condenando, cada vez mais, milhões de famílias ao sofrimento, à pobreza e ameaçando a sua dignidade humana, quer no Concelho de Abrantes, em Portugal, na Europa ou outras regiões do planeta.
Regressando a Portugal, a esta sala e ao Orçamento Municipal 2015, as aquisições do prédio rústico sito em Ramalhais, Alferrarede e de unidades de participação na Tagusvalley; as diversas atribuições de incentivos a médicos; o projecto Bairro Convida, entre outras, são algumas das propostas que o Bloco de Esquerda votou contra com os fundamentos publicamente conhecidos e que têm verbas previstas no Orçamento Municipal 2015.
No lado oposto, o asfaltamento da estrada S. Facundo-Vale das Mós e a intervenção na ponte da Esteveira-Vale da Galinha, não obstante serem intervenções urgentes, não passam de promessas como se verifica ao não terem verbas contempladas neste orçamento. Também a informação apresentada sobre os orçamentos da Tagusvalley, A. Logos e Associação Centro Comercial Ar Livre de Abrantes, não permite qualquer análise fidedigna.
Por tudo o que foi exposto, o Bloco de Esquerda, vota contra esta proposta de orçamento.