O capitalismo selvagem
Santana-Maia Leonardo
Apesar do modelo económico da esquerda revolucionária ter ruído com o muro de Berlim, a verdade é que a esquerda conseguiu capturar culturalmente o sistema capitalista. Com efeito, é hoje a esquerda que domina culturalmente o mundo ocidental, impondo a ditadura do politicamente correcto e procurando inibir quem discorda dos seus dogmas com o mesmo método de rotulagem que era usado pelo anterior regime.
Antes do 25 de Abril, quem se atrevesse a discordar ou a questionar algum dos dogmas do regime era logo catologado de «comunista». Hoje quem se atreve a questionar algum dos dogmas da esquerda bem pensante é logo rotulado de conservador, reaccionário ou de direita.
Ora, eu rejeito terminantemente esta divisão do mundo entre bons (esquerda) e maus (direita). No entanto, de uma coisa tenho hoje a certeza. Não sou crente, mas prefiro o mundo criado pelo Deus em que a direita acredita do que o mundo governado pelo Deus que a esquerda julga que é.
O Deus em que a direita acredita é um deus de rosto humano, que aceita o homem como um ser imperfeito, com as suas limitações e fraquezas. Pelo contrário, o Deus que a esquerda julga que é, é um deus arrogante, persecutório e prepotente para quem o ser humano é uma espécie de máquina destinada a ser programada de acordo com as suas taras e manias.
A forma como esta esquerda bem pensante quer regulamentar e regular a nossa vida, ao mais ínfimo pormenor, impondo o que comemos, bebemos, fazemos e pensamos é absolutamente revoltante e aviltante da natureza humana. Odeio esta esquerda fascista e fascizante que partiu o eixo da roda da civilização ocidental, construído e alicerçado nos valores judaico-cristãos, desorganizando e desequilibrando, consequentemente, o sistema capitalista e transformando-o num sistema irracional e selvagem.