Muito barulho para nada
Vasco Pulido Valente - Público de 24-4-2015
(...) O PS, como um bom aluno, um dos melhores da classe, jura agora respeitar os compromissos que Portugal tomou e, principalmente, os credores da sua imensa dívida — com a Europa e os mercados não se brinca. Mas, respeitando a autoridade, não lhe sobra grande espaço para promover o crescimento ou para aliviar a vária miséria dos portugueses. Depois de muito anseio e algumas voltinhas, Costa acabou por engolir a receita tradicional: “aliviar” a crise, prolongando por mais tempo a austeridade. Isto evidentemente não traz, no imediato, um especial alívio ao português comum: e — pior ainda — não garante que o alívio de hoje não seja amanhã o princípio de um novo desastre.
De qualquer maneira, o PS nem nesta sua versão respeitosa se consegue libertar dos seus velhos vícios. (...)