O luto nacional e a amnistia
Otelo, com as suas contradições, é bem o espelho de um regime com os valores de pernas para o ar.
Por um lado, amnistia-se Otelo pela prática do crime de terrorismo por ter sido o estratega do 25 de Abril, o que choca abertamente com o Estado de Direito.
Por outro, decide-se não se fazer luto nacional no dia da morte do principal responsável pelo golpe militar do 25 de Abril, o acontecimento mais marcante da história de Portugal dos últimos cem anos, por todas as razões que de tão evidentes me dispenso de enumerar.
Santana-Maia Leonardo